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Diamantina: Lapa Doce, Pratinha e Pai Inácio

Férias na Chapada Diamantina (14/06/2018).

O roteiro da quinta-feira contemplava três atrações, e ainda uma parada num vilarejo para comprarmos doces locais no final do dia.

Saímos da agência acompanhados do guia Jair às 8:15h, com destino a Iraquara, distante uns 80km de Lençóis. É lá que está a Gruta Lapa Doce.

No caminho paramos em um posto de gasolina para quem quisesse usar o banheiro, e claro, tirarmos algumas fotos de um dos pontos turísticos da Chapada Diamantina: o Morro o Pai Inácio. Agora pela manhã o vimos por baixo. Na parte da tarde será por cima.

Morro do Pai Inácio: último atrativo do dia.
Morro do Pai Inácio: último atrativo do dia.

Acho que já dissemos aqui que a BR-242, que conecta Salvador a Brasília (e passa por Lençóis) está em obras. Com isso, é frequente pararmos na estrada por no mínimo 10 minutos. Mesmo pela manhã, pegamos um pouco de trânsito.

Chegamos a Iraquara por volta das 9:50h. A região ali é bem árida. O guia do local disse que costuma chover apenas uma vez por ano, entre os meses de janeiro e fevereiro.

Roteiros e valores do passeio na Lapa Doce (ref. junho/18).
Roteiros e valores do passeio na Lapa Doce (ref. junho/18).

Enquanto aguardamos os preparativos para a caminhada pela Lapa Doce vimos um pé de umbu. Na recepção tem um quadro com uma foto aérea da enorme entrada da gruta.

Umbuzeiro, típico da região.
Umbuzeiro, típico da região.
Neste quadro temos uma panorâmica da entrada da Gruta Lapa Doce.
Neste quadro temos uma panorâmica da entrada da Gruta Lapa Doce.

Começamos a caminhada às 10h, em meio a vegetação típica da caatinga. Bacana que muitas das árvores ali se caracterizam pela propriedade de armazenar água para suportarem o período de estiagem. Algumas, inclusive, tem até espinhos para afastar os animais e proteger seu “líquido sagrado”.

Palma. Planta bem comum na culinária da região.
Palma. Planta bem comum na culinária da região.

Uma parada em um mirante para ver a entrada da gruta.

Entrada da Gruta Lapa Doce.
Entrada da Gruta Lapa Doce.
Árvore que armazena água em seu tronco, para os períodos de seca.
Árvore que armazena água em seu tronco, para os períodos de seca.
Trilha leve até a entrada da gruta.
Trilha leve até a entrada da gruta.
Quase chegando na Gruta Lapa Doce.
Quase chegando na Gruta Lapa Doce.

A entrada da gruta é imensa, e em sua fachada dá para ver os efeitos da erosão do calcário, criando traços lineares e as vezes princípios de estalactites.

Formações de calcário na entrada da gruta.
Formações de calcário na entrada da gruta.
Estalactites vistas já na entrada da Gruta Lapa Doce.
Estalactites vistas já na entrada da Gruta Lapa Doce.
Entrando na Gruta Lapa Doce.
Entrando na Gruta Lapa Doce.
Enorme abertura da Gruta Lapa Doce.
Enorme abertura da Gruta Lapa Doce.

Apesar da grande abertura, a luz penetra pouco na gruta Lapa Doce, e depois de alguns metros já estamos em plena escuridão, dependendo de nossas lanternas.

A entrada da gruta vai ficando para trás, enquanto a escuridão inicia seu domínio.
A entrada da gruta vai ficando para trás, enquanto a escuridão inicia seu domínio.

O passeio na Gruta Lapa Doce é uma travessia, ou seja, entramos por um lado e saímos pelo outro. O guia local nos passou essa definição: caverna só tem uma entrada/saída. Gruta tem duas.

Durante a travessia, além de nos mostrar várias formações rochosas construídas pela natureza durante milhares de anos, ele também conta um pouco de geologia, história e alguns “causos”.

Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas dentro da Gruta Lapa Doce.
Para evitar o acesso em locais indevidos, além de auxiliar na caminhada, existem essas sinalizações.
Para evitar o acesso em locais indevidos, além de auxiliar na caminhada, existem essas sinalizações.
Essa "gosminha" branca é o início da formação de uma estalagmite. Se voltarmos em alguns milhões de anos ela já estará grandinha...
Essa “gosminha” branca é o início da formação de uma estalagmite. Se voltarmos em alguns milhões de anos ela já estará grandinha…

Como em todo passeio dentro de grutas e caverna, não poderia faltar aqueles 5 minutos de pleno silêncio com todas as lanternas apagadas.

Obras de arte esculpidas pela água por milhares de anos.
Obras de arte esculpidas pela água por milhares de anos.
Formações rochosas na Gruta Lapa Doce.
Formações rochosas na Gruta Lapa Doce.
Esse pedaço caiu. Só não sabemos se naturalmente ou se foi vandalizado.
Esse pedaço caiu. Só não sabemos se naturalmente ou se foi vandalizado.
Em alguns locais o jogo de luz da lanterna cria seres das sombras.
Em alguns locais o jogo de luz da lanterna cria seres das sombras.
Antigamente erra possível tocar nessa formação para emitir sons. Depois que quebraram, ficou proibido.
Antigamente erra possível tocar nessa formação para emitir sons. Depois que quebraram, ficou proibido.
Últimos passos dentro da Gruta Lapa Doce, já perto da saída.
Últimos passos dentro da Gruta Lapa Doce, já perto da saída.

Já fizemos isso várias vezes, mas a sensação é sempre estranha, quase inédita. Mesmo de olhos abertos não conseguimos enxergar nada. Nem se colocarmos as mãos frente ao rosto. Zero visibilidade.

A chegada no outro acesso da gruta foi por volta de meio-dia. Finalmente luz do sol após duas horas dentro da Gruta Lapa Doce.

Luz no fim do túnel (da gruta).
Luz no fim do túnel (da gruta).
Saída da Gruta Lapa Doce, vista por fora. O acesso é bem menor.
Saída da Gruta Lapa Doce, vista por fora. O acesso é bem menor.

Terminada a travessia, montamos na van e seguimos até a Fazenda Pratinha, ainda em Iraquara.

Fazenda Pratinha.
Fazenda Pratinha.

Na chegada, recebemos as explicações sobre como funcionam os atrativos do local e seguimos para o restaurante para almoçarmos.

Almoço estilo self-service por kilo.
Almoço estilo self-service por kilo.
Eita hora boa, essa do almoço.
Eita hora boa, essa do almoço.

O preço da refeição era R$ 54,90 o quilo, mas no nosso pacote com a agência Chapada Adventure Daniel o almoço estava incluso.

Teoricamente teríamos o dia livre ali para visitarmos a Gruta Azul, uma gruta similar ao Poço Encantado, visitado dois dias antes, e também para entrarmos no Rio Pratinha. O guia Jair nos deixou à vontade ali, apenas marcando o horário de encontro para partirmos.

O local tem alguns passeios pagos a parte, como a flutuação na Gruta Pratinha (R$ 40,00) e tirolesa (R$ 20,00). Nós fizemos apenas a flutuação.

Ingresso para a flutuação no Rio Pratinha, pago a parte.
Ingresso para a flutuação no Rio Pratinha, pago a parte.

Ali na Fazenda Pratinha você precisa planejar bem seu tempo, pois a visitação na Gruta Azul deve acontecer por volta das 14:30h aproximadamente, que é o horário onde os raios solares tocam na água, colorindo a gruta de azul. O melhor mês é julho.

Depois de almoçarmos, conversamos com o pessoal da fazenda que nos informou que daria tempo de fazer a flutuação antes de visitar a gruta.

Diferente da flutuação feita no Poço Azul, na Gruta Pratinha nós vestimos coletes, nadadeiras, snorquel e recebemos uma lanterna, pois seguiremos flutuando gruta a dentro, em um local onde só dá para enxergar alguma coisa com o auxílio de lanternas.

Ponto de início da flutuação.
Ponto de início da flutuação.
Aqui vestimos os acessórios, testamos a lanterna e esperamos pelo guia.
Aqui vestimos os acessórios, testamos a lanterna e esperamos pelo guia.

Avançamos uns 170 metros, até onde não era mais possível prosseguir, pois a continuação era por uma caverna submersa. No caminho conseguimos ver alguns peixes e outros animais marinhos, alguns que só sobrevivem ali, sem luz.

O guia, com seus olhos treinados, ia nos mostrando para onde direcionar a lanterna e o que ver.

Esqueça fotos ali; não sai nada.

Enquanto há luz, ainda dá para fazer algumas fotos.
Enquanto há luz, ainda dá para fazer algumas fotos.
Enquanto há luz, ainda dá para fazer algumas fotos.
Enquanto há luz, ainda dá para fazer algumas fotos.

Na saída, já com luz solar, aí sim dava para ver e até fotografar alguma coisa.

Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Alguém sabe que peixe é esse?
Alguém sabe que peixe é esse?
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Flutuação no Rio Pratinha, Chapada Diamantina.

Depois que nos trocamos, fomos até as margens do Rio Pratinha para conhecer o local. Tem quiosque que serve porções ali. Lugar gostoso para passar algum tempo.

Tirolesa sobre o Rio Pratinha.
Tirolesa sobre o Rio Pratinha.
Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Rio Pratinha, Chapada Diamantina.
Rio Pratinha, Chapada Diamantina.

Dali seguimos para a última etapa na Fazenda Pratinha: a Gruta Azul. Infelizmente o sol não estava a pino, então a coloração da água e do ambiente não ficou tão azulado.

Escada de acesso à Gruta Azul.
Escada de acesso à Gruta Azul.
Gruta Azul, na Fazenda Pratinha, Chapada Diamantina.
Gruta Azul, na Fazenda Pratinha, Chapada Diamantina.
Gruta Azul, na Fazenda Pratinha, Chapada Diamantina.
Gruta Azul, na Fazenda Pratinha, Chapada Diamantina.
Gruta Azul, na Fazenda Pratinha, Chapada Diamantina.
Gruta Azul, na Fazenda Pratinha, Chapada Diamantina.
Essa aí era a monitora da Gruta Azul.
Essa aí era a monitora da Gruta Azul.

Às 15:30h estávamos no ponto de encontro, aguardando a galera chegar, e pegamos a estrada novamente, com destino à Lençóis, porém com duas paradas no caminho.

Flores na Fazenda Pratinha.
Flores na Fazenda Pratinha.
Flores na Fazenda Pratinha.
Flores na Fazenda Pratinha.

A primeira parada foi no vilarejo de (Campos de) São José, no município de Palmeiras, para conhecermos os Doces D’Afra, com direito a degustação. Tem doce de banana com coco, com chocolate, amendoim, pimenta, de chocolate com licuri, café com leite, doce de leite, ambrosia, licores etc.

Parada para conhecermos os Doces D'Afra.
Parada para conhecermos os Doces D’Afra.
A variedade de sabores é grande, fica até difícil escolher.
A variedade de sabores é grande, fica até difícil escolher.
Para ajudar na escolha: degustação.
Para ajudar na escolha: degustação.

Os doces são realmente muito bons, e não tem como não sair dali com um “tijolinho” ou mais.

Última parada do dia: Morro do Pai Inácio. O horário meio tardio para visitação tem um motivo: ver o pôr do Sol lá de cima.

Chegamos ali às 16:40h. Na estrada não há indicação da estradinha que leva ao estacionamento, mas observamos que fica entre os km 348 e 350.

A visitação no Morro do Pai Inácio custa R$ 6,00 (junho/18). O Jair fez o acerto pela agência e logo seguimos morro acima para ver o pôr do sol.

Dica: leve um agasalho, pois lá em cima tem bastante vento e faz frio. Lembre-se que o passeio é ao final do dia.

Recepção do Morro do Pai Inácio.
Recepção do Morro do Pai Inácio.

A subida não é difícil. Em alguns pontos a própria rocha faz uma escadinha. Em outros, uma escada de madeira foi providenciada.

Na metade da subida já dá pra perceber o quão alto estamos.
Na metade da subida já dá pra perceber o quão alto estamos.
Nem precisa chegar no topo para começar a admirar a paisagem.
Nem precisa chegar no topo para começar a admirar a paisagem.
Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.
Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.

Chegamos ao topo em mais ou menos trinta minutos, em ritmo um pouco puxado, devido ao tempo (estava escurecendo né). São quase 1.150m.

 

Bacana essas rochas com formatos geométricos.
Bacana essas rochas com formatos geométricos.

Lá de cima, a vista da Chapada Diamantina é fenomenal. Conseguimos ver muitos dos morros que só enxergamos por baixo no primeiro dia da travessia Águas Claras.

Linda vista da Chapada Diamantina.
Linda vista da Chapada Diamantina.
Para quem diz que não aparecemos nas fotos... rs.
Para quem diz que não aparecemos nas fotos… rs.
Vastidão da Chapada Diamantina.
Vastidão da Chapada Diamantina.

O Jair nos contou o porquê do morro se chamar Pai Inácio. Óbvio que não vou contar aqui a história e a mística do local, senão perde a graça para quando vocês forem.

Fizemos algumas sessões de fotos ali enquanto aguardávamos o Sol se posicionar para sua retirada. Regulamos a máquina fotográfica para os melhores cliques e nos despedimos do astro rei sob aplausos.

Lá em cima tem um cruzeiro.
Lá em cima tem um cruzeiro.
Regulando a máquina para clicar o pôr do Sol.
Regulando a máquina para clicar o pôr do Sol.
Galera fazendo a sessão de fotos.
Galera fazendo a sessão de fotos.
O Sol começa sua despedida.
O Sol começa sua despedida.
Terminando mais um dia de passeios na Chapada Diamantina.
Terminando mais um dia de passeios na Chapada Diamantina.

Assim como subimos rápido, também descemos (mais) rápido (15 minutos), pois tínhamos que aproveitar a pouca claridade ainda existente.

Últimas fotos no topo do Morro do Pai Inácio.
Últimas fotos no topo do Morro do Pai Inácio.
Galera descendo a trilha do Morro do Pai Inácio.
Galera descendo a trilha do Morro do Pai Inácio.

Na volta para Lençóis, mais trânsito por causa das obras na rodovia. Chegamos à cidade às 18h40.

O jantar da noite foi no Café do Mato. Eles servem uns crepes fantásticos ali, e os preços eram na faixa de R$ 35,00.

Jantar: crepe no restaurante Café do Mato.
Jantar: crepe no restaurante Café do Mato.

Os recheios são diversos: filé mignon, carne de sol, frango, abobrinha, berinjela com pimentões, marguerita, além dos crepes doces e saladas.

Na próxima postagem falaremos da Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão.

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