Conhecendo Ciudad del Este

Quarta-feira

Como não poderia deixar de ser, reservamos um dia para conhecer a Ciudad Del Este, no Paraguai.

Na noite anterior, combinamos com o taxista que nos trouxe do aeroporto o horário de 7h45min, mas nada do homem aparecer. Acabamos indo com outro taxista, que cobrava R$ 10,00 a mais.

Chegando na Ciudad Del Este, pareceu ser tranquilo atravessar a Ponte da Amizade à pé, ou seja, pegando um ônibus urbano até a ponte no lado brasileiro. Mas ficamos receosos em fazer isso, pois em alguns blogs o pessoal relata casos de assaltos na ida, quando o turista está carregando dinheiro, ou na volta, quando o turista está carregando produtos.

As agências de turismo têm serviços “leva e traz” ao Paraguai. A Loumar, por exemplo, cobra R$ 45,00 por pessoa (ida e volta), com transporte de hora em hora. O taxista nos cobrou R$ 80,00 ida e volta. Como estávamos em duas pessoas, ficou mais barato.

Ciudad del Este parece um bairro de Foz do Iguaçu, tamanha a facilidade de entrar na cidade. Bem diferente de Puerto Iguazu, onde houve todo uma conferência de documentos. O taxista só entregou um formulário com nosso número de RG para um cara na rua e mais nada.

O ponto de encontro é no estacionamento do Shopping del Este. Parece que todos marcam ali, inclusive as agências.

Fomos bater perna pela cidade, que parece uma terra sem lei. É uma muvuca! Nas ruas há fila dupla, tripla. Barracas de roupas, tênis, cobertores etc que ocupam toda a calçada e até uma parte da rua. E não tem um quarteirão sequer que não tenha barracas na calçada. Carros e motos se misturam com pessoas em ruas mal conservadas e sem sinalização.

Há inúmeras galerias com dezenas de lojas cada, além dos grandes shoppings e algumas lojas maiores. Nas galerias e shoppings é comum pessoas fumando nos corredores, e não se limitam ao cigarro. Vimos um grupo fumando narguile. Em quase todas as lojas há seguranças armados guardando o local. Alguns muito bem armados, portando uma metralhadora (ou rifle, baioneta, sei lá).

A cada cinco passos alguém lhe oferece um folder com propaganda de eletrônicos, dizendo ter melhor preço etc. Se você disser que não quer nada, eles seguem você perguntando o que você está procurando, se é perfume, roupas etc. O negócio é ignorar.

Andamos por várias ruas e várias lojas. Durante o dia choveu forte algumas vezes, nos forçando a ficar mais tempo numa loja ou outra. Em um dos momentos de chuva, aproveitamos para almoçar.

Para quem gosta de roupas de grife, como Lacoste, Tommy Hilfiger, Polo Ralph Lauren etc, o preço parece ser bom. Camisas polo a partir de quarenta dólares. Cotação em R$ 2,10. Relógios de marcas famosas a partir de oitenta dólares. Claro, tudo isso depende da loja onde você está comprando. Vimos um perfume que em várias lojas custava na faixa de setenta e cinco dólares, e em outra custava quarenta e oito. Muita diferença.

No Shopping China o que chamou a atenção foi a roupa curtíssima das vendedoras. Usavam micro-saias. Era quase uma faixa de pano na cintura, de tão curtas.

Conforme um amigo meu, as lojas mais indicadas para compra de eletrônicos são MegaEletronicos e Compubras. Para roupas, perfumes, bebidas, artigos esportivos, relógios etc, Monalisa e La Petisquera.

Dica: no Shopping del Este vimos um caixa eletrônico do Banco Itaú. Não vimos caixas de mais nenhum banco brasileiro por lá.

No geral, é muito da mesma coisa. Com disposição, você tem milhares de lojas para comparar preços. E se é uma pessoa consumista, ali é o paraíso, pois tem muita coisa boa com preços atrativos (e muita porcaria barata também).

Combinamos a volta com o taxista para as 17h, mas poderia ter sido um pouco mais cedo. Ficamos oito horas na cidade. Dona patroa detestou. Provavelmente porque não somos de gastar desordenadamente, gastar apenas por gastar.

Ainda bem que voltamos de taxi, pois no final da tarde caiu uma forte chuva, que nos acompanhou até chegarmos ao hotel.

Quando a chuva deu um tempo, fomos novamente jantar no mercado Muffato. Depois passamos na padaria e encerramos as atividades do dia.