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Recife Antigo e Instituto Ricardo Brennand

Nosso domingo foi reservado para conhecer o centro de Recife e o Recife Antigo.

Não queríamos ir de carro até lá, então pedimos informações no hotel. Seria necessário pegar um ônibus na Praça Boa Viagem até o Terminal Joana Bezerra, e de lá mais um ônibus até Recife Antigo. Mas optamos por ir de metrô. A estação Aeroporto fica 20 minutos de caminhada do hotel.

A passagem custava R$ 1,60 cada, e em pouco mais de vinte e cinco minutos desembarcamos na Estação Central. Nas estações e trens é proibido o comércio de ambulantes, mas mesmo assim uma moça passou vendendo salgadinho no vagão.

Nossa primeira parada foi na Casa da Cultura, prédio construído para ser uma prisão, e que hoje abriga diversas lojas de artesanato. Da estação até a Casa da Cultura são uns cinco minutos de caminhada. Passamos por alguns carrinhos de rua que vendem de tudo: água, salgados, caldinho, feijoada, buchada… aff.

Casa da Cultura.
Casa da Cultura.

Na Casa da Cultura, cada cela é uma loja. Uma delas preserva o ambiente de cela mesmo.

Pavilhão na Casa da Cultura.
Pavilhão na Casa da Cultura.
Cela original na Casa da Cultura.
Cela original na Casa da Cultura.

Andamos um pouco por ali e seguimos para o Pátio do Carmo, passando por algumas ruazinhas estreitas do centro, todas com muita sujeira no chão e um cheiro forte, azedo, mistura de urina com restos de alimentos.

Na Igreja do Carmo estava ocorrendo uma missa, então não circulamos internamente. Apenas paramos na porta para dar uma geral em seu interior.

Igreja do Carmo.
Igreja do Carmo.
Interior da Igreja do Carmo.
Interior da Igreja do Carmo.

Depois seguimos para o Pátio São José, passando por ruas que lembram a Rua Vinte e Cinco de Março em São Paulo, com diversos camelôs nas calçadas, vendendo tudo o que você puder imaginar. No mapa da cidade indica que ali é um ponto turístico imperdível. Não achei não.

Pátio e Igreja de São José.
Pátio e Igreja de São José.

Chegamos à Basílica da Penha, na Praça Dom Vidal. O mau cheiro ali na praça beirava o insuportável. Fiz algumas fotos ali e já fomos para o atrativo ao lado, o Mercado de São José.

Basílica da Penha.
Basílica da Penha.
Praça Dom Vidal.
Praça Dom Vidal.

Talvez por ser Domingo, apenas as barracas de artesanato estavam abertas no mercado. Ao lado direito devem ficar as barracas de alimentos, penso, mas estava tudo fechado. Apenas o cheiro de peixe se fazia presente.

Mercado São José, em Recife.
Mercado São José, em Recife.

A próxima parada foi no Teatro de Santa Isabel, e para chegar até lá passamos por algumas ruas completamente vazias que, após virar uma esquina, de repente estavam repletas de pessoas. Curioso. Externamente o teatro não chama tanta atenção. Talvez por dentro, não sei.

Teatro Santa Isabel.
Teatro Santa Isabel.

Estando de costas para o teatro, ao lado direito está o Palácio da Justiça, e ao lado esquerdo o Palácio das Princesas, sede do governo. À frente, a Praça da República, com algumas estátuas de personagens femininas da mitologia, como Minerva, Diana, Juno etc.

Palácio da Justiça.
Palácio da Justiça.
Palácio das Princesas, sede do Governo.
Palácio das Princesas, sede do Governo.
Ceres, deusa da fertilidade e agricultura.
Ceres, deusa da fertilidade e agricultura.
Vesta, deusa do lar e laços familiares.
Vesta, deusa do lar e laços familiares.

Dali nós caminhamos para a Praça do Marco Zero, através da Ponte de Macedo, sempre de olho em nosso mapa para localizar os pontos turísticos.
Algumas ruas ao redor da praça e seguindo até o Marco Zero ficam interditadas aos Domingos, para uso dos ciclistas e para demais atividades de entretenimento ao ar livre.

Nosso mapa indicava naquela região o Teatro Apolo, o Centro Cultural Correios, Rua do Bom Jesus (feira típica), Embaixada dos Bonecos Gigantes, Sinagoga Kahal Zur Israel, Paço do Frevo, Praça do Arsenal, Torre Malakoff, Instituto Santander Cultural, Caixa Cultural Recife, Centro de Artesanato de Pernambuco e o Marco Zero. Fazendo a travessia de barco é possível chegar ao Parque de Esculturas de Francisco Brennand.

Dentre todos esses pontos destacados, o que nos despertou curiosidade foi o Marco Zero, claro. Eu pensei que ele fosse igual ao que tem na Praça da Sé, em São Paulo, mas é diferente. Esse fica diretamente no piso.

Recife, Marco Zero da cidade.
Recife, Marco Zero da cidade.
Praça do Marco Zero.
Praça do Marco Zero.

Com o sol queimando até nossa alma, procuramos abrigo e descanso no Centro de Artesanato de Pernambuco. Bastante coisa interessante tem ali, com preços variados.

Centro de Artesanato de Pernambuco, na praça do Marco Zero.
Centro de Artesanato de Pernambuco, na praça do Marco Zero.

Depois fomos para a Rua do Bom Jesus, onde as barracas da feira já estavam sendo desmontadas, vimos apenas por fora a Embaixada dos Bonecos Gigantes (R$ 10,00 a entrada) e fotografamos a Sinagoga Kahal Zur Israel. É um prédio comum, em nada lembra uma construção do Oriente. Talvez por dentro, não sei, mas estava fechada.

Rua do Bom Jesus.
Rua do Bom Jesus.
Embaixada dos Bonecos Gigantes.
Embaixada dos Bonecos Gigantes.
Sinagoga Kahal Zur Israel
Sinagoga Kahal Zur Israel

Caminhamos mais um pouco passando pela Praça do Arsenal, onde há um busto do Almirante Tamandaré, e fotografamos a Torre Malakoff, que hoje abriga funciona como centro cultural. Para subir ao observatório, aos domingos, somente das 15h às 19h.

Torre Malakoff.
Torre Malakoff.

Do lado da Praça do Arsenal fica o Paço do Frevo, mas também estava fechado. Só abriria ao meio dia. Sendo assim, pegamos o caminho de volta à estação Central do metrô, dessa vez atravessando pela Ponte Maurício de Nassau. Passamos novamente pelo centrão da cidade, com muita gente, muita sujeira no chão, mistura de sons, de odores…

Ponte Mauricio de Nassau.
Ponte Mauricio de Nassau.

Já dentro do vagão do metrô, fizemos todo o trajeto da estação Central até a estação Aeroporto acompanhados de vendedores ambulantes. Vendiam água, salgadinhos, balas… No metrô existem cartazes indicando que a presença de ambulantes nas estações e vagões é ilegal, e o sistema de som também dá esse aviso de vez em quando. E os ambulantes caçoam disso tudo.

Alguns passageiros compraram salgadinhos e balas e, pasmem, após o consumo, jogaram a embalagem no chão do vagão. Isso não ajuda o turismo não.

Chegando ao hotel nós tomamos um banho rápido e seguimos, sem almoço mesmo, direto para aquele que foi, em nossa opinião, o melhor ponto turístico de Recife. Este sim, considerado imperdível: Instituto Ricardo Brennand.

No folder que pegamos na recepção do hotel e no site oficial do Instituto, o endereço é Alameda Antônio Brennand, s/n – Várzea. No Google, aparece como Rua Mario Campelo, 700 – Várzea. O pessoal nos orientou a seguir as placas da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. Nosso GPS até achou a Alameda Antônio Brennand, mas nos jogava numa rua de terra, estreita, que não parecia levar ao Instituto.

Paramos para perguntar, e era só seguir em frente na rua em que estávamos. Para você não errar, coloque no seu GPS Rua Isaac Buril, 113. Você estará há poucos metros da entrada do Instituto Ricardo Brennand.

Trafegamos pela bonita e longa alameda, repleta de palmeiras, até o estacionamento, que é bem arborizado. Antes de chegar na bilheteria, há uma construção de um portão medieval, guardado por duas estátuas de leões. Parada obrigatória para fotos.

Entrada do Instituto Ricardo Brennand.
Entrada do Instituto Ricardo Brennand.
Alameda.
Alameda.
Estacionamento.
Estacionamento.
Portão Medieval ladeado por leões.
Portão Medieval.

O Instituto funciona de terça a domingo, das 13:00 às 17:00 h. Na última terça-feira do mês a entrada é gratuita. Abaixo a tabela de valores:

Bilheteria.
Bilheteria.

Nossa primeira parada foi em um prédio que parece ser um salão de eventos, pois não há muita coisa para ver por ali. Alguns quadros e uma ou outra escultura. O que é imperdível ali é a réplica da escultura O Pensador, de Rodin.

Salão de eventos?
Salão de eventos?
O Pensador, de Rodin, no Instituto Ricardo Brennand.
O Pensador, de Rodin, no Instituto Ricardo Brennand.

Dali seguimos para a Pinacoteca, local onde estão, além do óbvio – diversos quadros – também muitas esculturas distribuídas em suas salas. As exposições que estavam em cartaz quando visitamos o museu eram “Frans Post e o Brasil Holandês”, “Paisagem Brasileira do Século XIX e “O Julgamento de Nicolas Fouquet” – este último retratado em bonecos de cera.

Entrada da Pinacoteca.
Entrada da Pinacoteca.
Acervo da Pinacoteca do Instituto.
Acervo da Pinacoteca do Instituto.
Acervo da Pinacoteca do Instituto.
Acervo da Pinacoteca do Instituto.
Acervo da Pinacoteca do Instituto.
Acervo da Pinacoteca do Instituto.
Bonecos de cera, de Daniel Druet, encenando o julgamento de Nicolas Fouquet, Superintendente das Finanças do Reino da França, sob o reinado de Luís XIV.
Bonecos de cera, de Daniel Druet, encenando o julgamento de Nicolas Fouquet, Superintendente das Finanças do Reino da França, sob o reinado de Luís XIV.
Bonecos de cera, de Daniel Druet, encenando o julgamento de Nicolas Fouquet, Superintendente das Finanças do Reino da França, sob o reinado de Luís XIV.
Bonecos de cera, de Daniel Druet, encenando o julgamento de Nicolas Fouquet, Superintendente das Finanças do Reino da França, sob o reinado de Luís XIV.
Essa peça chinesa, repleta de detalhes, era enorme. Veja em detalhe na próxima foto.
Essa peça chinesa, repleta de detalhes, era enorme. Veja em detalhe na próxima foto.
Riqueza de detalhes em peça chinesa.
Riqueza de detalhes em peça chinesa.

Nossa próxima parada foi na cafeteria para fazer um lanchinho. Até ali e nos jardins que rodeiam o espaço está repleto de esculturas. Em frente a Pinacoteca, na área externa, está uma das cinco réplicas de Davi, de Michelangelo, que usa mármore da mesma pedreira de onde foi feita a estátua original.

Réplica de Davi.
Réplica de Davi.
A Dama e o Cavalo, de Fernando Botero.
A Dama e o Cavalo, de Fernando Botero.

Depois fomos para o Castelo São João, onde está exposta a grande coleção de armas brancas do idealizador do Instituto. O acervo ali é enorme, reunindo facas, espadas, adagas, armaduras e também fuzis criados entre os séculos XV e XXI, com peças provenientes da Europa, Ásia, América e África.

Castelo São João.
Castelo São João.
Vitrais do Castelo.
Vitrais do Castelo.
Armaduras.
Armaduras.
Acervo de armas brancas do Instituto Ricardo Brennand.
Acervo de armas brancas do Instituto Ricardo Brennand.
Acervo de armas brancas do Instituto Ricardo Brennand.
Acervo de armas brancas do Instituto Ricardo Brennand.
Acervo de armas brancas do Instituto Ricardo Brennand.
Acervo de armas brancas do Instituto Ricardo Brennand.
Sala de exposição do Castelo São João.
Sala de exposição do Castelo São João.
Acervo do Castelo São João.
Acervo do Castelo São João.
Acervo do Castelo São João.
Acervo do Castelo São João.
Acervo do Castelo São João.
Acervo do Castelo São João.

Excelente a ideia de criar este Instituto! Proporciona cultura para todos que não podem atravessar o oceano e admirar  os acervos do Louvre, Museu Britânico etc.

O Instituto disponibiliza um tour virtual, que pode ser visitado neste link aqui.

De volta em boa viagem, fomos na feirinha de artesanato comprar algumas lembrancinhas e jantamos no chique restaurante que tem na esquina da rua do hotel, o Chica Pitanga.

O ambiente é bem bonito e decorado. Local agradável. O serviço é no estilo buffet, ou seja, self-service. O preço, pelo que me lembro, era salgado, coisa de R$ 60,00 o quilo. Mas no jantar de domingo custava um pouco menos. Mesmo assim, pelas opções que encontramos disponíveis, estava caro. Já fomos em restaurantes menos requintados, com mais opções, e com preços melhores. Bom, vai do gosto de cada um, não é mesmo?

E assim foi no nossa última noite em Recife. Amanhã é dia de voltar para casa.

15 comentários em “Recife Antigo e Instituto Ricardo Brennand”

    1. Oi Pathrycia. Obrigado pela visita ao blog e pelo comentário.
      Então. Para falar a verdade, descobrimos por acaso o Instituto Ricardo Brennand. Vimos um panfleto na mesa da recepção do hotel e perguntamos do que se tratava.
      A visita em Recife não envolveu muita pesquisa prévia. Tínhamos em mente o Centro Histórico, praia e Olinda apenas.
      E ainda bem que visitamos o Instituto!
      A visita ao outro Brennand fica para a próxima!
      Valeu pela dica.

  1. Achei o blog por acaso e adorei ver a opinião de turistas sobre o descaso e falta de organização com o turismo aqui em PE. Sou turismóloga e moro aqui tem 12 anos, mas vivo reclamando da falta de investimento ao turismo, a falta de educação do povo e o pior, o oportunismo que aqui é demais!

  2. Olá! Gostei muito das dicas, estou estudando minha ida a Recife e o IRB chamou muito a minha atenção. Só tenho muitas dúvidas de como me deslocar até lá. Ficarei hospedada na Boa Viagem e tenho minha mãe, que já é uma senhora, como companhia. A opção “táxi” é viável? Tem ponto de táxi no local para o retorno ou deve-se tratar com um motorista o valor de ida e volta?

    1. Olá Clarice.

      Para chegar ao Instituto Ricardo Brennand, caso você não queira alugar um carro, o táxi realmente é a melhor opção.
      Pelo que pesquisei na web, tem um ônibus que passa próximo, mas penso que não vale a pena devido a caminhada necessária entre a parada do ônibus e o Instituto.

      Não me recordo de ponto de táxi ali perto. Combine com o taxista um horário ao final do dia ou pegue o telefone dele ou do ponto de táxi.

  3. Bom dia sou .Marcia de caxias do sul rs.vou a recife mais terei um dia só pra conhecer a cidade será que conseguirei conhecer alguns pontos turísticos qual lugar seria o melhor e perto de todos os pontos melhores de conhecer ..Obrigada.

    1. Oi Marcia.
      Obrigado pela visita ao blog.

      Humm, um dia só vai ser bem corrido, e você vai ter que ser bem seletiva.
      Se prefere praia, passe o dia em Piedade ou Boa Viagem.
      Se curte mais patrimônio histórico, Recife Antigo.

      Bom passeio.

  4. Achei essa publicação por acaso em uma pesquisa feita justamente pra Recife, onde nasci. Gostei
    É triste o descaso e desrespeito das pessoas
    Deixando uma impressão horrível para os turistas. Melhorias em todo setor de um lugar não depende só do governo, mas de todo um conjunto de pessoas. Não conheço o Instituto Ricardo Brennand. Se antes tinha vontade agora muito mais.

    1. Olá Joseane.
      Obrigado pela visita ao blog.
      Você tem razão, todos podem fazer um pouquinho para melhoria dos lugares, inclusive os turistas.

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