Férias na Chapada Diamantina (12/06/18).
Na noite anterior passamos na agência para confirmarmos qual seria o passeio do dia e o horário que deveríamos nos encontrar para a saída. Partiríamos para Andaraí e Ibicoara, com pernoite em Mucugê.
Como contamos na introdução desta série de postagens sobre a Chapada Diamantina, não faríamos o check out na pousada em Lençóis. Então apenas preparamos uma mochila com roupas para o pernoite em Mucugê e para os dois dias de passeios, enquanto o restante da bagagem ficaria guardada no quarto mesmo.
A saída estava agendada para as oito horas, mas neste dia atrasou um pouco, e partimos 8:30h.
Pegamos a estrada sentido Itaeté, cidade que abriga a primeira atração do dia: o Poço Encantado.
Foram aproximadamente 140km de distância, passando por diversas áreas rurais, com uma pequena pausa em Andaraí (ponto de partida para a travessia do Vale do Pati) para comprar alguma coisa numa vendinha, e usar o banheiro.
Nossa chegada ao Poço Encantado foi às 10:20h. O local é uma propriedade particular fora dos limites do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Não é necessário contratar agência de turismo para chegar até lá (mas é uma boa escolha, para evitar ficar dirigindo), porém a entrada no poço só é permitida com acompanhamento de guia local, ao custo (taxa de conservação) de R$ 30 por pessoa (2018).
A idade mínima para entrar na caverna é de 12 anos, salvo se acompanhado dos pais/responsáveis e com assinatura de um termo de compromisso.
No local há uma lanchonete e restaurante. Como o melhor horário para visitar o Poço Encantado é entre às 10h e 13:30h (por causa da luz solar), almoçar por ali por ser uma alternativa.
Os guias locais fornecem capacetes e lanternas de cabeça para a entrada no poço, e o tempo de permanência dentro da caverna é controlado, para evitar a degradação do local, assim como a quantidade de pessoas por vez (dez). Então, aproveite cada minuto dos 15 minutos que estiver lá dentro.
A melhor época para visita o Poço Encantado é entre os meses de abril e setembro, no horário informado ali em cima, entre 10h e 13:30h. É neste período que a luz do sol passa pela entrada da caverna e atinge o poço, refletindo uma luz azul por toda a caverna.
A trilha até a entrada da caverna é bem curtinha e conta com degraus e corrimãos de corda. Depois outra escadinha, essa mais estreita, para entrar na gruta.
Uma vez lá dentro somos convidados a nos sentar em uma “arquibancada” para contemplarmos a beleza do lugar. O guia conta um pouco da história do local, como foi descoberto, as características da água etc.
Há tempos podia entrar no poço. Hoje não mais.
Regra geral em qualquer passeio dentro de grutas e cavernas, por alguns minutos ficamos em silêncio e com as lanternas apagadas, só admirando o local em seu estado original.
E depois, claro, uma sessão de fotos com ajuda do guia.
O Poço Encantando tem mais de 60 metros de profundidade, mas como é difícil identificar onde começa a linha d’água, parece ser menos fundo do que realmente é.
Depois que saímos da gruta, já montamos na van novamente e seguimos caminho para o Poço Azul, também em Itaeté, uns 40 minutos de viagem.
Para chegar ao Poço Azul, a van estacionou nas margens do Rio Paraguaçu e fizemos a travessia de barco para a outra margem.
O Poço Azul assemelha-se ao Poço Encantado.
A diferença é a permissão para flutuação em suas águas, e não apenas a contemplação.
Outra diferença é o período de incidência dos raios solares no Poço Azul: entre fevereiro e outubro, das 12:30h às 14h. Mas independente de ver os raios de sol entrando no poço, o passeio vale muito a pena.
O preço da taxa de conservação também é de R$ 30 por pessoa (2018), e dá direito a flutuação (opcional), colete salva-vidas (obrigatório para quem for flutuar) e snorkel. Também é exigido tomar uma ducha para remoção de qualquer creme, protetor solar etc, evitando levar impurezas para o poço.
A trilha é bem curtinha e também há escadas para chegar até ao poço. O tempo permitido de flutuação é de 20/30 minutos.
É incrível fazer a flutuação no Poço Azul. A água é bem transparente, e com a luz do sol fica mais transparente ainda. Naquele horário havia algumas nuvens, mas mesmo assim estava com bastante visibilidade.
Depois da flutuação, fomos almoçar no Restaurante Dona Alice. Buffet livre por pessoa, com custo de bebidas à parte.
Na parede do restaurante há uma matéria de jornal contando sobre os achados pré-históricos de um paleontólogo que explorou aquela região da Chapada Diamantina.
Depois de satisfeitos com o passeio e com o almoço, atravessamos novamente o rio e pela última vez no dia encaramos a estrada na van, agora até Mucugê, cidade de nosso pernoite.
Antes de pararmos na pousada, uma visita ao cemitério da cidade. Sim, um cemitério, conhecido como Cemitério Bizantino. O nome correto é Cemitério Santa Isabel.
O cemitério foi construído no século 19, quando um surto de cólera e varíola atingiu a região. Ele foi construído em local elevado e sobre as rochas para preservar o solo de contaminação.
Os túmulos ali são todos e alvenaria e bem branquinhos, com formas repletas de arcos, pináculos etc, imitando as torres e fachadas de igrejas.
Dali finalmente seguimos para a Pousada Recanto da Chapada.
Fizemos o check in, deixamos a bagagem no quarto e fomos “bater perna” pela cidade, pois no trajeto até a pousada, vimos que ela estava toda decorada para as festas juninas. E também precisávamos de um mercadinho para comprar água e alguns snacks.
Nessa caminhada fomos até a entrada da cidade, onde está a Igreja Matriz, na Praça Santa Isabel, fotografando as diversas fachadas enfeitadas.
O Coreto da Praça estava bem florido, e a cor das rosas contrastava com as bandeirinhas penduradas.
Paramos para tomar um café e depois fomos no Mercado Grulli (aberto até as 20h) antes de retornarmos para a pousada.
Durante a noite, retornamos para o centrinho para jantar. Uma colega da van, a Marcela, foi com a gente.
Chegando no centrinho, a Marcela foi no mercado e nós ficamos ali na praça. Vimos um sofá todo decorado e fomos ver do que se tratava. Aí, do nada, apareceu um grupo de jovens com um violão e quiseram cantar uma música para nós por ser o Dia dos Namorados.
Que mico, kkkk.
Sentamos ali no sofá, ouvimos a música deles, tiramos algumas fotos juntos, e a Dona Patroa ganhou uma rosa e dois bombons.
Jantamos no Restaurante Sabor e Arte, que servia refeições por kilo também no jantar, e logo em seguida retornamos à pousada para finalmente descansar um pouco.
Na próxima postagem, falaremos sobre a Cachoeira do Buracão.
Procurando hospedagem na Chapada Diamantina? Para os passeios no Poço Encantado e Poço Azul, Itaeté pode ser uma boa base. Informe abaixo as datas desejadas e faça sua busca.
Ou se preferir, procure sua hospedagem em Mucugê.