Nosso primeiro dia inteiro em Santorini.
10/05/2015 – Estávamos ansiosos para explorar as outras cores da ilha. Sim, Santorini é mais do que casinhas brancas com janelas azuis e, apesar da Caldeira seu o local mais procurado da ilha, Santorini também oferece algumas praias. E logo no primeiro dia tratamos de conhecer uma delas.
O café da manhã foi tomado no hotel, e não estava incluso no valor da diária. Custava cinco euros por pessoa e deveria ser solicitado no dia anterior. Bem simples, composto de algumas fatias de pães, bolo, suco e café.
Partindo para a praia de Perissa
Seguimos para a “rodoviária” de Santorini onde pegaríamos o ônibus para a praia de Perissa. Todos os ônibus param e partem dali, e há linhas para cada canto da ilha. Na frente do ônibus está escrito o destino final, mas mesmo assim o cobrador grita o nome do destino para chamar os passageiros.
Tem uma espécie de guichê ali, mas não tem função nenhuma para os turistas. É apenas um escritório para os funcionários. As passagens são pagas dentro do próprio ônibus, durante o trajeto. Na parede deste escritório há um mural com todas as linhas e horários. Então, nem adianta muito pedir informação no escritório que vão indicar para você olhar no mural.
Observação: não há bilhete integração em Santorini, ou seja, se você está em Perissa e quer ir para Kamari, precisa pegar um ônibus de Perissa até Fira, e depois trocar de ônibus, pagando nova passagem até Kamari.
O trajeto até Perissa leva em torno de 50 minutos, e a passagem custa 2,20 euros. Nem é tão longe assim, é que o ônibus passa por diversas “cidades” até chegar ao litoral. Um dos locais por onde ele passa e bastante gente desce para visitar é Pyrgos. No alto de uma colina existe uma igreja e dizem que a vista lá de cima é fantástica.
Nós descemos no ponto final, em Perissa. O local é formado por uma pequena rua com alguns restaurantes. Já nos primeiros passos o pessoal dos restaurantes fazem o seu “merchan”, oferecendo espreguiçadeiras grátis, wifi (não precisa consumir lá para usar) etc. Tem desde restaurantes mais chiques até mais simples.
Como ainda estava cedo para o almoço, recusamos as ofertas e fomos caminhar na praia.
Bem diferente do Brasil, a praia de Perissa não tem areia. Ou melhor, até que tem, mas ela é mais grossa e escura, misturada com muitas, mas muitas pedrinhas. Apesar do sol, a água estava muito gelada. O vento também aumentava a sensação de frio.
Quando voltamos para o local em frente aos restaurantes, vimos que o restaurante Porto Castello oferece, além de espreguiçadeiras e wifi grátis, também tem uma espécie de vestiário, onde você pode tomar uma ducha e se trocar.
Colocamos nossa roupa de banho e fomos para o mar. Melhor dizer que eu fui, pois Dona patroa entrou o suficiente para tirar uma foto.
Na entrada, ali no rasinho, as pedrinhas deixam o solo um pouco escorregadio. Depois as pedras são um pouco maiores. A água, cristalina, permite enxergar os pés mesmo estando mais ao fundo.
Depois de curtir um pouco a água, fui para a espreguiçadeira pegar um sol, e ali ficamos até a hora do almoço. Tomamos uma ducha, trocamos a roupa de banho molhada e nos sentamos para almoçar.
Os preços do Porto Castello não estavam muito altos; eram equivalentes aos preços dos restaurantes da Caldeira. Aproveitei a paisagem à beira mar e pedi um salmão grelhado. Dona patroa foi de Moussaka.
Ficamos ali em Perissa até perto das 15 horas, e depois voltamos para o hotel, para o segundo objetivo do dia. O ônibus para Fira atrasou uns quinze minutos, mas a duração da viagem foi mais rápida.
Chegando ao hotel, ficamos um pouco na piscina. Só um pouco, pois estava ventando bastante e a água também estava bem gelada.
Pôr do Sol em Oia
Às 17h30min seguimos de volta para a rodoviária, onde pegamos o ônibus para Oia (nem vou dizer que a pronúncia é Ía, pois vocês já devem saber), cidade famosíssima por possuir “O pôr do Sol mais bonito do mundo”. Não podíamos perder essa, não é mesmo?!
De ônibus até Oia é rápido, coisa de trinta e cinco minutos. Já havia muita gente na cidade, provavelmente todos passeando e esperando pelo pôr do Sol, que só aconteceria por volta das 20h15min.
Seguimos pelas estreitas e simpáticas ruazinhas de Oia, olhando uma lojinha ou outra, mas com o objetivo de encontrar um bom local para observar o pôr do Sol.
Quanto mais perto da borda do penhasco, mas gente encontrávamos. Muitas pessoas já haviam escolhido seus lugares e ali ficaram, aguardando o espetáculo natural mais famoso da ilha. Decidimos que deveríamos escolher nosso lugar também e reservá-lo. E fizemos o certo. Apesar de ainda faltar mais de uma hora para o pôr do Sol, muita gente estava chegando e se amontoando nos melhores lugares.
Se você quiser ficar mais confortável, pode chegar um pouco mais cedo (18h mais ou menos) e escolher um restaurante para jantar, e ali ficar até o pôr do sol. Lembre-se que pagará pela comida e pela visão!
O pôr do Sol mais bonito do mundo!
Pontualmente às 20h horas o Sol começou a se despedir. Conforme baixava no horizonte, deixava no céu diversas combinações de cores avermelhadas e amareladas, até desaparecer por completo, ao som das palmas de todos que estavam ali presentes.
Realmente o crepúsculo em Oia é muito bonito. Talvez o que o faça ser “o pôr do Sol mais bonito do mundo” é o fato de estarmos na “ilha mais romântica do mundo”, Santorini.
Terminado o espetáculo, todo mundo que estava ali pegou o mesmo caminho de volta para o centro de Oia, e as estreitas ruazinhas pareciam um formigueiro.
Os preços dos restaurantes em Oia são um pouco mais caros de que na capital Fira, então decidimos não jantar por ali. Chegamos ao ponto de ônibus e já havia uma multidão para embarcar. O cobrador estava recebendo o valor das passagens na calçada, antes de entrarmos no ônibus. Depois entendemos o porquê.
Tinha muita gente dentro do ônibus. Ultra-lotação. O motorista empurrava as pessoas para o fundo para caber mais gente. Parecia que estávamos em uma lata de sardinhas, apesar de nunca termos entrado numa lata de sardinhas rsrs. Nunca que o cobrador conseguiria receber as passagens ali dentro.
A explicação é que, após o pôr do Sol, só tem mais três ônibus para Fira. E muita gente para voltar para Fira.
Dica: deixe seu dinheiro da passagem de volta separado (1,60 euros por pessoa), pois com tanta gente embarcando, o cobrador não tem troco para todos. No nosso caso ficaram faltando vinte centavos de troco, e ele nos encheu de moedinhas de dois centavos para tentar completar o troco.
Já em Fira, resolvemos encerrar o dia no mesmo restaurante da noite anterior, o Tabasco. Desta vez pedimos uma pizza. Para beber, provamos de uma bebida típica da ilha, chamada Ouzo. É alcoólica e tem gosto de anis.
Oi! Li seus relatos de Santorini, e como estou indo pra lá agora em maio surgiu uma dúvida: Tem como eu fazer a trilha Fira-Oia e já ficar por Oia para o por do sol, né? Aproveitar duas programações em um só dia. Vc acha que vale a pena alugar um carro ou moto? Obrigada
Oi Aline. Tudo bem?
Obrigado pela visita ao blog.
Sim, é possível sim esperar pelo pôr do Sol após fazer a trilha Fira-Oia. Basta apenas considerar o que você idealiza para o momento. Se imagina estar em um restaurante bacana, talvez a roupa de trilha suada e o cansaço não combinem com o momento.
Sobre alugar carro/moto… As cidades são pequenas, não há muitos lugares para estacionar. Se quiser ficar motorizada, opte pelo quadriciclo, que cabe quase em qualquer lugar.