Madri é uma cidade que se conhece em poucos dias. Como já tínhamos visitado todos os pontos anotados em nosso planejamento, procuramos na internet alguma cidade próxima com algum atrativo que pudéssemos conhecer. Encontramos Segovia. Seus atrativos? Continuem com a leitura abaixo…
Conforme o planejado, hoje fomos para Segóvia. Acordamos cedinho para tomar o café da manhã. Escolhemos ir em outra loja da Dunkin Donuts, que tem aqui perto do hostal. Pedimos um tostado (pão com presunto) e capuccino. Eu pedi também um suco de laranja e a dona patroa um croissant. Estava tudo bem até que uma moça que já estava lá acendeu o cigarro. Ok, estava meio longe de nós. Ai veio outra que já entrou fumando e sentou na atrás da gente. Mudamos de lugar. Essa mal acabou seu café já acendeu outro cigarro. Ai terminamos de comer “correndo” pra sair logo dali, antes que a fumaceira impregnasse em nossa comida, nossa roupa, nossos PULMÕES!
Pegamos o metrô na estação Sol e seguimos até a estação ferroviária Madri Chamartín, de onde saem os trens para Segóvia.
Chegamos cedo, para não correr o risco de não ter mais passagens. Vimos num painel que haveria um trem regional que sairia às 10h16min, e levaria duas horas para chegar.
Como ainda eram 09h30min fomos para a bilheteria comprar esse horário, mas o “gordinho” com má vontade que nos atendeu disse que só teria trem para Segóvia às 11h15min. Não entendi. Dissemos que estava escrito no painel e ele disse que deveria ser horário de chegada e não de partida. Ou seja, nos chamou de idiotas. O cara parecia estar de “saco cheio”.
Quando perguntamos se poderíamos comprar ida e volta ele respondeu: “se tu quiseres”. Não, não queremos. Perguntamos de alegre. Aí dissemos que queríamos também a volta (vide nossa experiência para Toledo) e ele ficou olhando pra gente esperando que a gente dissesse o horário. Como se a gente tivesse obrigação de saber todos os horários. Não era mais fácil ele olhar na tela e nos falar as opções?
Mas tudo bem, pedimos a volta para próximo das 17h e ele nos deu os bilhetes de 16h07min.
Ficamos andando pela estação, vendo algumas lojinhas, depois fomos para uma área com algumas cadeiras, esperar o horário de embarque. O trem saiu pontualmente adiantado, às 11h14min. É um trem de alta velocidade, atingiu 219km/h, e chegamos em Segóvia em 25 minutos.
Ainda em Madri, no escritório de turismo, a atendente nos disse que é necessário pegar um ônibus da estação de Segovia ao centro da cidade, pois é longe. Quando chegamos em Segovia o ônibus já estava esperando. Pegamos um mapa no escritório de turismo e fomos para o ônibus. Leva 15 minutos até o ponto final que fica no centro da cidade. E o preço: € 0,88 por pessoa. O motorista nos indicou onde era o ponto do ônibus para a volta e disse não haver horário específico.
Pegamos uma das ruas principais e seguimos em direção ao principal atrativo da cidade, na nossa opinião: um aqueduto romano. No caminho, passamos pela Igreja de San Millán.
Passamos também pela Igreja de San Clemente.
O aqueduto é enorme, gigantesco. 29 metros de altura e 728 de comprimento. Incrível ter sido construído há tantos anos atrás, e sem nenhuma argamassa, só com o empilhamento de pedras.
Depois e algum tempo admirando-o, seguimos nosso mapa até a catedral, passando por outras igrejas pelo caminho.
A catedral custa € 3 por pessoa, e não tem nada de extraordinário. É grande, por dentro e por fora. Várias capelas, estátuas, alguns quadros etc.
Da capela seguimos para o Alcazar, um castelo que lembra o castelo da Disney, devido a suas torres. No caminho, passamos pela Igreja de San Sandrés.
No lado de fora, na placa indicativa do monumento, tem algumas fotos internas do Alcazar, e com base nelas decidimos não entrar no castelo. Quadros, armaduras, estátuas. Já vimos bastante disso. E digo que a beleza principal está na construção, ou seja, na vista externa.
Voltamos em direção ao aqueduto, e tiramos algumas outras fotos de outros ângulos.
Já eram 14h10min, e decidimos caminhar em direção ao ponto de ônibus, parando no caminho para comer alguma coisa. Escolhemos o Bar Dakota e pedimos o prato do dia: bifes de carne suína, batatas fritas e ovos fritos, acompanhados de pão e vinho. € 10 por pessoa. Estava bom, e ainda teve sobremesa: pudim.
Chegamos no ponto de ônibus às 15h20min, e vimos no poste do ponto uma placa com os horários do itinerário.
Pegamos o ônibus das 15h35min, o último que nos levaria em tempo até a estação de trem.
Quando entramos no nosso “coche”, havia um casal sentado em nossos lugares. A dona patroa queria procurar outro assento livre, mas eu não topei. Se a passagem é vendida com assento numerado, eles que deveriam procurar o lugar deles, e não nós procurar outro, correndo o risco do “dono” do lugar chegar a gente ter que sair.
O rapaz percebeu que estava em nosso lugar e nem esperou a gente pedir licença, já chamou a esposa e saíram. Logo depois outro senhor pediu o lugar para uma moça que estava lá equivocadamente. É tão difícil assim sentar no lugar certo? Se não tivesse lugar marcado, como no vôo da Ryanair, tudo bem, senta onde quiser. Mas não era o caso.
Aquele casal que estava em nosso lugar, por fim, fez a viagem em pé.
Em 25 minutos estávamos novamente em Madri, onde pegamos o metrô e voltamos para nosso ponto inicial, a estação Sol.
Lá chegando, fomos ao mercado, outro mercado dessa vez (Cocimar – Calle Mayor, perto da Plaza Mayor), procurar sabonete em barra, unidades individuais, pois por aqui tudo é vendido em 2 ou 3 ou 4. Achamos um Dove. Caro, mas era um só. A água nesse mercado estava mais cara, então fomos até o outro mercado (El Corte Inglês, próximo da estação Sol do metrô) para comprar mais uma garrafa.
Voltamos ao hotel para descansar um pouco, para depois sairmos para jantar. Dona patroa foi tomar banho e novamente a água ficou fraquinha. Ontem aconteceu o mesmo. E era mais ou menos o mesmo horário. Vai ver é horário de pico.
As 20h saímos para comer, e não estávamos a fim nem de andar muito e nem de comer com fumaça, então fomos numa loja do KFC, onde a especialidade é frango. Não me lembro dessa franquia no Brasil. Vimos em Londres. Pedimos “uma hamburguesa” cada um, com só uma batata e refrigerante. Estava bom. De lá seguimos para o hotel.
Ainda não comentei que aqui há inúmeras casas de jogos, do tipo cassino. Há também casas de apostas em eventos esportivos.
Amanhã é dia de deixar Madri, com destino Lisboa.
28/10/2010
Nosso último dia em Madri. O check out no hostal era até o meio-dia, e nosso vôo para Portugal às 16h55min. Optamos por tomar o café da manhã no McDonalds, mesmo não tendo nada salgado para comer. Mas só de não ter a preocupação de comer rápido e sair correndo ao ver um cigarro aceso ao nosso lado já valeu a pena.
Voltamos para o hostal e preparamos nossas malas, e depois saímos para comprar algumas lembrancinhas. Em um dos blogs que li, dizia que suvenires e alimentos próximos da Porta do Sol eram mais caros. Sinceramente não achei.
Deixamos o hostal por volta das 11h20min e pegamos o metrô até o aeroporto. Duas baldeações foram necessárias: estação Tribunal e estação Nuevos Ministérios. Ao chegar na estação T1-T2-T3 (terminais de embarque) fomos assaltados. E você também será.
Não é hipótese, é fato. Para sair da estação de metrô e entrar no aeroporto, deve-se pagar um “Abono de Turismo”. Ou seja, você vai até a bilheteria eletrônica e compra por € 1 cada o tal abono, que libera a catraca de acesso ao aeroporto. Sem isso, você não passa. Um absurdo.
Também, fiz questão de usar todas as escadas e esteiras rolantes do aeroporto no caminho ao terminal, para fazer valer esse € 1.
Almoçamos no restaurante Food Gallery. Pedimos o Menu 2, que continha frango, batatas fritas e refrigerante. Comemos bem. O terminal não dispõe de locais para se sentar, então ficamos na mesinha do restaurante mesmo.
Quando deu 15h fomos fazer o check in e despachar as malas. A fila estava grande, mas andava rápido. Já sem as malas, ficamos caminhando pelo aeroporto até o horário aproximado do embarque.
Novamente, na hora de passar pelo detector de metais, foi necessário tirarmos as botas. Achei que fosse por conta dos passadores dos cadarços que são de ferro, mas tinha uma moça com uma bota que nem zíper tinha, e também teve que passar descalça.
Uma vez dentro da área de embarque, fomos procurar o portão C1, seguindo as placas indicativas. No final do corredor, havia um controle de passaportes. Pegamos a fila, mostramos a passagem e o passaporte, o policial conferiu, carimbou o passaporte e nos liberou. Achei estranho o carimbo, pois na França, o guarda só conferiu. Ai que fui perceber que os dois “orelhudos” aqui entraram no portão errado. Estávamos no B1. Bom, pelo menos temos mais um carimbo em nosso passaporte.
Fomos até o balcão de informações e explicamos nossa “orelhada”, ao que o rapaz perguntou: “e o policial deixou vocês passarem? E ainda carimbou o passaporte?” A cara de inconformado que ele fez foi engraçada.
Ele nos acompanhou até o guichê da polícia, disse pra um rapaz que eles nos deixaram passar por engano, e saímos para o lugar certo.
Já tinha uma galera esperando, e vimos no painel que o vôo estava atrasado, mas não dizia o quanto. Pois eu digo: uma hora e trinta e cinco minutos de atraso. Isso mesmo. O vôo que estava previsto para às 16h55min, decolou somente às 18h30min. Informaram que o atraso era devido à greve geral na França, com participação dos controladores de vôo, e como eles teriam que passar pelo espaço aéreo francês para chegar a Madri bla bla bla…
Tchau, Madri!!
Balanço final sobre Madri
Apesar da permissão para fumar dentro dos restaurantes, gostamos de Madri.
Mais quente do que Londres e Paris. Bem sinalizada e fácil de conhecer. A maioria das atrações são próximas do centro da cidade, podendo deslocar-se à pé entre elas.
As pessoas no geral são prestativas. Algumas meio reclamonas, principalmente a moça que não queria aceitar nosso cartão de débito/viagem.
A cidade é bem cuidada. O metrô e suas estações são organizados.
Hotel:
O Hostal Oliver fica muito bem localizado, bem no agito da cidade.
Mesmo assim, o barulho da rua não chega ao quarto. O que chega, infelizmente, é o cheiro de cigarro dos quartos ao redor. Para quem procura apenas um local para dormir e tomar banho, ele atende bem a expectativa.
Não serve café da manhã. Tem apenas uma máquina de café, capuccino e chocolate, serviço pago por unidade consumida.
Internet gratuita.
Endereço: Espoz y Mina, 7 – 4º andar à esquerda – Centro