19/02/2012
Chegando novamente no Terminal Tres Cruces, pouco mais das 19h, fomos comprar uma garrafa de água no mercado que tem ao lado. O acesso é pela calçada, bem ao lado da escada de acesso ao terminal. Depois disso pegamos um taxi com destino o Hotel Iberia. Os taxis são pretos com o capô amarelo. Há um vidro separando o motorista dos passageiros que estão atrás. Sentando no banco do passageiro, na frente, não há segregação do espaço.
A corrida até o hotel ficou em 125 pesos uruguaios, mais 10 pesos pelas malas. Equivalente a 7 dólares.
Assim que chegamos no hotel, a moça já me chamou pelo nome. Caraca! Rsrsrs. É que éramos a última reserva a chegar. Ela nos explicou sobre o hotel, sobre o café da manhã (pago à parte – 6 dólares por pessoa), sobre um city tour por Montevidéu (Montevideo em espanhol), outro em Punta del Este etc. Não tinha um mapa para nos dar, mas mostrou no único exemplar que ela possuía como chegar aos principais pontos. Deixamos nosso café da manhã agendado para as 8h30min. A moça achou um pouco cedo, visto que eles são “dorminhocos” (foi ela quem disse) e as lojas só abrem às 10h. Mas mantivemos o horário informado, pois até tomar o café, fazer a higiene bucal e sair, já seria mais de 9h.
Nosso quarto é no primeiro piso, quarto 7. Ela nos passou também a senha para conexão wi-fi com a internet.
Tomamos um banho e saímos para jantar. Pedimos para ela uma indicação de local, e nos foi sugerido um restaurante há duas quadras do hotel sentido Rio da Prata, ou subindo até a Calle San Jose, três quadras do hotel sentido 18 de Julio, repleta de restaurantes. Descemos sentido o Rio. Dona patroa não foi com a cara do ambiente, então seguimos até o Rio da Prata para dar uma olhada na Rambla (as avenidas beirando o rio recebem essa denominação), no movimento etc.
Depois seguimos até a Calle San Jose, e paramos no restaurante El Fogon. Deve ser muito bom esse restaurante, pois estava lotado, e depois que chegamos tinha até fila de espera na calçada.
Pedimos uma Paella Valenciana para dois. Quando o garçom trouxe o “cobierto” perguntamos se podíamos recusar. Ele disse que sim, mas que seria cobrado do mesmo jeito. Pera ae. Já que vai cobrar, então deixa na mesa. Comemos os pãezinhos que estavam desembalados, e os outros que estavam na embalagem colocamos na mochila, para o dia seguinte, na rua, quando bater uma fominha (pobre é uma água mesmo né.. hahaha).
O prato não demorou muito a ser servido não, e estava muito gostoso. É bem servido. Comemos muito bem. Demais até. Depois voltamos ao hotel. Aproveitei para testar e acessar a internet, mas o sinal é bem fraco próximo da mesinha do quarto. Tem que ficar perto da porta de entrada para pegar uma conexão melhor. Sem problemas, coloquei uma cadeira lá e acessei o que precisava.
20/02/12
Descemos para o café da manhã às 8h30min, mas demorou um pouco a ser servido. Alguma confusãozinha, não sei, mas parece que a moça não esperava por nós.
Se for pensar bem, 6 dólares é caro pelo café que é servido. Quatro torradas, duas “medialunas” (parece um croissant), suco e leite com café, e dois alfajores. Mas só de não ter que sair procurando algum lugar já compensa. Mas se você tem tempo, há uma panificadora há poucas quadras do hotel.
Saímos caminhando por volta de 9h30min. Seguimos pela Avenida 18 de Julio até a Plaza Independencia, nossa primeira parada. Dali vimos o Palácio Salvo, o monumento ao General Artigas no centro da praça e o Teatro Solis. Debaixo do monumento deveria estar em exposição os restos mortais do general, mas por conta da reforma do local eles foram transferidos para outro lugar, que hoje também estaria fechado por ser segunda-feira de carnaval.
Falando nisso, quase todas as lojas estavam fechadas por causa do feriado. Seguimos então para a Puerta de la Ciudadela, entrada para a Ciudad Vieja, ou Cidade Velha. Fica no lado oposto da praça, para quem vem pela 18 de Julio.
A porta é o que sobrou de uma muralha, eu penso. Está bem preservada.
Logo em frente há o calçadão (peatonal) Sarandí, repleto de lojas (todas fechadas nesta época) e alguns vendedores ambulantes começando a montar suas mesinhas. Caminhamos pelo peatonal vazio passando pela Catedral de Montevidéu até chegar próximo da Plaza Zabala, quando vimos que faltavam vinte minutos para as 11h. Voltamos rapidamente até o Teatro Solis, em tempo de fazer a visita guiada por dentro do teatro, que começava às 11h. O outro horário seria 12h e depois somente na parte da tarde.
O custo da visita guiada é 20 pesos uruguaios para guia em Espanhol, e 40 pesos para guia em Português ou Inglês, por pessoa. Fomos na base do Espanhol mesmo. Nosso guia foi o Frederico. A visita começa na calçada em frente ao teatro, onde ele conta a história do surgimento do teatro.
Depois vamos para o hall de entrada, em seguida para uma sala muito bonita sobre o hall, com um piso de madeira que parece um espelho, e um lustre magnífico.
Depois vamos até onde fica a plateia. O guia nos explica cada detalhe da ampla sala. Os balcões ao redor da sala, as ilustrações no teto, os camarotes etc.
Depois vamos para uma ante-sala, com palco bem menor, onde é possível ocorrer um espetáculo em paralelo. A visita guiada termina aqui, durando aproximadamente 40 minutos, entretanto, podemos seguir até o subsolo e ver algumas vestimentas de peças já encenadas no teatro. Em nossa opinião, vale muito à pena esse passeio.
Depois seguimos novamente pela Sarandí (que já estava um pouco menos vazia) até a Plaza Zabala, onde tiramos algumas fotos do monumento central. Nas árvores, muitas maritacas. Parece que está repleto de ninhos delas por ali.
Seguimos caminhando até o Porto de Montevidéu, mais precisamente até o Mercado del Puerto, passando por algumas ruas com prédios bem antigos, alguns mais conservados e outros menos.
Matando a curiosidade: Por quê República ORIENTAL do Uruguai? Resposta: No início do século XIX o território do Uruguai era conhecido como a Banda Oriental del Uruguay (isto é, “faixa a leste do rio Uruguai”), tendo sido disputado pelos estados nascentes do Brasil, herdeiro de Portugal, e da República Argentina, com capital em Buenos Aires, herdeira do Vice-reinado do Prata da Espanha. Fonte: Wikipedia.
Chegando ao Mercado, hora de escolher onde almoçar. Nosso roteiro com dicas da internet indicava o restaurante El Palenque. Antes de sentar para comer, andamos por dentro do mercado para algumas fotos. É muito legal. Quase todos os restaurantes possuem a parrilla (grelha) repleta de carnes, e o fogo bem alto. Nem preciso dizer que dentro do mercado é calor né?
Pode-se escolher almoçar nas mesinhas internas ou externas ao mercado, ou no balcão, bem na frente da churrasqueira. Fomos no El Palenque procurar uma mesa ao lado externo, mas dona patroa achou melhor escolhermos uma mesa interna, para fugir do possível fedor de cigarro. Ninguém merece saborear uma refeição sentindo fedor de fumaça de cigarro. O El Palenque possui uma área interna perto da churrasqueira e outra área com ar-condicionado, que foi onde ficamos.
Os preços não eram muito interessantes não. Foi nossa refeição mais cara até então. A parrilla de picanha custava 400 pesos; de filé mignon 440 pesos. Os embutidos (chouriço, salsicha etc) custavam 90 pesos a unidade. Bom, eu pedi uma parrilla de picanha e dona patroa uma de filé mignon. Quando chegou o prato ela quis trocar, devido ao tamanho do pedaço de carne. Acho que tinha uns 300gr de filé ali no prato. Para beber, provamos a cerveja uruguaia Zillertal. Como não sou cervejeiro, pra mim estava gostosa.
Antes que pensem que deveríamos ter tomado a cerveja Patricia… nós pedimos, mas só tinha no cardápio.
Eu imaginava que a famosa Parrillada uruguaia fosse um misto de carnes. De repente até é o misto, pagando por unidade como citamos acima e pegando um pouco de cada. Mas ficaria muito caro. Nossa conta, somando as duas parrillas, a cerveja, o bendito “cobierto” e mais os 10% de propina (taxa de serviço), ficou 1375 pesos, ou R$ 137,50.
Tentamos pagar com o cartão de débito internacional, mas não deu certo não. Pagamos então no cartão de crédito (acrescente a “propina” de 6,38% de IOF). De lá, fomos ao Museu do Carnaval, que tem logo atrás do mercado. Brasileiros e demais integrantes do MERCOSUL tem desconto no ingresso. É bem legal. Interessante possuírem um museu contando a história do carnaval deles. Ainda mais por ser bem diferente do nosso.
Praticamente já tínhamos visto todos os pontos demarcados em nosso mapa, e o relógio marcava 15h. No prédio da Antel, a empresa telefônica do Uruguai, tem um mirante no 26º andar que pode ser visitado diariamente. Busquei na internet informações sobre os dias de carnaval, se estaria acessível, mas não tinha nada informado. Ainda no Brasil enviei um e-mail questionando, mas recebi uma resposta automática.
Então decidimos caminhar até lá para ver se estava ou não aberto para visitação. Coisa rápida, uns 40 minutos aproximadamente. No caminho, passamos ao lado do porto e também por uma antiga estação de trens completamente abandonada. Local meio sinistro, mas como ainda era dia, estava tranqüilo para andar. Até tem um terminal moderno, escrito “Novo Terminal de Trens”, mas os trens que vimos parados lá estavam caindo aos pedaços.
Chegamos na torre da Antel e o rapaz nos disse que hoje e amanhã estaria fechado (carnaval né… feriado). Então tá. Como já estávamos na rua Paraguay, que é a rua do hotel, estava fácil de voltar. Seguimos passando pelo outro lado da antiga estação de trens. Local completamente abandonado, com calçada suja, cheirando muito mal. Bem sinistro também. A frente da estação seria até bonita se conservada, mas nem paramos para fotografar devido um pessoalzinho menos afortunado que estava por ali.
Nisso começou a garoar fininho, e apertamos o passo. Quando chegamos no cruzamento das Avenidas Uruguay e Brigadier General Juan Antonio Lavalleja, ao olhar para os lados para atravessá-las, eis que vejo, ao longe, o Palácio Legislativo, que fica a poucas quadras da torre da Antel, e eu esqueci que tínhamos que visitá-lo. Voltar nem pensar. Os pés já estavam pedindo um descanso. Fotografamos ao longe mesmo e seguimos ao hotel. Tomamos um banho, descansamos um pouco e depois fomos até a Avenida 18 de Julio, olhar algumas vitrines. Quase nenhuma loja estava aberta.
Andamos até a prefeitura (Intendência), onde tem uma réplica da estátua de Davi, de Michelangelo. E depois voltamos. Seguimos até a Peatonal Sarandí, para tomar um sorvete Freddo. Que delícia! Um dos melhores sorvetes que já provei.
Depois disso decidimos seguir até o Rio da Prata, mas antes passamos num caixa automático Banred para fazer um saque. Tentei tirar trezentos dólares, com taxa de quatro dólares pelo saque, mas o banco não deixava. Pedia para colocar um valor menor. Não me perguntem o porquê. Resolvi não tirar, e fomos até a Rambla Rep. Argentina para observar o pessoal caminhando, correndo, pescando.
O vento estava meio frio, e dona patroa quis voltar. No caminho, passamos num mercadinho para comprar uma garrafa de água, um salgadinho e também duas bananas para evitar as cãibras. O atendente do mercado, bastante solícito, disse que estávamos levando bananas do Equador, que eram mais caras, e que era melhor levar bananas do Brasil. Realmente a diferença de preço era de 10 pesos uruguaios.
Já no hotel, comemos as bananas, uns pãezinhos do cobierto da noite anterior (viu só como foi bom trazê-los), e ficamos vendo TV até dormir. Até queríamos ir a um show de Tablado, apresentação carnavalesca típica do Uruguai, mas estávamos bem cansados da caminhada do dia.
Hola amigos, saludos!
Ja vi que vcs aproveitaram bastante esse dia em Montevideo.
Deu para imaginar a distancia que vcs percorreram.
Agora confesso que bateu uma inveja dessa paella. Tava muito bonita.
E a carne – eh cara mesmo – mas confessa se nao foi a melhor que vc ja comeu? Nooosaaa so de lembrar…
E as bananas, homi? Prq nao provaram as equatorianas? As brasileiras vc ja conhece!!! kkkkkk
Muito legal a viagem, to gostando muito. Parabens!
Abs
R.M.
In God we trust!