A reportagem abaixo saiu no site do UOL em 27/09 (link aqui). Segue na íntegra (nossas observações seguem em azul no meio do texto):
São Paulo – Sabe aquela viagem que você tanto sonha, mas nunca se realiza? Aquela viagem que todo final de ano você coloca entre as dez prioridades para o novo ano? Que tal começar planejar?
Quando pensamos em fazer a tão sonhada viagem, nunca sabemos por onde começar. Se primeiro traçamos um roteiro, pesquisamos os preços dos pacotes ou negociamos as férias na empresa. (São duas as opções para começar o planejamento. Primeira opção: a viagem dos sonhos é um local definido, então você já deve saber de antemão a melhor época para visitá-lo. Se não sabe ainda, mãos à obra, informe-se. Sabendo isso, você planeja quando pedir suas férias na empresa e já saberá quanto tempo existe para o planejamento e para juntar dinheiro. Segunda opção: você só pode tirar férias num período específico do ano? Então pesquise quais os melhores destinos para esse período. Pode ser que a cidade dos seus sonhos esteja debaixo d’água, de neve, ou sob uma tempestade de areia bem no período que você pode viajar).
Com a ajuda do professor de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócios e da assessoria da TAM Viagens, listamos os dez passos que você deve tomar para que sua viagem se torne uma realidade.
Veja as dicas que vão ajudar a economizar no preço da viagem:
1 – Planeje a viagem com no mínimo três meses de antecedência.
2 – Os voos de terça, quarta e sábado oferecem tarifas mais baixas.
3 – Voe no meio do dia, busque vôos entre 10h e 16h. (Lembre-se que um vôo para a Europa dura em média 11 horas. Se você embarcar no Brasil às 16h chegará em seu destino às 3h da madrugada. Se estiver viajando através de pacote, haverá o receptivo, então é menos problemático).
4 – Voe na baixa temporada, voos fora do período de festas e férias são mais baratos.
Mas, antes mesmo de fechar o pacote, você precisa se preocupar com algo fundamental para sua viagem: o dinheiro. Sem ele, nada de voos. Para ajudar a planejar financeiramente sua viagem dos sonhos, Cintra passou algumas dicas que considera fundamental no planejamento de uma viagem.
Veja as dicas financeiras que ajudarão você a planejar sua viagem:
5 – Planejamento é tudo: O interessado deve esgotar as possibilidades de consultas prévias quanto às alternativas de restaurantes, meios de transporte, eventos de lazer etc. No que se refere aos preços, aceitação de cartões (e possibilidades de parcelamento sem juros), diferenciação de preços por horários e dias da semana. (Nem sempre você saberá onde irá fazer suas refeições, ainda mais quando viajando por conta própria. Os blogs ajudam a ter uma idéia do custo diário para alimentar-se).
6 – Orçamento: Quanto está disposto (ou pode) gastar? Qual a disponibilidade? É preciso extremo cuidado com uma combinação que pode gerar muitas dores de cabeça no retorno da viagem, principalmente com as compras feitas em cartões de crédito. O orçamento deve considerar que o cartão de crédito terá que ser pago “um dia”, mas muitos esquecem disso – é a chamada “compra por impulso” – e, quando chegam as faturas, a cabeça dói. É importante que haja um bom tempo entre início do planejamento e realização da viagem e melhor que esse tempo seja utilizado, também, para “gerar caixa”, isto é, para fazer uma provisão para os gastos futuros. Planejamento é tudo e orçamento faz parte dele. (Além de ter que lembrar que o cartão de crédito terá que ser pago “um dia”, tem o famoso IOF, aumentado de 0.38% para 6,38%. Não é legal andar com muito dinheiro em espécie; cheque viagem tem o inconveniente da troca, que pode ou não ser taxada. Com isso, o cartão de crédito acaba sendo a melhor opção, apesar do imposto. Sugiro levar uma quantia em espécie e outra num cartão de débito – Visa Travel Money – onde você pode fazer o saque ou usar o próprio cartão para pagamento, e deixe o cartão de crédito para último caso.)
7 – Seguro: Por falar em cartão de crédito… algumas administradoras oferecem seguros de baixo custo que podem ser bem interessantes, particularmente em roteiros internacionais. Proteja-se dos inconvenientes como extravio de bagagem (lembre-se de que “bagagem” não é composta apenas por malas, mas, também, por seus conteúdos! Exatamente por isso, não é aconselhável concentrar artigos de valor mais alto em uma das malas – acomode-os nas diversas malas julgando os valores envolvidos, de maneira a minimizar riscos. Especificamente para o caso de viagens ao exterior, preocupe-se com despesas hospitalares, também passíveis de cobertura por diversas seguradoras. Algumas horas de atendimento médico no exterior podem significar um impacto financeiro muito expressivo. (Se você tem algo de muito valor que julga necessário levar em sua viajem de férias, considere levar na bagagem de mão, se possível. Seguros contra acidentes, extravios de bagagem etc, além das administradoras de cartão, há empresas do ramo com valores competitivos).
8 – Compromissos financeiros: Enquanto você viaja, a vida prossegue. Deixe agendados os pagamentos de suas contas vencíveis no período da viagem e não esqueça de deixar sua conta corrente devidamente provisionada de fundos para arcar com os débitos que virão. Viajar e ficar pagando contas pela internet é, para dizer o mínimo, falta de imaginação.
9 – Risco cambial: Considere, também, que compras realizadas no exterior com cartões de crédito, além de imposto sobre operações financeiras (IOF), expõem o comprador ao risco cambial, isto é, à possibilidade de a moeda nacional ser desvalorizada no período compreendido entre as citadas compras e o fechamento da fatura do cartão.
10 – Reserva: Jamais viaje somente com o chamado “dinheiro certo”. Pensar que imprevistos só vitimam “os outros” pode ser a causa de muito aborrecimento. Se você pensa que coisas ruins só podem ocorrer com outras pessoas, lembre-se de que, para esses outros, você é uma das “outras pessoas”, então… (Tenha sempre um plano B, ou plano C. O dólar é uma moeda forte. Além da moeda do local, leve alguns dólares, para o caso de uma emergência. Não vá com dinheiro contado. É melhor sobrar do que faltar).