Caminhada na Serra do Japi

19/10/2014: voltando para o mato. 

Já fazia algum tempo que não caminhávamos no meio do mato. A última vez foi em nas trilhas de Floripa, em junho.

Por ideia de uma colega, pesquisamos alguma trilha para fazer na Serra do Japi (região de Jundiaí/SP) e encontramos a fazenda e restaurante Japiapé.

O local oferece três trilhas guiadas, com 3km, 4,5km e 6km. A maior delas passa pela parte baixa e pela parte alta da serra.

Como chegar a Fazenda e Restaurante Japiapé.

Para quem sai do interior (Jundiaí, Campinas etc):

Você deverá pegar a Rodovia Anhanguera, sentido São Paulo.
No Km 47, haverá uma placa indicando a Divisa de Municípios entre Jundiaí e Cajamar. Nesse mesmo ponto, há o Condomínio Capital Ville. Assim que passar em frente ao Condomínio, permaneça na faixa da direita, e 800m à frente (+/- no km 46), haverá uma saída. É uma bifurcação que dá acesso ao Condomínio Serra dos Cristais.
Passe em frente à portaria do Condomínio e siga adiante. Você já estará na Estrada Francisco Missé. O Japiapé fica nessa estrada, 5,5 km à frente. Quase todo o percurso é em estrada de terra.

Para quem sai de São Paulo:

Siga na Rodovia Anhanguera até o trevo do km 38, onde deverá pegar o acesso para Cajamar/Jordanésia. Passará por cima da Anhanguera, e entrará em Jordanésia, na Avenida Alfonso Leopoldo Vogel; siga até o final dela.
A partir desse ponto, siga as placas que indicam para Ponunduva, passando pela Avenida João Abdala (aproximadamente 3,5km, e depois a Estrada Domingos Felix. Siga por 6,5km até a Estrada Francisco Missé. E então, siga por mais 1km até chegar ao Japiapé.

Estrada Francisco Missé, 6000 – Ponunduva – Cajamar/SP.

Coordenadas geográficas para GPS: 23°18’33.5″S 46°54’35.4″W ou -23.309291, -46.909829.

Nós chegamos ao local aproximadamente 8h30min. Nossa caminhada estava agendada para começar às 9h. Entretanto precisamos aguardar um grupo grande para que as explicações de segurança e meio ambiente fossem passadas.

A guia Mariana explicou sobre o período de seca pelo qual estamos passando, os impactos na natureza e a nossa responsabilidade com essa questão, e também sobre as inúmeras queimadas na região. A Serra do Japi e Serra dos Cristais passou a semana toda ‘ardendo’ em chamas, e o trabalho foi árduo para evitar que o fogo chegasse nas casas da população local.

Depois ela falou sobre a trilha, as dificuldades, recomendações etc, e finalmente fomos para o meio do mato.

Logo no início da trilha já vimos até onde o fogo chegou, bem perto de algumas casas. Após 15 minutos de caminhada entramos na mata, e o desconforto por causa do calor foi embora com o frescor da sobra das árvores e o clima da serra.

A trilha possui alguns obstáculos naturais, como por exemplo, passar por baixo ou por cima de troncos de árvores, travessia de alguns riachos, que infelizmente estavam bem rasinhos, etc.

Em um dado momento, surgiu um grande morro para subir, sendo necessário o apoio de uma corda. No nosso grupo havia algumas pessoas que estavam fazendo trilha pela primeira vez, e foi bem legal ver o pessoal superar os desafios.

Após uma hora e meia de trilha chegamos no ponto considerado o mais difícil: uma subida de 15 minutos, até o platô. Nessa parte já estávamos saindo da mata, então o calor ficou mais intenso um pouco. Uma colega do nosso grupo, no meio da subida, dilmou (do verbo dilmar: sentir a pressão baixar e precisar se sentar).

Fizemos uma pausa para que ela recebesse os primeiros cuidados e se recuperasse, e seguimos caminho.

Do alto da serra conseguimos ter boa visão da paisagem ao redor. Infelizmente a fumaça das queimadas deixava tudo esbranquiçado.

Agora era só descida até chegarmos ao restaurante. E que descida! Vinte e cinco minutos aproximadamente em uma estradinha bem inclinada.

Percorremos toda a trilha de 6km em 2h47min. O grupo está de parabéns, principalmente os novatos.

Agora é planejar a próxima!