Quinta-feira
Hoje seria nosso dia de escape. O dia reservado para fazer alguma coisa que ficou faltando. Mas nosso plano foi por água abaixo, literalmente. Choveu durante toda a noite, e durante todo o dia. Hora ficava mais forte, hora ficava mais fraca. Mas não parava.
Com isso, infelizmente tivemos que cancelar nossa ida ao Parque das Aves, pois lemos em blogs que com chuva as aves ficam “entocadas”. Ir até lá para não vê-las voando livremente, que graça teria?
O dia só não foi totalmente perdido pois já estava agendado nosso passeio pela Usina de Itaipu.
De novo? Calma. No sábado vimos a iluminação da barragem. Hoje fizemos o Circuito Especial, onde conhecemos externa e internamente a usina, chegando inclusive bem pertinho de uma turbina em funcionamento.
Ficamos no quarto até meio dia e meia, depois fomos almoçar e em seguida direto para o TTU, onde pegamos o ônibus até Itaipu. Chegamos lá com bastante antecedência. O passeio deve ser feito com calçado fechado e usando roupas abaixo dos joelhos.
Primeiro assistimos um vídeo com a história da usina, programas sociais e outras atividades mantidas por ela. Depois seguimos para um micro-ônibus que nos levou ao mesmo mirante do sábado passado para, desta vez, vermos a barragem durante o dia.
Dois guias acompanham os turistas, falando sobre história e dados da usina.
Em seguida paramos no topo da barragem, de onde foi possível ver, de um lado o Lago Itaipu, e do outro o Rio Paraná. Deste momento em diante a chuva deu uma trégua.
Essa foi a última parada externa. O passeio agora seria todo dentro da usina.
Começamos em uma plataforma de onde é possível enxergar desde o leito natural do Rio Paraná, 104 metros abaixo de nós, até o topo da barragem, 81 metros acima de nós. Um paredão totalizando 185 metros de altura.
Depois seguimos pela área administrativa, onde vimos a sala de controle das turbinas. Metade da sala é em território paraguaio, e controla a metade das turbinas que pertencem ao Paraguai. A outra metade está em solo brasileiro, e seus painéis controlam a metade brasileira da usina.
Tudo na usina é dividido meio a meio entre Brasil e Paraguai. São 20 turbinas, sendo 10 para cada país. Porém somente 1 turbina é necessária para o abastecimento do Paraguai. Logo, a energia gerada pelas outras 9 turbinas são vendidas ao Brasil. O preço, acordado lá em 1973 era de 120 milhões de dólares por ano, até o ano de 2023. Mas em 2009 o governo Lula e o governo Lugo rasgaram o contrato e aumentaram o valor pago ao Paraguai para 360 milhões de dólares ao ano.
De lá pegamos um elevador que nos levou num local onde a guia explicou o funcionamento das turbinas. Estávamos no piso onde fica o topo das turbinas.
Em seguida descemos mais um pouco de elevador e chegamos ao nível aonde vimos a turbina funcionando. Um lugar bastante quente e barulhento. Mais muito legal.
Essa foi a última parada. Voltamos pelo elevador até o piso onde o ônibus nos aguardava, e de lá voltamos ao Centro de Recepção de Visitantes, e depois direto ao ponto de ônibus para voltarmos para a cidade.
Novamente jantamos no restaurante do mercado e voltamos direto ao hotel, para arrumar nossas malas. Amanhã bem cedo partiremos para casa, ao final de mais uma aventura.
Chegou a hora de voltar para casa.
Nosso voo estava marcado para as 5h45min, com escala em Curitiba/PR. Combinamos o horário com o mesmo taxista que nos levou até o Paraguai, temendo que ele também pisasse na bola. Mas no horário marcado lá estava ele.
Chegando no aeroporto, passamos fácil pelo controle de bagagens da Receita Federal. Pudera. Não estávamos com “bagagem extra”, se é que vocês entendem.
A sala de embarque estava cheia, e o voo decolou no horário. A escala em Curitiba durou aproximadamente uma hora, e chegamos em Campinas/SP perto de 9h.
Uma pena não termos ido até o Parque da Aves por conta da chuva, mas fica aí um motivo para voltarmos um dia para Foz do Iguaçu.