26/03/2014.
O dia amanheceu bem nublado. Vimos em um programa de TV a previsão do tempo, e nada mudaria: bem nublado, com temperaturas entre 15ºC e 19ºC.
Tomamos nosso café da manhã no quarto e saímos para os passeios do dia, resumidos nos pontos do ônibus City SightSeeing Tour, no melhor estilo hop on hop off. O escritório para compra dos bilhetes, que é o ponto inicial e final dos ônibus, fica no V&A Waterfront em frente ao Two Oceans Aquarium.
Depois descobrimos que os bilhetes podem ser comprados também com o motorista, ou seja, se você ainda não tem o bilhete pode subir no ônibus em qualquer um dos pontos e comprar na hora, sem precisar ir até o V&A Waterfront.
Logo na entrada do V&A Waterfront, para quem chega pela rua Portswood Rd, onde fica o Hospital New Somerstep, tem um posto de informações turísticas. Passamos ali 9h05min e ainda estava fechado. Basicamente tudo estava fechado por ali. Repleto de lojas e restaurantes, creio que o movimento maior deve se iniciar após as 10h.
Acima, quatro sul-africanos que já receberam o Prêmio Nobel da Paz: o dirigente Albert John Luthuli, o bispo Desmond Mpilo Tutu, e os políticos Nelson Rolihlahla Mandela e Frederik Willem de Klerk.
Movimento mesmo faziam as gaivotas. Existem muitas em Cidade do Cabo. É impossível “ouvir o silêncio”, pois elas “gritam” constantemente.
Existem duas linhas de city tour na Cidade do Cabo: a Red Line, que percorre os pontos centrais da cidade estendendo-se até Camps Bay, passando pela Table Mountain, e a Blue Line e Península Tour, que além de algumas paradas em comum com a Red Line, contorna o conjunto de montanhas chamado de 12 Apóstolos e tem uma extensão conhecida por Wine Tour, onde em uma das paradas você troca de ônibus e segue para as vinícolas em Constantia.
Comprando o bilhete para dois dias consecutivos você pode percorrer pelas duas linhas e ganha um Cruise Tour pelo canal da Cidade do Cabo e o Night Tour, para ver o pôr do sol do alto do Signal Hill. Óbvio que comprando separado fica mais caro.
Quando compramos os tickets a moça nos indicou fazer o Blue Line primeiro, pois havia a possibilidade de acontecer uma manifestação no centro da cidade, fazendo com que algumas paradas da Red Line fossem alteradas ou suprimidas do passeio.
O sistema de som do ônibus contendo informações e curiosidades sobre cada parada e também sobre a história da cidade possui diversos idiomas, inclusive Português (de Portugal), mas a voz do narrador é quase impossível de entender, pois é bem carregada nos R’s e nos S’s. O inglês dos sul-africanos também é estranho, puxam bastante o R.
Subimos, então, no Blue Line Bus e optamos por descer primeiramente na quarta parada do roteiro, em frente ao posto de informações turísticas, de onde caminhamos de volta até a terceira parada (CTICC – Cape Town International Convention Centre) para ver com calma os monumentos e a fonte na Heerengracht St.
Descobrimos uma praça na mesma rua com algumas estátuas de pessoas em cenas do cotidiano.
No canteiro central que divide as vias da Heerengracht St tem as estátuas de Johan Van Riebbeck, fundador da Cidade do Cabo, e de sua esposa Maria de La Queillerie.
No extremo oposto de onde estão essas estátuas tem um monumento em homenagem aos heróis da 2ª Guerra Mundial.
Esse monumento ainda não consta nas imagens do Google Maps. Mais a frente, na Coen Steytler Roundabout, tem uma estátua Bartolomeu Dias, navegador português que ficou célebre por ter sido o primeiro europeu a navegar para além do extremo sul da África, “dobrando” o Cabo da Boa Esperança e chegando ao oceano Índico a partir do Atlântico.
Assim como nos foi avisado pelo motorista do transfer até o hotel, na gravação do City Tour também diz que é desaconselhável andar pelo centro da cidade depois das 18h.
Kirstenbosch Gardens, o Jardim Botânico da Cidade do Cabo
Nossa segunda parada foi no Jardim Botânico, ou Kirstenbosch Gardens, parada de número 20 da Blue Line, onde ficamos por quase duas horas. O local é muito bonito, repleto de flores e plantas nativas da África do Sul, e tantas outras de demais partes da África. A entrada custou R 45 por pessoa.
Aproveitamos para almoçar por ali mesmo. Dona patroa pediu um prato que continha arroz com lentilhas (esqueci de anotar o nome), e eu pedi um prato que na verdade era um lanche, com hambúrguer de feijão preto acompanhado de salada e batatas fritas.
Eu gostei da minha escolha. Dona patroa nem tanto.
O arroz era forte, continha açafrão, assim como o bife que não parecia bife. Ela sempre escolhe coisas estranhas (quem se lembra do bolo de pão em Koblenz, na Alemanha, ou dos rins de bezerro em Lucerna, na Suíça?).
Depois andamos um pouco mais pelos jardins, repleto de estátuas entre a vegetação, até ficar próximo do horário do ônibus passar novamente por ali.
A próxima parada do City Tour é para quem vai fazer o Wine Tour of Constantia Valley. Como já temos contratado um passeio em outras vinícolas, não descemos ali. A parada seguinte é para os admiradores de pássaros: World of Birds, tipo um zoológico só de pássaros.
Também não descemos. Depois o ônibus para num distrito onde antigamente era formado apenas por casas de latas, chamado Imizamo Yethu Township. É um bairro bem pobre pelo que pude perceber, com algumas casas ainda de lata, e um guia morador do local explica a cultura e os costumes dos habitantes.
O passeio é pago à parte.
Não fomos ali. Sei lá, eu acredito que por mais que essa forma de turismo gere dinheiro para a comunidade, pobreza não é ponto turístico. Enquanto esse turismo existir, existirá também o argumento para não acabar com a pobreza do lugar.
Mariner’s Wharf
Deixamos para descer na Mariner’s Wharf, uma marina com uma visão legal das montanhas e do mar, com algumas embarcações ancoradas e alguns restaurantes. Também é possível contratar um passeio de barco.
Ficamos ali apenas o tempo entre um ônibus e outro apenas (uns 20 minutos), para algumas fotografias. Apesar da paisagem, o lugar não pareceu amistoso. Na compra dos bilhetes do City Tour recebemos uma cartela com alguns descontos para consumo no local.
Camps Bay, famosa praia da Cidade do Cabo
Depois o ônibus segue pela Victoria Rd, uma estrada com linda vista das baías e do litoral. É possível ver condomínios de luxo junto à praia, cujo acesso é restrito. Há muitos mirantes na estrada, mas o ônibus não tem nenhuma parada por ali. A parada mais próxima já é em Camps Bay.
Bonito lugar, com muitos restaurantes que parecem ser bem caros. Dizem que é “point” de algumas celebridades de Hollywood.
Eis que na calçada surgem alguns pedintes ou vendedores ambulantes. Tiramos algumas fotos ali na praia e seguimos com o ônibus para Sea Point (parada 16). O litoral nesta parte perto do President Hotel (parada 15) é bem repleto de algas, o que deixa algumas partes da areia bem feias e com mau cheiro.
Mais a frente a areia é mais limpa, porém com muito vento. Percebe-se pelas árvores inclinadas.
Canal Cruise
Nossa última parada foi no ponto de partida do passeio. É dali, ou melhor, próximo dali, que sai o barco para fazer o Canal Cruise. Conseguimos embarcar no tour das 17h. O barco vai até o Centro de Convenções (CTICC) e pelo que eu entendi, também é possível descer e subir em qualquer parada.
É um passeio que não vale a pena pagar R 30 para fazê-lo. Faça se estiver incluso no seu bilhete do ônibus.
Dalí nós fomos dar uma volta no shopping que tem no V&A Waterfront e paramos no McDonalds para tomar um café e usar a internet grátis que eles disponibilizam. Internet que desconecta com freqüência. Conforme o painel com os preços, o cappuccino custava R 16, mas a moça nos cobrou R 18. Disse que era devido ao lugar que escolhemos para nos sentar.
Como o local tinha vista para o píer e poltronas com assentos de espuma era mais caro, mas em nenhum lugar está escrito isso. Sacanagem.
No V&A tem uma roda gigante que custa R 90 por pessoa. Achei caro.
Na volta ao hotel passamos no mercado WoolWoorths e compramos algumas coisinhas para o café da manhã do dia seguinte. Esse mercado é pequeno e com pouca variedade, e um pouco mais caro do que o SPAR.
Já no hotel, descobri que esqueci no Brasil o adaptador universal de tomadas. E agora, como carregar as baterias da máquina fotográfica? Por sorte, uma das máquinas dá para carregar pelo USB do netbook. Para a outra estou buscando uma solução.
Durante a noite voltou a chover. Tomara que chova a noite toda para desaparecerem as nuvens que estão cobrindo a Table Mountain.
Rapaz, a Da. Patroa tem mesmo um paladar muito peculiar, ne nao? Rsssss
E essa de cobrar a mais pelo lugar eu nunca tinha visto, eu heim.
E se for para viagem, eh mais barato?
Muito bonitas as fotos, parabens.
Ah, essas estatuas sao exposicao permanente ou estavam temporariamente?
Gostei
Parabens
R.M.
In God we trust!
Pois é Murdock.
Eu sempre vou na opção básica do menu, pois ela sempre pede algo estranho. Na pior das hipóteses, a gente troca os pratos, ou divide o meu… kkk.
O lance do McDonalds foi sacanagem.
E as estátuas estão permanentemente expostas no Jardim Botânico.
Abs
Como é a segurança para andar pelas ruas de Cape Town? Há muitos pedintes ou muitas abordagens?
Pretendo andar do bairro Bo-Kaap até o Castelo da Boa Esperança, passando pela praça Greenmarket e pelo jardim atras da Cathedral St. Jorge’s.
Há muitos trombadinhas ou é tranquilo?
Claro que não vou andar com a câmera fotográfica no pescoço… mas acho que é tranquilo durante a tarde… Correto?
Abç
Fabio
Oi Fabio.
De acordo com o motorista que fez nosso transporte entre o aeroporto e hotel, até as 18h é bem tranquilo andar pelo centro de Cape Town, pois é horário comercial e há bastante gente nas ruas. Após esse horário, a cidade fica vazia.
Nós caminhamos um pouco pelo centro e não vimos pedintes. Só uma vez vimos umas pessoas estranhas debaixo de uma marquise, durante uma tarde chuvosa.
Como em toda cidade grande, basta não dar bobeira.
Abraço.
Andei vendo algumas fotos das tomadas da Africa do Sul, pelo que vi são dois pinos redondos mais finos e um pino mais grosso centralizado. Como lá é 220v acho que dá para ligar o carregador do iPad brasileiro somente nos 2 furos menores, o pino mais grosso deve ser o terra deles.
Estou correto? Vocês tentaram ligar assim? Ou a distancia entre os dois pinos mais finos é diferente?
Abç
Fabio
Oi Fabio.
Pelo que percebemos, essas tomadas de três furos, todas elas possuem diâmetro maior do que os pinos das tomadas que temos no Brasil. Eu penso que não vai encaixar não.
Por sorte, no hotel onde estávamos, havia uma tomada (e somente uma) de apenas dois furos bem similar às tomadas do Brasil. Já no aeroporto, todas eram de três furos.
Por via das dúvidas, já separe um dinheirinho para comprar um adaptador.
Abraço.