Feriado 9 de julho de 2012
A cidade
Histórico: Joanópolis, antiga São João do Curralinho, foi fundada no ano de 1878, em território pertencente ao então município de Santo Antônio da Cachoeira, atual Piracaia.
Deve-se sua fundação a um pugilo de habitantes do bairro que costumeiramente se reuniam junto a um grande cruzeiro, localizado onde hoje se acha a matriz, para festejar, no dia 24 de junho, o transcurso do dia de São João Batista. O povoado foi elevado à categoria de distrito de paz pelo decreto nº 135 de 3 de Março de 1891, revogado pela Lei nº 54, de 9 de Agosto de 1892; restaurado pela Lei nº 207, de 30 de Agosto de 1893 e pelo Decreto nº 348, de 17 de Agosto de 1895, foi elevado a município, tendo sido instalado em 20 de Agosto de 1896. Teve seu nome mudado para Joanópolis pela Lei nº1578, de 18 de Dezembro de 1917. E no dia 23 de janeiro de 2001, o Município de Joanópolis foi elevado à categoria de Estância Turística, através da Lei Estadual nº 10.759.
Fonte: http://joanopolis.sp.gov.br/historia_cidade.php
O relevo da cidade é bastante acidentado, sendo o centro situado na parte mais alta. Caminhar por suas ruas exige certo esforço por conta das inúmeras ladeiras. A maior parte das ruas é pavimentada com paralelepípedo.
Numa rápida passagem pelo centro, não encontramos muitos restaurantes. Os mesmos devem estar localizados fora da região central, como por exemplo, o restaurante O Caipirão e a cantina Província de Lucca, os únicos citados no site www.joanopolis.com.br.
Os principais atrativos turísticos são a Cachoeira dos Pretos, com 154 metros de altura, e o Gigante Adormecido, também conhecido como Serra do Lopo. Existem outras cachoeiras na cidade, mas não aparecem nem no site da prefeitura. No site www.joanopolis.com.br elas são citadas mas as informações são escassas. A cidade também não oferece muita indicação dos atrativos. A Cachoeira dos Pretos, por exemplo, só possui sinalização quando já estamos na estrada que leva até o local.
O Centro de Informações Turísticas fica logo na entrada da cidade, para quem vem de Piracaia ou da Fernão Dias através da estrada Entre Serras e Águas. Em nossa opinião, poderia ser melhor estruturado, com mais informações sobre os atrativos, contatos de guias de turismo locais, mapas da região etc.
Centro de Informações Turísticas
A pousada
Localizada no Km 108,5 da Rodovia José Augusto Freire, a Pousada San Lourenzo está do lado esquerdo para quem vem de Piracaia. Durante a noite sua entrada fica totalmente escondida por não existir iluminação. No km 109 tem um condomínio chamado San Lorenzo. A entrada para a pousada fica um pouco antes.
Entrada para a pousada no Km 108,5
Está em local privilegiado, nas margens da represa dos Rios Jaguari/Jacareí, com uma vista incrível da represa e da Serra do Lopo. Possui cerca de 20 suítes, todos com varanda, sendo alguns deles com uma estrutura de vidro protegendo a varanda do vento, chuva etc. Possuem guarda-roupas (sem espaço para cabides), TV com canais abertos e rede na varanda. Não há frigobar e nem acesso à internet. Nos quartos e nos corredores existem apoios para pessoas com dificuldades de locomoção. No banheiro não há espelho; o mesmo fica do lado de fora.
Suíte – Pousada San Lourenzo
Suíte – Pousada San Lourenzo
Suíte – Pousada San Lourenzo
Varanda – Pousada San Lourenzo
Jardim interno – Pousada San Lourenzo
Varandas com a proteção de vidro
Suítes – Pousada San Lourenzo
Suítes – Pousada San Lourenzo
Reservatório dos Rios Jaguari/Jacareí
Reservatório dos Rios Jaguari/Jacareí
No domingo, próximo das 23h, não havia água quente no chuveiro. O sistema de aquecimento é solar, e o dia todo nublado pode ter sido o motivo disto. Em alguns quartos, pelo lado de fora, há equipamentos de aquecimento a gás, mas não sabemos se funcionam.O café da manhã é servido das 8h30m até as 10h, e oferece pão francês, biscoitos, margarina, queijo prato, presunto, frutas, mel, suco, leite, café e bolo. A sala de jogos com mesa de bilhar, pingue-pongue e pebolim abre às 10h.Há também casas de campo para grupos maiores, conforme informações do site.
Pontos Turísticos
Serra do Lopo
O Centro de Informações Turísticas não soube passar muitas informações sobre o local. Apenas disse que sem um veículo com tração nas quatro rodas e sem um guia seria meio difícil fazer o passeio. Não indicou nenhuma agência que fizesse o passeio, tampouco algum guia. Em nossa opinião, essas pessoas que trabalham nos postos de informações deveriam ser mais espertinhas, ou seja, saber mais sobre os atrativos, conhecer as possibilidades. Pelo menos ter e oferecer um mapa da região, mesmo que seja pago, como os caminhos a serem seguidos até os atrativos.
Por conta disso, decidimos explorar as trilhas a partir da cidade de Extrema/MG seguindo um roteiro retirado da internet. O trajeto de aproximadamente 20 km até Extrema foi feito pela estrada Entre Serras e Águas, que possui alguns pontos com necessidade de recapeamento. Requer atenção por conta de alguns buracos e curvas.
Pouco antes de chegar na Rod. Fernão Dias, passamos pela cidade de Vargem. Já na Rodovia Fernão Dias, sentido Belo Horizonte, o acesso é feito pela saída 947 (Acesso Sul). Passando o portal da cidade, na terceira rotatória deve-se entrar à direita e logo em seguida à esquerda e depois direita novamente, na rodoviária. Não tem segredo, a cidade é repleta de placas indicativas.
Portal de entrada em Extrema/MG (acesso sul)
No final da rua que dá acesso à estradinha que leva às trilhas, há outro portal, que deve (ou deveria) ser um posto de informações turísticas. Estava fechado. Logo após, há uma encruzilhada. Esquerda ou direita? Seguimos pela esquerda, numa estradinha estreita hora asfalto, hora terra ou paralelepípedo. Requer atenção, principalmente se encontrar outro veículo em sentido oposto. Há valetas profundas nas laterais.
Portal no início da estrada que leva até as trilhas
Deveria ser um posto de informações
Depois de bastante subir, chega-se em outra encruzilhada. Para a esquerda é a Estrada da Embratel, seguindo em frente chega-se em Joanópolis (estrada de terra), e à direita ficam as trilhas e a rampa de voo livre.
Placa indicativa na encruzilhada, depois de bastante subir pela estradinha
A primeira parada é na rampa de voo livre, que oferece uma excelente visão da região. O melhor é conhecer o local em dias sem nuvens, do contrário as fotos ficarão esbranquiçadas. Infelizmente não há lixeiras no local (tem uma, destruída) e o povo, muito relaxado e mal-educado, deixa o lixo no chão.
Rampa de voo livre
Vista da rampa de voo livre
Vista da rampa de voo livre
Vista da rampa de voo livre
Vista da rampa de voo livre
Por que as pessoas insistem em ser mal-educadas?
Placa indicando o caminho para as trilhas
Mais à frente tem um local para deixar o carro, em frente das torres de transmissão. Não sei se o local pertence ao hotel cujo nome está estampado na placa, ou se é apenas marketing. Pode-se ainda deixar o carro mais a frente, no início da trilha, ou deixar em uma das pousadas, mediante o pagamento de pequena taxa.
Estacionamento
Portal antes das pousadas. É o início das trilhas
A trilha mais difícil começa aqui, à esquerda do portal da foto acima
A caminhada pode ser feita tanto seguindo para as pousadas, numa trilha bem mais fácil, ou por uma trilha mais acidentada à esquerda do portão que precede as pousadas. Quem optar pela trilha mais fácil, basta descer a estradinha passando pela pousada Brumas da Serra. Logo após, numa curva, tem uma entradinha à esquerda, sem sinalização. É o início da trilha. Como referência, há uma placa escrita Propriedade Particular.Nós seguimos pela trilha acidentada. No geral não é tão difícil, mas alguns trechos requerem um esforço maior, como por exemplo, uma rocha bem inclinada onde é preciso descer sentado. Crianças e pessoas idosas ou com dificuldade de locomoção podem não conseguir passar nesse trecho e em outros pontos com obstáculos naturais.
Início da trilha
Em alguns pontos da trilha, tem-se a visão das represas
Um dos pontos de dificuldade: essa pedra bastante inclinada
A pedra vista de outro ângulo, indicando onde continua a trilha (no centro da foto)
Sinais de quem alguém muito estúpido passou por aqui
Mais um obstáculo natural da trilha
Paisagem
Paisagem
Paisagem
Depois de um tempo de caminhada, chegamos ao encontro com a trilha que vem das pousadas. A partir desse ponto de convergência, a trilha é bem tranquila. Pouco mais a frente, tem uma rocha com uma boa visão da região. Subi-la não é tão difícil. Não existe nenhuma sinalização nas trilhas. Acreditamos que essa deva ser a Pedra das Cabras.
Visão da Pedra das Cabras
Seguindo a trilha, após passar por um corregozinho chegamos em outra rocha, com visão para algumas indústrias e represas. Provavelmente era a Pedra das Flores. No topo desta pedra existem algumas trilhas. Qual seguir? Optamos pela trilha da direita, acreditando chegar até a Pedra do Cume.
Pedra das Flores
Pedra das Flores
Vista da Pedra das Flores
Flor na Pedra das Flores
Flor na Pedra das Flores
Ainda bem que em nossa mochila coube todo o lixo que recolhemos pelo caminho
Depois de alguns minutos caminhando chegamos em outra pedra com uma vista fantástica. Em nossa frente, o imaginamos ser a Pedra do Cume. Seguimos pela trilha com a intenção de chegar até ela.
Mais adiante passamos por um pessoal acampando. Havia umas cinco barracas, e muita bagunça e lixo jogados ao redor. Andamos até um local onde não havia mais trilha definida. Nosso roteiro da internet não era muito preciso nos detalhes. Logo, optamos por pegar a trilha de volta, recolhendo mais algum lixo deixado por pessoas que passaram por ali antes de nós. Como tem gente sem educação!Na encruzilhada com a trilha que vem das pousadas, decidimos seguir por ela por ser mais leve, pois o joelho de dona patroa já não aguentava mais fazer esforço. Após certo tempo de caminhada, chegamos numa clareira com opção se seguir em frente ou para a direita. O caminho correto é seguindo em frente.
A trilha pelas pousadas é toda assim, fácil de caminhar
Não há obstáculos nem paisagens nessa trilha
Até o ponto onde “perdemos” a trilha para a Pedra do Cume e o caminho de volta, foram 3h20m de caminhada.
Já centro de Extrema, paramos para almoçar no restaurante O Caipira. Duas opções de self-service: R$ 18,00 o quilo ou R$ 13,00 à vontade por pessoa.
De noitinha, saímos para comer alguma coisa e paramos na padaria Pão da Montanha. Além de lanches e salgados, também tem pizza. Pegamos uma fatia de pizza cada um e um refrigerante. No balcão havia um pessoal tomando uma cervejinha. Um dos senhores pelo visto era fã do narrador esportivo Silvio Luís. A cada minuto ele imitava um bordão do famoso narrador. Isso durante todo o tempo em que ficamos por lá. “Olho no lance!”
De volta a pousada, tiramos mais algumas fotos, assistimos um pouco de TV e dormimos pouco depois de ter começado uma baita ventania e chuva forte.
Pé de Abóbora. Eu nunca tinha visto um antes
Pequena abóbora em desenvolvimento
Piscina da Pousada San Lourenzo. Há uma menor, para crianças
O contraste de velocidade de uma lancha e um barco à velas
Rastro na água deixado pela lancha
Cachoeira dos Pretos
O dia amanheceu nublado – The day dawned clouded
Conforme já foi dito, a cidade peca pela falta de sinalização dos locais turísticos. Para chegar até a Cachoeira dos Pretos perguntamos o caminho num posto de combustível. Não é difícil. Passando pelo Auto Posto Gigante, entre à direita na quarta rua (rua J.L. de Moraes) e siga pela R. Cel. Alípio Cardoso por aproximadamente 18km.
O valor do estacionamento local é R$ 5,00 para carros e R$ 2,00 para motos, pagos na saída. Veículos com placas de Joanópolis são isentos. No local tem diversas opções de alimentação, como lanchonetes e restaurantes. O restaurante Cachoeira tem sua área de refeições bem pertinho do rio. O esquema é self-service por quilo ou à vontade por pessoa.
Restaurante Cachoeira
Existe publicidade no local divulgando bóia-cross. Contratando um guia é possível fazer trilha até a parte mais alta da cachoeira. Só restou saber onde contratar os guias.Uma pequena caminhada é necessária para chegar até a cachoeira. Nada difícil. Para ter visão ampla da cachoeira é necessário subir em algumas pedras no final do caminho.
Ao lado direito, o restaurante Cachoeira
Restaurante Cachoeira, margeando o rio
Para chegar até a cachoeira, passamos por duas dessas pontezinhas
A cachoeira é uma das mais altas do estado de São Paulo, com 154 metros de altura.
Cachoeira dos Pretos
Cachoeira dos Pretos
Cachoeira dos Pretos
No local também há um mini playground para as crianças até 14 anos brincarem. Por R$ 5,00 você pode alugar um pedalinho e fazer um passeio no lago.
Playground
Pedalinho
A paisagem do local é muito bonita.
Conforme a previsão do tempo, o dia todo ficou nublado e as vezes com garoa fininha
Ficamos por lá até 14h50m aproximadamente e depois voltamos para a pousada, onde ficamos até anoitecer. Em frente ao posto de informações turísticas tem uma pracinha e o que parece ser um pesqueiro.
Depois saímos para comer alguma coisa. Rodamos de carro pelo pequeno centro da cidade e não vimos nenhum restaurante. Na verdade vimos um só que era restaurante e pizzaria. Dona patroa não quis parar, disse que preferia um lanche. Vimos alguns trailers de lanche pela cidade, mas paramos no Lanche do Chapa, em frente ao posto de combustível. Pedimos um x-burger e x-salada.Na hora de pagar a conta, vimos o “cozinheiro” manipulando os lanches com a mão nua, sem luvas ou espátulas, ou pegadores ou sei lá o quê. Se você não se importa com isso, esse é o lugar ideal para um lanche.
Na segunda-feira, dia do feriado estadual, o céu amanheceu azulzinho, sem nenhuma nuvem, e com um belo raiar de sol.
Após o café da manhã, perguntamos para o rapaz que estava limpando a piscina se havia alguma cachoeira ou atrativo turístico que fosse próximo, pois teríamos que fazer o check out até 14h.
Ele disse que não. Que o local mais próximo seria um capril que também é bistrô, mas só abriria às 11h.
Optamos por não ir até o capril. Ficamos um pouco na pousada, tirando algumas fotos da represa e decidimos voltar para casa.
Parabens pela iniciativa do blog bilingue. Nota 10!
Abs
R.M.
In God ew trust!