Primeiro dia cheio em Buenos Aires (28/09/17).
Iniciamos nosso primeiro dia cheio em Buenos Aires com o café da manhã oferecido pelo Hotel Prince. Opções básicas: um bulezinho de leite e outro de café, um cestinho de pães, manteiga/geleia, um copo de suco e uma tacinha com fruta (laranja). Não consta na foto, mas também tinha iogurte.
Abrindo a relação de pontos turísticos, fomos ao El Ateneo Grand Splendid, um antigo teatro que foi transformado em uma imensa livraria. Pode parecer estranho visitar uma livraria, mas a arquitetura e decoração internas do prédio que a abriga valem a visita e rendem algumas fotos.
Endereço: Av. Santa Fe 1860, 1123 CABA, Argentina
Saindo dali, seguimos pela Av. Santa Fé por algumas quadras, até entrarmos em outras ruas ziguezagueando para chegarmos ao Obelisco.
Pelo caminho, passamos por várias praças, como a Rodriguez Peña, em frente a Biblioteca Nacional de Maestros.
Bem ao lado tem uma praça menor, chamada Petronila Rodriguez. Nela, há uma grande área cercada onde vários cães brincam livremente, sob os olhares de dois cuidadores. O chão é de terra e tem alguns “equipamentos” para a diversão da cachorrada.
Como não havia muitas pessoas ali por perto, imagino que as pessoas deixam seus pets ali e voltam para busca-los depois.
Seguindo nosso caminho até a a Av. 9 de Julio, passamos pela Av. Cordoba alcançando a grande Praça Gral Lavalle, que ocupa duas quadras. Nela há um playground (patio de juegos) para a criançada, e muitas árvores, quase todas com plaquinhas de identificação da espécie.
Ao lado da praça está o Teatro Colón, e mais à frente, do lado oposto, o prédio da Corte Suprema de Justiça.
O Teatro Colón oferece um programa de visitas guiadas para quem pretende conhecer o interior do prédio, com saídas a cada quinze minutos, entre 9h e 17h. O ingresso custava ARS $300 por pessoa. Como havíamos trocado pouco dinheiro em nossa chegada à Argentina, optamos por não fazer o passeio naquele momento, deixando para depois que trocássemos os dólares restantes.
Já na Av. 9 de Julio, tiramos algumas fotos com o Obelisco ao fundo, e quando mais próximo dele, vimos uma fila formada ali. Turistas que queria tirar uma foto ao lado das letras B e A formada por plantas em um jardim vertical.
Não entramos na fila, mas conseguimos uma foto no exato momento em que as pessoas trocavam de lugar, para clicar o BA sem ninguém.
Seguimos até a Calle Sarmiento, onde tem a casa de câmbio Alpe, para trocar o restante do dinheiro. Como dissemos na postagem do planejamento, há muitas casas de câmbio em Buenos Aires, algumas com cotações melhores, mas sem garantia de ser câmbio oficial. Muitas pessoas na rua também oferecem câmbio. Optamos pela segurança.
Ali pertinho estava a Calle Florida, repleta de lojas de roupas de grife, fast food e ambulantes. É nela também que está um dos locais mais visitados de Buenos Aires: as Galerías Pacifico.
A visita na Galerías Pacifico não estava no roteiro deste dia, então apenas aproveitamos para usar o banheiro ali. Na realidade, nada do que visitamos estava no roteiro do dia, pois não contávamos em precisar seguir até a casa de câmbio. Então fizemos algumas adaptações, e mesmo passando pela Galeria, a deixamos para outro dia.
Ao final da Calle Florida está a Praça General San Martin. Creio que uma das maiores da cidade. Nela está o Monumento a Los Caídos em Malvinas, e o Monumento del Libertador Jose de San Martin.
Seguindo em direção a Av. del Libertador, é possível avistar a Torre Monumental.
Ali na Praça General San Martin, neste dia havia algumas pessoas usando coletes da Cruz Vermelha. Eles são educados e grudam como chiclete se você der atenção, e conseguem fazer você perder alguns minutos do seu dia, e com sorte (deles), algum dinheiro também.
O rapaz que nos interpelou primeiramente se apresentou e perguntou de onde éramos. Depois começou a passar algumas dicas de turismo, locais para visitarmos, como fazer alguns passeios gastando menos do que com excursões, e por fim entrou no assunto das crianças com necessidades de alimentação/saúde/vestuário/educação/etc, concluindo a conversa pedindo alguma doação.
Toda a cordialidade vai embora quando você fala que está sem trocados, pois começam os questionamentos do tipo “viajaram até aqui e não tem dinheiro?” ou ainda que o Real vale mais que o Peso Argentino, então somos abastados para ajudar. É o momento de você também deixar um pouco da cordialidade de lado, e sair dali, deixando a pessoa com suas queixas. Ou doar algum dinheiro. Vai de cada um.
Próxima parada: Cemitério da Recoleta. Demos uma olhadela no mapa e vimos que estávamos próximos do hotel, então aproveitamos para passar no mercado e comprarmos uma garrafa grande de água e deixar no quarto, antes de prosseguirmos.
No caixa do supermercado não havia sacolas plásticas, e a pessoa não ofereceu. Não sabemos informar se tem algum custo por sacola. Como estávamos de mochila, não lembramos de perguntar.
Paramos para almoçar no Rodi Bar. Local aparentemente fora do circuito turístico. Quando chegamos havia poucas mesas ocupadas, e todas por locais: havia um casal de idosos, pais com filhos em uniforme escolar, e pessoas de escritório.
Anexado ao menu do local, havia um cardápio de pratos combinados, com valores mais baratos do que o cardápio “oficial”. O local cobra na conta o serviço de atendimento, valor por pessoa.
Nossos pratos foram um bife à milanesa com purê de batata e salada de cenoura e tomate, e filé de peixe com salada mista.
Ali pertinho já estava o Cemitério da Recoleta. Mas… visitar um cemitério?!
Pois é. Todo mundo vai. Tanto que na entrada tem até mapinha para localizar os túmulos, entregues gratuitamente.
Diversas personalidades da história argentina estão enterradas ali. A mais famosa, dentro de nossa ignorância, é Eva Perón, ou simplesmente Evita, primeira-dama argentina no governo de Juan Domingo Perón.
Mas não perca seu tempo procurando (no mapa do cemitério ou pelas fileiras de túmulos) por Eva Perón, pois o seu jazigo está com o nome de Família Duarte (de Maria Eva Duarte de Perón). Não foi usado o nome Perón por conflitos familiares.
Mas impressionante mesmo são outros túmulos que possuem quase o tamanho de uma casa (ok, exageramos). Mas são grandes, todos enfeitados por estátuas. O cemitério é um museu a céu aberto.
O cemitério é tão grande que alguns de seus corredores aparecem no Google Street View.
Bem em frente ao cemitério, para nosso deleite, tem uma sorveteria Freddo. Pensa num sorvete delicioso!
Depois de saborearmos nosso helado, visitamos a Igreja Nossa Senhora do Pilar, ao lado do cemitério, e seguimos para o Centro Cultural Recoleta, logo ao lado também.
No Centro Cultural Recoleta estava acontecendo a Bienal de Arte Jovem. Recebemos gratuitamente um livreto com toda a programação da Bienal.
Andamos um pouco ali, clicamos algumas fotos e seguimos para o Palais de Glace – Palácio Nacional de Artes. Encontramos suas entradas/saídas, mas parecia estar fechado, apesar de o horário indicar o contrário. Então seguimos em direção a Faculdade de Direito, uma das mais belas e maiores construções da cidade. Da Puente Faculdade de Derecho tem-se uma vista privilegiada da faculdade.
Bem ao lado da faculdade está a Praça das Nações Unidas, onde se encontra a famosa Floralis Genérica.
É uma obra de arte feita de metal, em forma de flor, cujas pétalas se abrem com a luz do sol, e voltam a fechar com o anoitecer.
Já cansados de toda a caminhada do dia, pegamos o rumo do hotel, parando antes no Museu de Nacional de Belas Artes.
O local expõe, além de uma ala toda dedicada à história argentina, salas permanentes de cultura asiática, pré-hispânica e colonial americana, e também, claro, obras de Vincent Van Gogh, El Greco, Goya, Manet, Picasso, Rembrandt entre outros.
No caminho, ainda paramos para conhecer o Recoleta Mall, o shopping bem ao lado do Cemitério da Recoleta.
À noite, faltou-nos coragem para procurar um lugar mais elaborado para jantar, então fomos à Subway da Av. Santa Fé, bem perto do hotel, fechando o primeiro dia cheio (e bem cheio) em Buenos Aires.