Carnaval: Vamos para o Uruguai

Olá pessoal.

Finalmente estamos iniciando o relato de nosso feriado de carnaval no Uruguai. A demora é por conta de um final de semana no Guarujá/SP. Mal desfizemos as malas, já preparamos outra…rsrsrs.

Mas vamos lá.

18/02/2012

Nosso carnaval começou bem cedo. Levantamos por volta das 5h da manhã, tomamos café e finalizamos a arrumação das malas. Novamente minha irmã foi convidada a nos levar até o aeroporto. Chegamos no aeroporto umas 7h20min e quando chegamos no balcão da Pluna, a moça disse que éramos os últimos, e pediu pra gente correr para o embarque. Tudo bem que para vôos internacionais é solicitado chegar com duas horas de antecedência. Mas o vôo seria somente 8h23min. Tínhamos tempo.

Adentrando o saguão de embarque, encontramos um casal de amigos, Adriana e Ítalo. Feliz coincidência. Eles estavam no mesmo vôo que nós, porém com outro destino: Buenos Aires. A conexão seria em Montevidéu. O vôo decolou com uns 15 minutos de atraso. A aeronave é pequena: duas poltronas de cada lado com um corredor estreito ao meio (óbvio né?). No máximo cem passageiros. Serviço de bordo 100% pago. Nem água era de graça. Pedimos um lanche cada um e um suco de laranja, por USD 19,00.

Chegando em Montevidéu, observamos pela janela do avião a grandiosidade do Rio da Prata. É enorme, parece mar. O pouso ocorreu um pouco antes do anunciado na compra das passagens. Os ônibus que transportam os passageiros até o terminal de desembarque parecem meio velhos. Já no terminal, esperamos nossos amigos, nos despedimos e fomos para a fila do controle de passaportes, que andou bem rápido.

Passamos nossas bagagens por outro equipamento de raio-x, que verifica se estamos transportando alimentos proibidos, e paramos numa loja de câmbio para trocar nossa nota de mil pesos em notas menores. A atendente disse que não seria necessário, pois era fácil trocar em qualquer lugar, mas sei lá. Nosso primeiro gasto seria num ônibus municipal e vai que o cara num tem troco. Pegamos dez notas de cem pesos uruguaios e seguimos para o ponto de ônibus, que fica debaixo de sol ou de chuva, sem nenhum abrigo.

O ônibus que vai para o centro de Montevidéu , Terminal Tres Cruces, são o 710 e 711. Pegamos o 710, da empresa COPSA. Ônibus bem velho, com os bancos gastos. O vidro pára-brisas estava trincado. A passagem custou 32 pesos por pessoa. Ainda no Brasil dona patroa havia perguntado se em Montevidéu tinha muitos pedintes (de dinheiro). Descobrimos isso no ônibus. Não era bem pedinte. A moça entrou carregando um violão, fez sua cantoria com duas músicas populares e ganhou algumas moedas do público que aplaudiu ao final.

Pela janela do ônibus, vimos ainda próximo ao aeroporto varias casinhas com tijolinho à vista. Parecia um condomínio. Calçadas bem largas com uma área gramada e árvores com troncos largos. Já na Av. Itália havia uma rua marginal paralela a avenida, para acesso às residências, também de calçadas largas. Algumas mais bem cuidadas, outras não.

O motorista não nos avisou quando chegou ao Terminal Tres Cruces (também não pedimos pra avisar né), e quando vimos que passamos pelo terminal pedimos para ele parar no próximo ponto. Tivemos que andar uns cinco ou seis quarteirões. Estava calor, viu.

A região próxima ao terminal é mais feinha. Por conta das muitas árvores, as calçadas estão repletas de folhas. Não deve ter varredor de rua por aqui. Bom, de repente tem, mas não nos dias de carnaval. Em alguns pontos há mato na calçada, em outros a calçada está esburacada. Parece que toda cidade grande é assim ao redor de um terminal rodoviário.

O Terminal Tres Cruces é um mini-shopping. Muitas lojinhas, fast-food e também as bilheterias das empresas de ônibus. Estava lotadaço.

Nosso planejamento consiste em passar uma noite em Colonia del Sacramento já no primeiro dia, então fomos procurar onde comprar as passagens. Duas empresas fazem esse destino. COT e Turil. O horário mais próximo era da COT: 13h30min. Compramos as duas passagens (440 pesos total) e depois fomos fazer nossa primeira refeição no Uruguai. McDonalds. Pelo curto tempo, não tínhamos muitas opções. E mesmo assim terminamos de comer bem em cima da hora. A fila estava bem grande, e depois de longa espera, meu BigMac veio sem o pão que fica por cima, mas rapidinho a moça trocou.

Ao lado do McDonalds tem uma casa de câmbio, com taxas para Reais de Compra = 10,30 e Venda = 11,80.
O ônibus saiu um pouco atrasado: 13h45min. Todos os assentos estavam ocupados. E estava muito, mas muito calor dentro do ônibus. Não havia ar-condicionado, apenas um ventinho suave.

No caminho o ônibus fez várias paradas para o embarque e desembarque, sendo que até o final da viagem muitas pessoas estavam em pé no corredor. E estava calor viu. Já falei isso? As janelas eram lacradas não sendo possível abri-las. Não dava nem para dormir durante as três horas de viagem de tão quente que estava. Terrível.