Chapada dos Guimarães/MT.
Olá amigos leitores.
Conforme postamos em dezembro do ano passado (leia sobre em A saga do Carnaval), passamos nosso feriado de Carnaval na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Dividiremos os relatos deste passeio em quatro postagens, pois tem bastante história e muitas fotos.
O município de Chapada dos Guimarães, que um dia foi considerado o maior município do mundo, já foi chamado de Sant’Ana da Chapada, Chapada de Cuiabá e Sant’Ana da Chapada de Guimarães, sendo controversa a incorporação da denominação “de Guimarães” ao nome. Fontes trazem as versões de que foi imposição do Visconde de Balsemão para homenagear ao Duque de Guimarães, e também como sugestão de portugueses oriundos de Guimarães.
Além dos atrativos naturais, o artesanato é uma das referências da cidade.
Buscando contemplar os atrativos naturais que a cidade oferece, embarcamos para Cuiabá no sábado dia 1° de março. O acesso ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas/SP, estava bem congestionado, mesmo sendo 6h da manhã. Muitos ônibus com funcionários das obras de ampliação do aeroporto formavam uma longa fila. A via de acesso ao aeroporto não é duplicada.
Para baratear as passagens aéreas, voamos de GOL na ida, com escala em Brasília, e com a Azul na volta. Havia tempo que não voávamos de GOL. No serviço de bordo, apenas a água é grátis, o restante é cobrado, pago em dinheiro (tenha dinheiro trocado, pois os comissários não possuem troco) ou cartão. Nem tudo que estava no cardápio estava disponível.
Após uma hora e meia de voo, desembarcamos na capital federal. Com três horas de intervalo entre os voos, até pensamos em fazer um rápido tour pelos principais pontos turísticos de Brasília, mas reportagem recente informou que os mesmos estão mal preservados. E como seria muito corrido também, desistimos.
O aeroporto de Brasília possui obras em praticamente toda a sua área, o que acarreta em alguns transtornos, como por exemplo, cheiro de poeira, banheiros distantes etc.
O aeroporto tem um restaurante self-service por quilo no piso superior e alguns quiosques de alimentação no piso inferior.
Já na sala de embarque, vimos uma pessoa vestida de Mulher Maravilha. Estaria ela esperando pelo avião invisível? Ou iria direto para alguma festa a fantasia, sem tempo de se trocar após o desembarque? Ok,… é Carnaval, cada um se veste como achar melhor… rs.
Eu praticamente dormi todo o trecho de Brasília até Várzea Grande, acordando pouco antes do pouso. Pela janela do avião, consegui ver apenas o grande Rio Cuiabá.
Por ser um aeroporto internacional, é bem acanhado. Ele está sendo ampliado para a Copa do Mundo FIFA® no Brasil, com obras para todos os lados, principalmente na parte externa. Nas imagens do Google Maps® é possível ver uma praça arborizada em frente ao aeroporto, que não existe mais. Agora é um grande canteiro de obras.
No saguão, não vimos nenhum balcão de locadoras de veículos, e confesso que não sei onde elas estão durante essa fase de obras. Se você pretende alugar um carro, verifique junto a empresa onde está o balcão de atendimento.
As vias ao redor do aeroporto até chegar à ponte sobre o Rio Cuiabá estão em obras também. Existem muitos desvios e quase nenhum deles é sinalizado. Muitas ruas estão esburacadas, inclusive próximas a Arena Pantanal. O trânsito é meio caótico. Todos correm muito, e semáforo vermelho e verde é a mesma coisa em alguns pontos da cidade.
Nossa guia estava nos esperando no desembarque (contratamos os serviços dela com o transfer). Demoramos quase uma hora para sair da cidade e chegar na estrada que leva até a Chapada, a MT-251. Depois disso, mais uma hora de estrada, com lindas paisagens dos paredões de arenito de cor avermelhado da Chapada. Assim como na cidade, o pessoal corre muito na estrada, que não é duplicada e não possui acostamento.
No caminho, passamos por um local chamando Portão do Inferno, um imenso precipício que está interditado para visitação por motivos de segurança (desmoronamentos). Diz a lenda que no passado o local era usado para jogar os desafetos dos coronéis.
Chegamos na Pousada Portal perto das 15h, com muita fome. Fizemos o check in, fotografamos as instalações e fomos procurar algum lugar para comer. A pousada é bem simples. São oito quartos equipados com ventilador, ar-condicionado e frigobar. O custo foi um pouco elevado, acredito que por ser Carnaval.
Da pousada até o centrinho da cidade são 15 minutos de caminhada, em uma avenida sem calçadas e com motoristas bem apressados.
A cidade já estava agitada por causa do Carnaval. Dizem que Chapada dos Guimarães é a praia do cuiabano. Realmente havia muitos carros com placa de Cuiabá. Acho que nunca vi tantas caminhonetes juntas ao mesmo tempo.
Decidimos comer na Big Dog, uma lanchonete que, como o nome sugere, vende cachorro quente. Os lanches recebem o nome das raças de cães, como Pinscher, Labrador, Pitibul etc. Tem também o “Baguncinha”, que nós paulistas conhecemos como “X-Tudo”. Pedimos um Pinscher e um Baguncinha. O estabelecimento só aceita cartões de débito, e mesmo assim foi uma canseira para autorizar a transação. Problemas com o sinal da maquininha.
Já sem fome, seguimos para o supermercado Bom Preço, em frente à praça da igreja, para comprar algumas coisas para levarmos nos passeios, como por exemplo, água, biscoitos e frutas. Voltamos ao hotel e cochilamos até 22h, quando saímos para jantar.
A cidade estava bem mais cheia, com muitas ruas ocupadas pelos foliões. Rodamos um pouco e paramos num restaurante menos lotado chamado Som da Oca. Pedimos um prato de peixe a milanesa (pintado) com arroz e purê de batatas. O prato individual é bem servido. Para nós que comemos pouco, foi suficiente.
Vimos um casal que pediu macarrão (somente opção para dois) e veio muita massa! A toalha de mesa estava um pouco suja, pareciam manchas que já não saem mais do tecido. Durante o jantar, vimos o bloco Bafo de Onça passar na rua animando os foliões.
Chegamos de volta na pousada depois da meia-noite. Estava tudo fechado, mas como ficamos com a chave do quarto e do portão, não tivemos problemas para entrar.