Visitando as escavações de uma cidade milenar.
Depois de uma semana de viagem pela Grécia, o dia 12 de maio foi o primeiro dia nublado de nossa viagem. Se o tempo não melhorasse, parte de nossa programação teria que ser alterada.

Novamente tomamos o café da manhã com alguns itens comprados no supermercado e logo depois seguimos para a rodoviária, onde pegamos o ônibus para Akrotiri, cidade ao extremo-sul da ilha que abriga um importante sítio arqueológico e também uma das mais badaladas praias de Santorini: a Red Beach.
Quando alguém fala em cidade destruída devido à erupção de um vulcão, logo vêm em mente as cidades de Pompéia e Herculano, na Itália. O que poucos sabem é que Santorini também tem a sua cidade soterrada por cinzas e pedras-pomes, e o trágico evento ocorreu muito, mas muito antes da erupção do Vesúvio na Itália. A erupção do vulcão em Fira ocorreu em 1770 a.C.
A diferença é que as descobertas e escavações em Pompéia começaram no século XVIII, enquanto as escavações no sítio arqueológico de Akrotiri são mais recentes, iniciadas no século XX.
Os estudos indicam que os achados datam da primeira fase da Idade do Bronze, ou seja, em torno do ano 1500 antes de Cristo. Porém, descobertas em níveis anteriores mostram que o local já era habitado continuamente desde o quinto milênio antes de Cristo.


A área aberta para visitação é enorme. Passarelas foram construídas no entorno das escavações para proteger o sítio e também permitir melhor acesso aos visitantes, inclusive cadeirantes.


Dos artefatos encontrados nas escavações em Akrotiri, pouco resta ali. Tudo foi transferido para o Museu Pré-histórico de Fira, próximo à rodoviária. Mas isso não torna a visita menos interessante.
Na área central das escavações em Akrotiri está uma construção de dois andares, com madeiras sustentando as portas e janelas, evidenciando um grande conhecimento para construções já naquela época. Dizem os estudos que as pinturas em murais encontradas em Akrotiri são o exemplo mais antigo de pintura em grande escala na Europa.





O local está aberto para visitação diariamente das 8h às 20h, e o ingresso custa cinco euros. Há opção de pagar para ter um áudio-guide durante a visita.
Após sairmos do sitio arqueológico, fizemos um lanchinho e seguimos para a Red Beach. A ideia era pegar uma praia e até fazer uma trilha, mas o clima não estava ajudando. Agora, algumas gotinhas de chuva estavam caindo.


Fomos até a praia mesmo assim. Ali do sítio arqueológico até a Red Beach são nove minutos de caminhada.
Bem diferente das fotos que vimos na internet, com diversos guarda-sóis e espreguiçadeiras colocados na grossa e escura areia do local, com falésias de colorações avermelhadas ao fundo, contrastando com o azul das águas do Mar Egeu, encontramos um local vazio, triste até. Quanta diferença pelo simples fato de o Sol não estar brilhando.


Restou-nos tirar algumas fotos do local e antecipadamente voltar ao ponto de ônibus para retornar para a cidade, pois com aquele tempo, nem a caminhada até o Farol de Akrotiri (6km conforme o Google) teria muita graça. Era hora de executar o plano B.



A foto acima indica o caminho para chegar à Red Beach (bem no meio da foto).


Já na cidade, acompanhados da garoa que hora caía, hora parava de cair, nem pensamos muito em onde almoçar, e fomos novamente ao Tabasco (que falta de criatividade, né?). Fomos de risoto hoje. O meu, com pedaços de carne de porco, e o de Dona patroa, risoto de legumes.


Caminhamos um pouco pela cidade e depois fizemos um caminho diferente para retornar ao hotel, e encontramos um Carrefour em Fira, na rua Dekigala. Entramos para dar uma xeretada nos preços, e estavam similares ao mercado próximo do hotel.


Obs: Não é permitido filmar ou fotografar dentro da catedral.
Durante a tarde a chuva veio para ficar. Por ser terça-feira, não havia nem como nos refugiarmos no Museu Pré-histórico de Fira, pois estava fechado. Decidimos ficar ali, no hotel, colocando em dia os textos do blog e organizando as fotografias.
Mas com chuva ou sem chuva teríamos que sair para jantar e, para nossa sorte, a chuva cessou por volta das 19h.
Nosso último jantar na ilha de Santorini foi na Taverna El Greco, onde pedimos uma pizza. O local também faz entregas em domicílio. Como sobremesa, Dona patroa pediu um doce chamado Baklava. Eu estava light e apenas belisquei um pedacinho do doce dela.




Depois do jantar voltamos ao hotel para deixar as malas mais ou menos ajeitadas para nossa partida no dia seguinte.
Pesquisas sobre Akrotiri: Turismo Grécia e Wikipedia.