Segunda-feira, 09/03/2020 – Férias na Argentina.
Passar a noite no Aeroporto de Guarulhos não foi legal.
Era difícil até dar uma cochilada, pois de tempos em tempos o sistema de som alertava, num volume ensurdecedor, sobre combate ao zica vírus e dengue, Isso a noite toda.
Havia a opção de ficar no Fast Sleep (Terminal 2 Asa D) – quarto com beliche e banheiro compartilhado, por mais ou menos R$ 280,00. Mas como seriam apenas algumas horas (de meia-noite às 6h), ficamos ali nas cadeiras do terminal mesmo.
Por volta das 4h o saguão passou a ficar movimentado, e o silêncio que só era interrompido pelos avisos sobre a zica e dengue, deu lugar a um “conversê” de gente se dirigindo para a sala de embarque. Havia um voo às 5h para Recife.
Desta vez, optamos por viajar leves. Nada de despachar malas. Apenas bagagem de mão. Na arrumação da mala, checamos quais os itens permitidos e não permitidos, tamanho da mala e acomodação dos líquidos em saquinhos.
Embarque para Buenos Aires
Perto das 6h fomos para a sala de embarque. No raio-x estavam bastante rigorosos (ou simplesmente cumprindo a legislação) sobre o embarque de líquidos em bagagem de mão.
Muita gente com frascos acima de 100ml, aerossol etc. Ou descartavam ou voltavam ao guichê para despachar. Não tinha “jeitinho brasileiro” não.
Quando estávamos em frente ao portão de embarque nossos nomes foram chamados pelo sistema de som. Hein? Era para validar nossos documentos. Não entendi…
O embarque ocorreu às 6:40h e foi organizado, em nosso ponto de vista, corretamente : embarca primeiro quem ficará nas fileiras do fundo do avião.
Assim que todos tomaram seus assentos, recebemos um formulário do Ministério da Saúde argentino para preenchimento com informações sobre a origem do voo, nosso destino, identificação do assento, sintomas de saúde apresentados nos últimos 14 dias (havia uma relação de sintomas para assinalar) etc.
A decolagem propriamente dita ocorreu as 7:14h.
O avião da Aerolineas Argentinas era dos mais simples: não havia tv, rádio ou qualquer outro tipo de entretenimento aos passageiros. Somente a revista de bordo, e em apenas em alguns bolsões. Aproveitei para tentar cochilar um pouco.
Como de praxe nos voos para Argentina e Chile (pelo que já vivenciamos), pouco antes do pouso o comissário passa espirrando um spray antibacteriano por sobre todos nós.
Pousamos em Buenos Aires (Ezeiza) as 9:43h, e não havia finger para acesso ao aeroporto. Fomos de ônibus até o portão 19 e tivemos que subir de escada “não rolante” carregando as bagagens de mão.
Quando chegamos próximo ao local da imigração, havia funcionários do aeroporto organizando o pessoal, pois a fila estava enorme, ultrapassando a área delimitada para a formação de filas.
Mais próximo ao balcão, a fila se dividia em duas: para residentes do Mercosul e para estrangeiros. Direcionaram-nos para a fila de estrangeiros, e demorou mais ou menos 1:20h até nossa vez, e foi muito mais rápido do que se estivéssemos na fila do Mercosul.
Após o carimbo em nossos passaportes, a primeira coisa em que pensamos foi procurar um restaurante para almoçarmos.
Demos uma olhada geral no pavilhão e só encontramos locais que vendiam lanches. Não era bem o que queríamos.
Aproveitamos então para localizar onde seria nosso embarque para Ushuaia, mas nos painéis não aparecia nosso voo.
O nosso desembarque foi no terminal A, e nosso embarque para Ushuaia seria no terminal C. Perguntamos como chegar ao terminal C e nos orientaram a seguir por uma calçada ao lado de fora do aeroporto.
Achamos estranho, mas era isso mesmo. Caminhamos por fora do aeroporto. Se estivesse chovendo, estaríamos ferrados.
Passamos ao lado de uma grande área em construção, que deve ser a interligação dos terminais por dentro do aeroporto.
No terminal C também não havia restaurantes. Apenas um único local de venda de lanches, quiches (torta) etc, chamado Florida Garden.
Pedimos dois brioches (medialunas) de presunto e queijo, ao custo de 280 pesos cada. Se pago em dólar, a cotação estava 59 pesos para cada 1 dólar. Para efeito de comparação, a agência em Ushuaia estava aceitando a 68 pesos.
A atendente questionou se queríamos que esquentasse nossos lanches, e aceitamos.
Não vimos tomadas disponíveis ali no terminal C. Mas depois do raio-x, já na sala de embarque, tem uma bancada com tomadas entre os portões 25 e 26.
Também não tem bebedouro na sala de embarque. Apenas uma vending machine, com água custando entre 48 e 55 pesos. Por ser um voo interno, pode embarcar com água comprada ou adquirida no bebedouro do terminal (antes do raio-x).
Embarque para Ushuaia
O momento do embarque foi meio bagunçado. As placas em frente ao local de início das filas informavam “Zona 1-6”. Entretanto, inicialmente o embarque foi liberado para as zonas 1 e 2 (a nossa era a 3), mas não ouvimos essa orientação. E no painel do portão de embarque dizia “Zonas 1-4”.
Novamente utilizamos ônibus para chegar até ao avião.
Como fomos quase os últimos a entrar na aeronave, não havia espaço no compartimento de bagagem sobre nossos assentos, e nossas malas ficaram guardadas mais para trás. Com isso, no desembarque em Ushuaia teríamos que esperar todos saírem para voltarmos algumas fileiras para pega-las.
Muitas pessoas colocaram mochilas no compartimento superior, sendo que essas deveriam ficar abaixo dos assentos.
A decolagem ocorreu no horário, e o pouso em Ushuaia foi as 18:10h.
Finalmente, após 12 anos de nossa primeira tentativa, pousamos no Fim do Mundo, na Tierra del Fuego!
Conforme informamos em post anterior, contratamos um transfer entre o aeroporto e o hotel junto à agência Best Tour Patagonia.
Transfer ao hostal e primeiros passos pela cidade
No pequeno saguão de desembarque, a Emiliana já estava nos esperando. Muito simpática ela.
Estava bastante frio, ventando muito e com um pouco de garoa. Por estratégia, na arrumação da mala, deixamos as blusas de frio por cima de tudo, facilitando para pega-las.
No caminho para nosso hostal ela nos explicou alguns pontos da cidade através de um mapa e falou dos passeios que contratamos. Ali também efetuamos o pagamento dos passeios.
Na chegada ao Hostal Malvinas, fomos recebidos pelo Gustavo, que já nos aguardava. Muito prestativo também.
Ficamos no segundo andar. O hostal não tem elevador, informação divulgada desde o Booking.
Depois do banho fomos ao mercado comprar água e biscoitos e em seguida saímos para jantar. Pegamos algumas indicações com o Gustavo, e fomos parar no Dona Lupita, localizado na rua Don Bosco esquina com Gdor. Paz.
Pedimos duas Milanesas Napolitanas com salada, e para beber, uma cerveja local de nome Beagle.
Enquanto aguardávamos o prato, foi servido…. amendoim. Diferente.
O prato é muito bem servido. Para nós dois, que não comemos tanto, creio que um só bastaria.
Durante o jantar caiu uma garoa forte, e foi necessário esperar um pouco até parar, para voltarmos ao hotel.
Enquanto isso, ficamos conversando com um brasileiro que estava viajando pela patagônia chilena e argentina de carro, desde Maringá/PR.
Próximo ao hostal, distante uma quadra em rua paralela, tem um Hard Rock Café. Eles têm um painel de led na fachada que fica ligado 24h, e toda a claridade da propaganda invadia o quarto.
Às vezes parecia um relâmpago. Mas era só fechar a cortina e tudo se resolvia.
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