28/10/2010
A previsão de vôo entre Madri e a capital portuguesa era de cinqüenta minutos, e desembarcamos em Lisboa às 19h40min. Estávamos preocupados, porque no site do Booking dizia que o hotel só fazia o check in até as 20h. Já era. Não daria tempo.
Pensamos em chegar no saguão do aeroporto e ligar no hotel, avisando que estávamos a caminho. Mas não foi preciso, pois o “aeromoço” da EasyJet informou que a hora local era 18h40min. Que beleza. Tínhamos tempo. Nem seria preciso pegar um taxi. Manteríamos nosso plano de ir de ônibus mesmo.
Confesso que fiquei confuso com o fuso. Hehehe. Chegamos em Londres com 5 horas de diferença em relação ao Brasil. Depois, quando o Brasil entrou no horário de verão, ficamos 4 horas à frente. Ao chegar em Paris, voltei o relógio 1 hora, ficando a frente do Brasil em 3 horas. Na Espanha, adiantei 1 hora e agora, em Portugal, voltei uma hora. Que bagunça.
Pois bem. No Google dizia que para chegar ao nosso hotel, na Praça D. Pedro IV (Rossio), bastava pegar o “autocarro”, ou ônibus 745. O ponto de ônibus nós achamos fácil, e em 5 minutos ele chegou. Mas não era permitido o embarque com malas. Ué. Pra que uma linha que passa no aeroporto que não permite entrar com malas? O motorista disse para pegarmos o ônibus que estava vindo atrás. Na hora eu pensei que era coisa de lusitanos mesmo.
O ônibus que ele nos disse é o Aerobus, uma linha que leva do aeroporto até o centro da cidade, com bastante espaço para as bagagens e pouquíssimas paradas. Ai eu entendi porque não eram permitidas malas naquele outro ônibus. Ele era uma linha urbana, com pouco espaço para bagagens.
O custo é de € 3,50 por pessoa. Em coisa de meia hora chegamos na Rossio, quase na porta do hotel, que na verdade é uma pensão. Faltavam 10 minutos para as 20h. O ruim foi encarar a escadaria íngreme até o terceiro andar, carregando as malas. Dona patroa chegou “bufando”.
O senhor que nos atendeu foi muito simpático. Acho que, com check in para hoje, nós éramos os únicos, pois ele já me chamou pelo nome. Nos levou ao quarto e só depois pediu documentação. O pagamento disse que poderia ficar para amanhã.
O quarto é simples, maior que os quartos de Londres, Paris ou Madri. Não há ventilador ou aquecedor. No verão deve ser um inferno de quente. Também não serve café da manhã. O bom é que fumantes não são admitidos.
Saímos para comer alguma coisa. Perguntamos ao senhor do hotel sobre um mercado e ele indicou um na rua de trás, inclusive disse que podemos comprar coisas e usar seu refrigerador. É de se pensar.
Compramos uma garrafinha de água pequena no mercado Pingo Doce, já que poderemos reabastecê-la no próprio hotel, e caminhando um pouco mais, quase ao lado do mercado, achamos um tesouro. Jantar no melhor estilo self-service, com arroz, feijão, peixe, churrasco e salada, e o melhor, sem balança. € 7,40 por pessoa, sem a bebida. Os olhinhos da dona patroa até brilharam quando viram o arroz e o feijão. Rsrsrs.
Fumar? Só do lado de fora. Já comecei a gostar de Lisboa.
Depois de jantar, seguimos até o hotel por outra rua e vimos que estamos num ponto bem movimentado da cidade. Vários restaurantes. Ao chegar no quarto, foi o tempo de tomar um banho para deitar e dormir.
Amanhã começamos nossos itinerários, e pelo que vi, creio que conseguiremos juntar dois roteiros num único dia, liberando um dia para visitar alguma cidade nos arredores.