Terça-feira, 23 de dezembro, de Campinas para Recife.
A ida para o aeroporto
Desta vez optamos por não deixar o carro no Virapark, o estacionamento da Azul em Campinas. Seriam 7 diárias, mais ou menos R$ 112 reais o período. Como não havia ninguém para nos levar até o aeroporto, decidimos experimentar a alternativa mais barata: fomos com o ônibus de linha intermunicipal da VB Transportes. Uma corrida de táxi custaria, em média, R$ 80,00.
Por ser um ônibus que faz parada no aeroporto, deveria ser melhor adaptado para a acomodação de passageiros e bagagens. É um ônibus coletivo comum, voltado para quem se desloca diariamente de casa ao trabalho e vice-versa. Você tem que “se virar” com sua bagagem. Ainda bem que só estávamos com uma mala, e passar com a mala pela catraca foi a parte mais chata. Não havia espaço suficiente para passar por baixo da catraca. A solução foi passar por cima. É tranquilo erguer uma mala de 17k…
Eu teria a opção de aguardar a vinda do motorista e solicitar que abrisse a porta traseira do ônibus, assim eu deixaria a mala após a catraca. Mas com isso, perderia meu lugar na fila, e teria que fazer o trajeto em pé.
Acho que o Brasil é o único país onde os ônibus possuem catraca. E quando você pensa que já viu de tudo, eis que tem uma linha de ônibus no Ceará que, em caráter experimental, instalou uma catraca dupla, para evitar que as pessoas pulem a catraca!
Chegando ao aeroporto, o ponto de ônibus não é tão longe do saguão de embarque. Mas também não é perto. E em dias de chuva, esqueça chegar seco ao aeroporto. Por sorte, estava apenas uma garoa fraca. Com a privatização do aeroporto e sua ampliação, creio que nos novos terminais esses problemas desaparecerão.
Ao despacharmos nossa mala, questionamos se era só mostrar a tela do celular para entrar no saguão, e a moça disse que sim, entregando-nos apenas o canhoto para retirada da bagagem.
O embarque
E não é que o cartão de embarque virtual funciona direitinho?! Mostrei o QR Code dos dois cartões de embarque e a leitura foi rápida, sem maiores transtornos.
Na hora de deixar o saguão e partir para a aeronave, normalmente os funcionários da empresa aérea ficam com um canhoto do seu cartão de embarque. No nosso caso, não havia canhoto. Não tínhamos nada impresso. Apenas mostrei a tela do celular e um documento de identificação, e o funcionário anotou nossos nomes em um dos muitos canhotos que ele tinha em mãos.
Se tiver muitos passageiros utilizando essa forma de check in, deve ficar complicado administrar essas anotações manuais.
Ao chegar à aeronave, o tempo ainda estava com aquela garoa fina. As escadas de acesso ao avião nem eram cobertas. Coitada da mulherada que estava com a chapinha em dia.
O voo
Marcado para decolar às 9h22m, a Azul pisou na bola neste voo. Primeiramente, anunciaram que os displays individuais (as TVs) não funcionariam por problemas técnicos. Três horas de voo sem filminho, séries, músicas… E sem luz de leitura, pois o sistema é todo integrado. Por sorte era um voo diurno.
Algum outro problema de ordem técnica deve ter ocorrido, pois a decolagem ocorreu com atraso de 50 minutos. Enquanto isso, esperávamos a decolagem sem nada para fazer. Deu tempo de ler a revista de bordo inteira.
Túnel do tempo: lembro que voltando de Paris para São Paulo também precisamos esperar a resolução de alguns problemas na aeronave, mas foi muito mais tempo, coisa de três horas. Já estávamos no ônibus aos pés da aeronave quando tivemos que voltar para a sala de embarque para aguardar. Enquanto isso, a Air France pagaria qualquer consumo que fizéssemos nos cafés.
O serviço de bordo também demorou um pouquinho para acontecer. Já estávamos famintos. Nosso café da manhã havia sido às 6h30m. Apesar do longo voo, não foi servido nada de diferente: biscoito de polvilho, bolinho de laranja, amendoim, biscoito de leite e balas de gelatina.
Chegada em Pernambuco
Ao pousamos em Recife, fomos um dos últimos a deixar o avião. Para quê a pressa? Essa é uma das coisas que eu não entendo nas pessoas. O avião mal encosta as rodas no chão e o pessoal já solta os cintos de segurança, e quando a aeronave estaciona já está todo mundo em pé no corredor com os celulares ligados. Vai demorar uns cinco minutos ainda até liberarem o desembarque.
Nossa mala foi a segunda a ser colocada na esteira. Na realidade, só havia nossa mala e mais um pacotão amarelo. As demais malas demoraram pelo menos mais uns sete minutos para surgirem na esteira. De que adiantou a correria para sair do avião, hein? Dessa vez eu vi vantagem no ditado “os últimos serão os primeiros”. E nossa mala veio rápida porque, por algum motivo, havia uma etiqueta “priority” presa nela.
Dali nós subimos para a praça de alimentação para almoçarmos antes de seguir para Porto de Galinhas. Em um intervalo de cinco minutos nós fomos abordados duas vezes por pessoas pedindo dinheiro, ali mesmo, dentro do aeroporto.
Depois de comermos um lanche da Subway, seguimos até a Localiza. Como sempre, reservamos um carro da categoria Econômico sem ar-condicionado, e como sempre veio um carro com ar-condicionado, devido a indisponibilidade do modelo reservado. Podíamos escolher entre o Gol, Uno ou Fiesta. Optamos pelo carro alemão.
Muita atenção: Bastante importante e o que muita gente esquece, e parece que as Locadoras não estão mais dando atenção a isto (propositadamente ou não), é a vistoria do carro junto com o cliente. Vimos alguns riscos e respingos de tinta na lataria. Chamamos um funcionário e ele “deu uma geral” no carro, anotando alguns problemas existentes para que não nos fosse cobrado o reparo na devolução, como danos por nós causados.
Outra dica: se você tem GPS, leve-o com você ao invés de alugar um carro com GPS. A economia será de aproximadamente R$ 15,00 por dia.
Ligamos nosso GPS, endereçamos para Porto de Galinhas e caímos na estrada. O caminho parece ter alguns trechos de estrada novos, pois o GPS não reconhecia alguns pontos. Mas a estrada é bem sinalizada, e em pouco mais de quarenta minutos estávamos em Porto de Galinhas. Fique atendo com os radares.
Se preferir, tem um ônibus que passa pelo aeroporto e vai até Porto de Galinhas.
A Pousada Aconchego do Porto
A pousada que reservamos fica na Rua da Esperança, bem no centrinho da vila em Porto de Galinhas. Acontece que um trecho dessa rua é um calçadão, com acesso proibido para veículos. Não sabíamos disso. Rodamos e rodamos pelas ruas no entorno e nada de conseguir chegar à pousada. Solução: estacionamos em qualquer lugar e fomos à pé sem a bagagem, levando o GPS na mão e seguindo suas coordenadas. Aí ficou fácil.
Já na pousada, demos entrada no quarto e perguntamos como chegar até ali com o carro, e onde deixa-lo estacionado. Obtivemos as orientações e estacionamos o carro na rua atrás da pousada. A moça disse que é seguro, pois a delegacia é bem ali.
A pousada é bem simples. A estreita escada caracol que leva à recepção é tenebrosa. Subir com mala por ela é um desafio. Mas tem outra escada em construção que já pode ser utilizada.
O quarto, equipado com frigobar, ar-condicionado e TV (que só pega dois canais), tinha uma cama de casal e um beliche. No banheiro, faltam suportes para deixar o sabonete e shampoo. Mas é tudo bem limpinho.
O corredor que leva até os quartos também é o local do café da manhã. As mesas ficam “recolhidas” durante o dia. Era isso ou não teria café da manhã. Para um banho ao final do dia e descansar para o dia seguinte, está bom!
Continue acompanhando nosso blog. Em breve, o início das postagens sobre os passeios em Porto de Galinhas.