Segunda-feira, 16/03/2020 – Férias na Argentina.
Descemos para tomar o café da manhã oferecido pelo hotel por volta das 7:30h. Nas mesas já estavam disponíveis as medialunas, e no buffet havia café, leite, chás, iogurte e cereais, pães de forma (havia também uma torradeira), suco, manteiga, pãezinhos e bolinhos, além de água.
O horário do café da manhã é iniciado às 7h mas, se necessário, basta avisar um dia antes que eles podem servir mais cedo.
Hoje seria o dia da caminhada no Perito Moreno, substituído pelo Balcones de Calafate 4×4.
O veículo 4×4 do passeio é um caminhão. Bem legal. Chegou para nos buscar às 9:40h. A duração do passeio é de quatro horas.
No caminho para apanhar outros passageiros, passamos em frente ao escritório da Aerolíneas Argentinas, e havia uma fila enorme de pessoas aguardando abrir o escritório.
Durante os 35 quilômetros de trajeto até o Cerro Wuiliche, a guia Carina nos passou diversas informações sobre El Calafate.
Sobre o clima, disse que a partir de novembro até fevereiro venta muito na cidade, com ventos alcançando até 200km/h. E os meses de chuva são março e abril e depois outubro e novembro, chegando em 300mm de chuva no total.
Ela também nos entregou um caderno com fotos dos diversos animais que habitam a região, que com muita sorte, conseguiríamos avistar: Tuco Tuco, Liebre Europea, Piche Patagonico, Zorro Gris e Colorado (este, predador dos demais), Guanacos, Condor etc.
Por volta de 11h chegamos ao topo do Cerro Wuiliche, um mirante natural 1050 metros acima do nível do mar, de onde temos uma vista fabulosa do Lago Argentino, da cidade de El Calafate, e da Cordilheira dos Andes ao fundo.
Fazia muito frio lá em cima, possivelmente por causa do vento que estava bem forte.
Ficamos lá bastante tempo, para que todos pudessem fazer suas fotos sem correria.
Dali seguimos para a Estância Wuiliche, onde seria servido o almoço (incluso).
O caminhão nos deixou próximo de umas formações rochosas características da região, que a Carina nos deu a explicação, mas acabamos por não anotar. Seguimos a pé até ao restaurante.
No local tentaram fazer uma estância com pista de esqui na neve, mas nevava muito pouco e a pista ficava embarreada, então desativaram a pista e agora oferecem passeios de quadriciclo.
Enquanto aguardávamos o preparo do almoço, foi oferecida a bebida, que podia ser refrigerante ou vinho. A refeição foi sopa de lentilhas com pães. Nunca havia tomado, e gostei.
Ao final, café ou chá.
O local é bem remoto, não tem tem sinal de wi-fi.
Perto da porta de entrada tinha um aquecedor a lenha, que de repente começou a ficar com as chamas muito altas, saindo do compartimento da lenha e quase queimando tudo.
O rapaz foi rápido para apagar, mas encheu o salão de fumaça. Ainda bem que já havíamos almoçado, pois ficou impossível permanecer lá dentro.
No caminho de volta para El Calafate, fizemos uma última parada para ver umas rochas diferentes.
Elas possuem umas marcas que parecem sombreiros, aqueles chapéus mexicanos, esculpidos pela natureza.
De volta ao hotel, perguntamos na recepção sobre alguma medida do governo argentino para que os estrangeiros deixassem o país. alguns brasilieiros que encontramos no passeio estavam comentando sobre essa medida.
A moça disse não ter ouvido nada.
Na internet também não encontramos nada, apenas um site brasileiro dizendo que hoje, 16/03/20, era o prazo para os estrangeiros partirem.
Com muito boato no ar e diversos turistas com informações desencontradas, decidimos ir até ao escritório da Aerolíneas para perguntar. Lá, imaginamos, a informação seria correta.
Só podia entrar uma pessoa por vez, então a Dona Patroa, por dominar o idioma, foi lá fazer as perguntas.
A atendente informou que a programação dos voos estava normal, e que se quiséssemos remarcar nossos bilhetes haveria uma taxa. Um casal que foi saber se o voo deles estava confirmado também havia recebido a mesma informação.
Então fomos caminhar pela cidade, até ao Lago Argentino, que é mais bonito visto de longe.
Ficamos encanados com esse zum-zum-zum sobre ter que ir embora ou não. Estávamos passeando pela cidade, mas sem curtirmos como deveria. Decidimos voltar na Aerolíneas e perguntar o valor da taxa de remarcação. Mais 30 minutos de fila.
No nosso caso seriam mil pesos argentinos por pessoa, com retorno para o Brasil no dia 18/03 (originalmente nossos voos ainda tinham os trechos até Bariloche, depois Buenos Aires e depois Guarulhos).
Já estava bem claro que os passeios nas demais cidades também seriam cancelados, por serem todos em regiões de Parques Nacionais. Não havia motivos para permanecermos mais tempo na Argentina.
Seguimos até a agência Patagonia Chic para ver a possibilidade de cancelamento do passeio do dia 18/03, e confirmaram que cancelariam e fariam o reembolso sem nenhum problema.
Então, mais uma vez, voltamos à Aerolíneas para remarcar os voos. Por fim, não tivemos que pagar nenhuma taxa (afinal, estaríamos deixando de voar dois trechos, seguindo direto ao Brasil).
De volta ao hotel, trocamos e-mails com os hotéis reservados em Bariloche e Villa La Angostura, solicitando o cancelamento da reserva sem custos, o que também foi aceito*, devido à situação.
* apesar de as reservas terem sido feitas pelo Booking, um deles havia taxa de cancelamento.
Nosso prejuízo ficou no transfer de Villa La Angostura ao aeroporto de Bariloche (pago antecipadamente no cartão) e pendente de resolver a reserva no Hotel Ibis em Buenos Aires.
Com quase tudo resolvido, saímos para jantar e fomos novamente no La Lechuzita.
Pedimos um milanesa e um filé de merluza, acompanhados de uma cerveja Quilmes. Estava tudo muito bom.
Percebemos a cidade bem vazia. Poucas pessoas nas ruas e dentro de restaurantes.
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