31-10-2010
Essa noite foi um chove-pára-chove-pára danado. E não era chuvinha fraca não.
Pois bem, quando acordamos estava nublado, mas pouco antes de sairmos choveu rapidamente. Paramos para tomar café no Nicola novamente, que fica bem ao lado da pensão. Já não chovia mais, porém antes de terminarmos o café voltou a chover. É, parece que o dia todo seria assim.
Novamente sem chuva, fomos até a Praça da Figueira e pegamos o Elétrico 15, com destino à Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos e Mosteiro dos Jerônimos.
Para nossa sorte, o elétrico que veio é o modelo antigo, que parece um bondinho. Dona patroa queria andar num desses, e não nos mais modernos que parecem ônibus. Ao custo de € 1,45 por pessoa, rapidamente (pois ele corre mesmo!) descemos em frente ao Mosteiro dos Jerônimos. O relógio apontava 09h30min, e o Mosteiro só abria às 10h, e aos domingos (hoje) até as 14h a entrada é grátis.
Decidimos então ver primeiro a Torre de Belém, que também só abria às 10h, mas de acordo com o Google Maps, teríamos que caminhar um pouco até chegar na passarela que nos levaria ao outro lado da avenida (e da linha do trem). Porém, bem em frente ao Padrão dos Descobrimentos tem uma passagem subterrânea, então, já que estávamos bem em frente ao monumento, paramos para algumas fotos, antes de seguir para a Torre de Belém.
No meio do caminho até a Torre, a chuva que havia dado lugar ao Sol, voltou, por 5 minutos, mas forte. Nos abrigamos num posto de combustível.
Por falar nisso, não é a toa que alguns países da Europa sofrem com a falta de emprego. Nos ônibus, a cobrança é feita pelo motorista, um emprego a menos (cobrador). Em alguns postos, você abastece no esquema de pré-pagamento, ou seja, primeiro você coloca o valor que deseja gastar depois a máquina libera o combustível correspondente.
Há estações do metrô em que não há bilheterias, é tudo através de máquinas.
Voltando… Quando a chuva parou, continuamos até a Torre. Já tinha uma galera chegando também e um pessoal já visitando. Tiramos algumas fotos na parte externa e seguimos para o interior, entrada grátis aos domingos até as 14h.
Visitamos todos os seus andares, desde o “subsolo” até o ponto mais alto. Na parte mais baixa, onde servia de paiol e prisão, o teto é super baixo. Devia ter por volta de 1,75m. O mais complicado é chegar aos níveis superiores, pois a escada é em caracol, bem estreita e de mão-dupla. Virou um congestionamento danado, gente querendo subir, gente querendo descer, uma bagunça.
Quando saímos da Torre, pegamos o caminho de volta para visitar o Mosteiro. Dessa vez, como estávamos pertinho da passarela, atravessamos por ela. Vimos que é possível subir até o topo do Padrão dos Descobrimentos, pois tinha gente lá em cima, mas não fomos não. Antes de chegar ao Mosteiro, tiramos algumas fotos na Praça do Império, que tem em frente ao Mosteiro.
A fila para entrada no mosteiro já estava grandinha, então corremos pra lá. Quase chegando na entrada, vimos que havia duas filas. A outra era pra entrada na igreja, para ver a missa e visitar o local.
O Mosteiro é legal, uma construção diferenciada em relação às igrejas. São dois pisos, e um jardim central. Lá estão os túmulos de Fernando Pessoa e de Alexandre Herculano (escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo – fonte: Wikipédia).
Quando terminamos a visita ao Mosteiro, estava começando a missa do meio-dia, e para entramos teríamos que esperar terminar. Como não sabíamos quanto tempo levaria, decidimos caminhar até o Palácio Nacional da Ajuda, que também é grátis aos domingos até as 14h. Até lá é só subida. Ainda bem que não estava mais chovendo.
O Palácio expõe peças da história portuguesa, sobre os trabalhos de restauração de edifícios e igrejas etc. E no Museu, as dependências do Rei Don Luis e D. Maria Pia, diversas salas. O local lembrou um pouco o Palácio em Madri, porém menos decorado. Também era proibido fotografar.
Quando terminamos nossa visita, fomos até um ponto de ônibus que tem bem em frente ao Palácio, e esperamos pelo ônibus 760, que nos levaria de volta à Praça da Figueira.
Dona patroa deu a idéia de almoçar no Leão Douro, aproveitar o self-service, mas estava fechado. Como a gente não estava muito a fim de andar, paramos no Nicola, aquele do café da manhã. Pedi um escalope de peru e dona patroa um escalope de vitela. Estava bom. Provamos também o famoso Pastelzinho de Belém. É um doce gostoso. Nada assim de esplêndido. Mas é infinitamente melhor do que o pastelzinho do Habib’s.
Após almoçar, fomos até o escritório de turismo nos informar de onde sai o trem para Sintra, e depois saímos a caminhar procurando alguma lembrançinha de Lisboa, e nisso chegamos novamente ao Tejo, no mesmo ponto da noite de sexta-feira.
Estava um pouco de Sol e tiramos mais algumas fotos. Na volta, passamos novamente no supermercado e compramos mais água, depois compramos uma lembrança e fomos ao hotel descansar um pouco.
Lá pelas 20h saímos para jantar. Estava garoando fininho, e paramos no Pic Nic, que fica ao lado do Nicola, que eu acho que é do mesmo dono, pois tem publicidade do Nicola lá dentro.
Pedimos uma pizza, que aqui também é individual, mas como não estávamos com tanta fome assim, dividimos uma só entre nós. Depois voltamos ao hotel.
Amanhã, em nosso último dia cheio em Portugal, conheceremos Sintra.