Noite de tango em Buenos Aires (29/09/17).
Dentre as várias casas de tango de Buenos Aires, escolhemos a Esquina Carlos Gardel com base em uma série de avaliações que lemos em diversos blogs sobre o tema.
Buenos Aires tem casas de tango para todos os gostos. Vão desde as milongas, em ambientes menores que aproximam o público ao espetáculo, com a possibilidade de se fazer aulas de tango e dançar após o show, até apresentações mais sofisticadas, “estilão Broadway”, onde até cavalos aparecem ao palco.
Obviamente, assim como a estrutura dos espetáculos possuem níveis diferenciados, o mesmo acontece com os valores do ingresso. Tem para todos os bolsos.
Procurávamos um show de tango menos “pirotécnico”, algo mais próximo do que é o tango dançado “de verdade”, sem aquelas coreografias exageradas, mas também não tão “intimista” como as milongas. Por isso a escolha do Esquina Carlos Gardel.
Conforme contamos na primeira postagem da série Argentina, compramos o show de tango direto como taxista de nos levou do aeroporto ao hotel. O valor estava alguns dólares mais baratos do que no site do Carlos Gardel ou direto na bilheteria.
No voucher que recebemos, dizia que o horário que nos buscariam no hotel seria 20:30h, mas já passava de 20:40h e nada de alguém aparecer, para desespero da Dona Patroa (risos).
Conversando com a recepcionista do hotel, ela disse que normalmente eles passam ali mais tarde mesmo, por ser o último hotel do itinerário. Poucos minutos depois, um motorista da casa de tango apareceu procurando por nós e nos levou até a van para seguirmos diretamente ao show.
Na chegada ao Esquina Carlos Gardel, fomos encaminhados até uma recepção, onde a pessoa checava nossos nomes em uma lista e em seguida nos conduzia até nossa mesa. Conosco, sentou-se um casal de brasileiros do Rio de Janeiro, também visitando Buenos Aires pela primeira vez.
O local é bem espaçoso, requintado, com bela decoração. A área VIP fica no mezanino, onde além de melhor visão, o cardápio do jantar é diferenciado.
Assim que nos sentamos, já fazemos a escolha do jantar, sendo a entrada, o prato principal e a sobremesa. Em seguida, um casal de “bailarinos” passa de mesa em mesa para tirar algumas fotos com os clientes, como se estivessem dançando tango, com opção de compra da foto, claro.
O tempo para a refeição é de aproximadamente uma hora, entre 21h e 22h, horário onde os pratos são todos retirados e tem início o show de tango. Mas antes do show aquelas fotos tiradas no início são oferecidas. A nossa foto não ficou legal, e o preço era bem salgado (se não me engano, 100 dólares). Por esse valor, mesmo que tivesse ficado ótima.
São cerca de 20 bailarinos/bailarinas coreografando as músicas tocadas pela orquestra que fica em um mezanino recuado sobre o palco. Em alguns momentos de música solo, o mezanino se move para a frente colocando a orquestra em evidência.
As apresentações de dança têm figurinos exuberantes e algumas delas possuem um cenário para ambientar a melodia. Os bailarinos são excelentes e as coreografias são muito elaboradas.
Também há três ou quatro canções cantadas solo, sem participação da equipe de dança. Ao todo, o espetáculo tem duração de uma hora e meia aproximadamente.
Após o show, somos encaminhados para a van que nos deixará no hotel. Não fomos os últimos a sermos “entregues”, mas quase.
Pode parecer clichê, mas é um evento obrigatório para quem visita Buenos Aires pela primeira vez. Foi uma noite muito agradável.
Na próxima postagem, nosso último dia em Buenos Aires, com relatos de Puerto Madero e Casa Rosada.