Dia 16/11/13.
O passeio do dia seria dentro do Parque Estadual Intervales, para conhecer a Cachoeira do Mirante e a Gruta Colorida. Como o trajeto de micro-ônibus seria maior, a saída foi marcada para as 9h30min. O Parque possui limite de visitantes diários, então havia somente 16 vagas para os hóspedes do hotel. Como soubemos disso na noite anterior, já deixamos nossos nomes com os guias para não perder o passeio.
Já na recepção do Parque, o Jackson registrou nossa entrada e, na companhia do Sr. Eliseu, guia do próprio Parque, iniciamos nosso passeio, percorrendo um trechinho com o micro-ônibus.
Mais uma vez, antes da caminhada, um alongamento para evitar possíveis lesões. Inicialmente o grupo seria dividido em dois, pois na caverna só é permitida a entrada de oito visitantes mais o guia, ou dez visitantes com dois guias. Existe todo um cuidado para preservação das cavernas, e isso é bom. Mas já havia outro grupo se direcionando para a caverna, então fomos todos juntos para os dois atrativos, começando pela cachoeira.
Desta vez a chuva deu o ar da graça. Uma garoa fina, intermitente, nos acompanhou pela trilha, deixando-a um pouco traiçoeira, pois algumas pedras no caminho ficaram lisas. Mas a trilha é leve. Um garotinho de cinco acompanhava seus pais na trilha.
A Cachoeira do Mirante
A Cachoeira do Mirante tem uns 25 metros de altura e assim como a Cachoeira Três Quedas, seu poço para banho e a área seca ao redor são pequenos.
Depois de um tempo para banho pegamos a trilha de volta para chegar até a caverna. No caminho o guia Eliseu nos mostrou uma árvore com marcas das garras de uma onça.
A Gruta Colorida
A trilha até a caverna é mais tranquila ainda. Quando lá chegamos tivemos que esperar um pouco a saída de outro grupo.
Lembram-se de quando fiz uma observação sobre o uso de equipamentos adequados para trilha? Pois é. Como tem gente se noção. Tinha um rapaz saindo da caverna de sapado, daqueles sem cadarço, e uma moça que o esperava ao lado de fora usando chinelos.
Os guias passaram algumas orientações, entregaram os capacetes e lanternas e lá se foi o primeiro grupo para dentro da caverna. Optamos por ficar no segundo grupo, visto que, como molharíamos os pés lá dentro, o tempo com o calçado molhado seria menor.
A entrada da caverna é bem estreita e logo no começo já tem uma escada para auxiliar a descida. Ao contrário da Gruta do Guardião onde sempre estivemos num nível plano, na Gruta Colorida nós descemos aproximadamente 15 metros até chegar ao nível plano e caminhar caverna adentro.
Após o terceiro lance de escada tem uma corda de apoio, onde creio que o melhor é descer de costas, como se fosse um rapel, para evitar escorregões. Todo o entusiasmo da Dona Patroa quase vai embora quando chegou nessa parte da corda, mas com calma e orientação, ela desceu super bem.
Dali em diante é caminhada na água, hora se abaixando, hora saltando alguma rocha, até alcançar uma base onde nos reunimos para “sentir” a caverna, inclusive apagando todas as lanternas. O mais impressionante de tudo foi saber que um grupo de deficientes visuais fez esse passeio!
Muitas formas esquisitas e diferentes podem ser vistas dentro da caverna, inclusive com variação de cores, por isso o nome de Gruta Colorida.
Depois de nossa saída da caverna, voltamos para o micro-ônibus com os pés encharcados e seguimos para o hotel, mas desta vez sem chances de ir direto ao restaurante. Acho que eu tinha uns três litros de água dentro das botas. Passamos no quarto para colocar um chinelo e fomos almoçar às 16h. Desta vez havia um feijãozinho e farofa também.
Para fazer a digestão, fizemos uma caminhada leve pela área verde do hotel, parando numa área “zen” para relaxar. Fiquei tirando algumas fotos e vi um lagarto que devia ter um metro de comprimento mais ou menos. Arisco, não deixava chegar perto e logo se escondia.
Voltamos para o quarto para finalmente um bom banho e descansar do passeio. Como almoçamos tarde, decidimos sair para o jantar perto de 21h (o restaurante fecha às 22h). Caímos no sono e acordamos às 21h30min com a recepção do hotel nos telefonando para saber se iríamos jantar. Não estávamos com fome, mas o problema maior era a chuva torrencial que estava caindo. Sem chances de sair do quarto.
O pessoal foi bem legal em preparar um lanchinho para nós e levar até o quarto.
A chuva caiu até a manhã de domingo, sem parar, conforme previsão do tempo. Para piorar, por volta de meia-noite e meia acabou a energia elétrica.
Dia 17/11/13
Antes de sair para o café da manhã tentamos ligar na recepção para saber se o mesmo já estava servido, pois como ainda estava sem energia elétrica, poderia ter ocorrido algum contratempo, mas o hotel estava sem telefone também. A chuva da noite anterior foi bem forte.
Chegamos ao restaurante e já havia algumas pessoas tomando o café. Tudo normal. Sem muito que fazer com aquele tempo nublado, voltamos para o quarto, arrumamos nossa bagagem e fizemos o check out.
Uma van nos levou até o estacionamento, e de lá pegamos o caminho de casa, admirando a estradinha que percorremos na quinta-feira a noite sem enxergar nada do que havia ao lado.
O trânsito que não pegamos na ida tivemos que encarar na volta. A rodovia Castelo Brando estava bem carregada, arrasando nossa chegada em casa em 1h30min aproximadamente.
O Parque Estadual Intervales é um lugar para voltar outras vezes devido a quantidade de atrativos que possui.
Ótimo blog, estou tirando várias idéias de Eco turismo.