14/08/2011 – Embarque para a Alemanha
Deixamos o hotel por volta das 9 horas, após o café da manhã e o check out. Nosso trem partiria somente às 10h54min, então passamos numa loja da Bachmann para comprar uns chocolates suíços. Dona patroa viu uma bolachinhas recheadas que já havia provado, ganhou não sei de quem, e disse que era uma delícia, então compramos algumas também.
Também ficamos sentados na estação observando o vai-e-vem do pessoal. Como sempre, a partida do trem foi pontualíssima. Nossa primeira parada foi em Basel (Basiléia) para troca de trem. A continuação deu-se por um trem com destino Hamburgo.
Lucerna é linda. Faz um calor danado aqui no verão. Quase 100% das varandas são enfeitadas com flores multicoloridas. A cidade é bem organizada, e as pessoas colaboram com a organização. Claro que gente mal educada tem no mundo todo. Pessoas do lado da lixeira jogando papel no chão, fumantes jogando a bituca no lago etc.
Há muitas bicicletas em Lucerna, e quase todas as ruas possuem ciclo-faixas. Até semáforo específico para as bikes tem na cidade. Não vimos nenhum pedinte pelas ruas, nem nas portas de igrejas.
Já em território alemão, próximo de Mannheim, vimos muitas casinhas pequenas, pareciam quarto e cozinha apenas, mas com um baita quintal, todo gramado e com muitas flores.
Enquanto isso, umas moças nos assentos ao lado de nós comiam salsicha e tomavam champanhe. Que farofada chique né? No Brasil seriam aqueles fandangos de queijo com cheiro superforte e refrigerante.
E não para de entrar gente nesse trem. A cada estação, uma galera ajuda a superlotar os vagões. Acho que foi por isso que a moça da bilheteria, lá em Lucerna, nos aconselhou a reservar lugares, pois correríamos o risco de estarmos sentados no lugar de alguém que reservou, e termos de continuar o percurso em pé. E a viagem de Basel até Coblença demora 3h50min.
E não é que mesmo reservando nós estávamos no lugar de outras pessoas!
Explico: Quando embarcamos em Basel, procuramos nas passagens o número do vagão, mas não achamos. Achamos somente a numeração dos assentos. Então entramos em um deles e vimos o número dos assentos. Imaginamos que era uma numeração sequencial, diferente em cada vagão.
Mas não, todos os vagões possuem a mesma numeração. Ai quando chegou uma galera querendo nosso lugar, nós explicamos que tínhamos reservado aqueles lugares. Foi quando um rapaz mais calmo nos mostrou que estávamos nos assentos certos, mas no vagão errado.
Indicou-nos em nossa passagem qual era nosso vagão e pra que lado ir. Ah tá. Então saímos procurando o nosso vagão. Difícil era andar pelo corredor empurrando as malas, com aquele monte de gente viajando em pé.
O “nosso” vagão estava mais lotado ainda, com muita gente em pé no corredor, muitas malas amontoadas próximo das portas, uma loucura. E tinha gente nos nossos lugares, mas assim que mostramos nossas reservas eles saíram sem maiores problemas.
Problema foi colocar as malas no bagageiro. Vi um espaço, empurrei outras malas para o lado e fiz caber uma de nossas malas, mas faltava outra. O rapaz que estava no nosso lugar retirou a mochila dele, liberando um espacinho. Aí um outro rapaz deu uma força, espremendo um pouco a mala dele, empurrando outras e colocamos nossa segunda mala. Ufa!
Daquele ponto, a viagem até Coblença levaria ainda 1 hora, e teríamos que trocar de trem mais uma vez, pois nosso hotel está mais afastado do centro da cidade, em Koblenz-Güls. Quando chegamos em Koblenz HBF (centro da cidade) o vagão já estava mais vazio, e não tivemos dificuldades para descer com as malas.
Quando fomos comprar o bilhete de trem para Koblenz-Güls vimos que a máquina só aceitava moedas ou notas de cinco euros. Não tínhamos notas de cinco e nem o total em moedas, então fomos até a bilheteria.
A moça imprimiu um papel com informações do trem que pegaríamos, trocou o dinheiro para nós e ainda nos ajudou com a máquina de bilhetes. Disse ainda que o posto de informações turísticas já estava fechado. Putz, hoje é domingo, já deve estar tudo fechado uma hora dessas (16h20min). Ok.
Fomos até a plataforma nove, esperar pelo trem número RB12232. Estacionado na plataforma estava o RB81, com destino Trier. Foi chegando a hora do nosso embarque e nada desse trem sair da plataforma para a entrada do RB12232.
Dona patroa deu a ideia de olhar no quadro de horários, e vimos que esse trem parado era o que deveríamos embarcar, pois Trier era o destino final, e nós saltaríamos duas estações para frente de onde estávamos. Entramos correndo.
Obs: a porta do vagão fica fechada. Toque o botão verde para abri-la e entrar no vagão. A mesma coisa para sair do vagão.
Descendo em Koblenz-Güls, até o hotel foi uma caminhada de uns cinco minutos. Por ser domingo, os pouquíssimos estabelecimentos do bairro estavam fechados.
Assim como na Suíça, o hotel reservado aqui na Alemanha também é restaurante. E vimos que próximo ao hotel tem uma pizzaria. Não teríamos, portanto, problemas para jantar.
Apesar de não ter elevador, o hotel é bem chique. Acho que é o melhor quarto até agora. Dona patroa adorou.
Deixamos nossas coisas, tomamos um banho e fomos para a rua, conhecer os arredores do hotel. Vimos muitas casas com plantações de frutas e hortaliças no quintal. Por aqui é também uma área escolar, para crianças. Tem um mercado próximo, mas estava fechado.
Paramos na estação de trem para ver os horários para Koblenz HBF. Só não sabemos ainda onde comprar os bilhetes.
Voltamos ao hotel para jantarmos. Eu pedi um “Ramp steak with mushroons, fried potatoes and a side salad”. Um bife com champignon e fritas. Dona patroa pediu um “Winzerragout – Delicate beef in Riesling sauce with butter rice and a side salad”, parecia carne de panela com um molho branco, e arroz.
Para beber, apesar de não gostar muito, pedi cerveja. Temos que provar o produto local né! Dona patroa também tomou. Chamava Königsbacker. A refeição estava uma delícia. Comemos muito bem.
Amanhã procuraremos onde comprar os bilhetes para o centro e iremos ao posto de informações turísticas, apesar de termos alguns pontos assinalados com ajuda do Google Maps.
Não descobri como fazer funcionar o ar-condicionado/aquecedor que tem no quarto. Deixamos a janela um pouco aberta, mas vem um cheiro horrível de cigarro do quintal do lado.
Dica de um bom aplicativo, nessa ocasiao, melhor que o Google Maps: Foursquare.
Recomendadissimo
Tá aí.. bom saber. Será usado na próxima viagem.
Valeu pela colaboração!