23/08/2011
Hoje enrolamos legal para sair da cama. Cada vez que o relógio tocava a gente ativava o ‘soneca’. Acabamos por levantar às oito horas. Lá fora chovia forte, e os trovões continuavam. Descemos para tomar o café da manhã. O ‘refeitório’ estava com água em alguns pontos, e o “staff” do hotel demorou um bocado pra passar um pano no chão e colocar um balde onde estava gotejando. Esse pessoal que trabalha na parte da manhã é meio folgado. É o mesmo rapaz que pedimos para trocar o lençol e simplesmente ignorou a solicitação. Ainda assim deixou uma parte do chão molhada e um hospede quase escorregou. Subimos para escovar os dentes e vimos que o tempo havia melhorado, estava até um solzinho. Corremos para a estação para comprar as passagens para Bruges. Chegamos lá 9h05min e o trem era 9h14min. Tivemos que comprar as passagens no guichê, pois as máquinas automáticas não aceitavam nossos cartões de crédito internacionais. Ainda bem, pois na máquina ficaria EUR 13,00 cada, e no guichê pagamos EUR 7,50 cada. Era um tal de “Summer Ticket”. Beleza!
No caminho para Bruges, o tempo escureceu de tal forma que os carros estavam todos com os faróis acesos. Parecia noite. Mas nem choveu tanto. Ainda bem que quando passamos por Gent o tempo já estava mais claro, e em Bruges nem estava chovendo.
Na própria estação de trens em Bruges há um posto de informações turísticas, mas só vimos isso na volta. Chegando na cidade, seguimos em direção ao centro, e logo ao atravessar a primeira avenida já vimos uma placa indicando o caminho de um posto de informações turísticas.
A cidade é toda em estilo medieval. Casas de tijolinho, calçamento de paralelepípedo, algumas ruas sem calçada. Muito ajeitadinha a cidade.
Perdemos o caminho indicativo do posto de informações, mas não perdemos o rumo. Chegamos na Markt, uma das principais praças da cidade (a outra é a Burg). Tiramos algumas fotos do seu entorno e do monumento que há no centro, e depois fomos andar um pouco.
Vimos outra placa indicativa sobre o posto de informações, e seguindo por uma ruazinha cheia de lojas de roupas, chegamos numa praça com uma bela fonte, ao lado do terminal de ônibus, e do posto de informações turísticas. O mapa da cidade custava EUR 0,50. Compramos um, e a partir daí seguimos para ver os monumentos e igrejas.
Bruges, assim como Amsterdam, possui canais, e há “city-tour” de barco. Pode-se fazer o tour de micro-ônibus ou de charrete também. Mas o melhor mesmo (mais econômico) é fazer tudo a pé, pois o centro é pequeno e os atrativos são próximos.
Paramos para almoçar na Praça Markt, na Pizzaria do Mario. Dona patroa encarou uma pizza marguerita e eu uma 4 formaggio. Estavam boas. Depois saímos novamente para bater perna.
Dona patroa queria um café preto, e paramos para comprar um e aproveitamos para comer os stropwafels que trouxemos da Holanda.
Depois andamos mais um pouco e resolvemos voltar para a estação olhando as lojinhas de souvenires. Aproveitei para conhecer o ‘urinol’ que tem por aqui também, igual em Amsterdam.
À propósito, em Bruges a predominância do idioma é o holandês, diferente de Bruxelas, onde predomina o francês. Fico imaginando como é nas escolas, no ensino básico. Sei que ss dois idiomas são obrigatórios. Mas e na época de alfabetização, nas outras aulas, como será que os professores ensinam as crianças? O povo aqui também utiliza bastante as bicicletas como meio de transporte. E não importa o traje: pedalam de shorts, bermuda, jeans, calça social, vestido, saia, tênis, chinelo, sandália, sapatilha, de salto alto e por aí vai.
Compramos uma lembrancinha para nós e voltamos para a estação de trem. Já estava começando a garoar.
Compramos as passagens e fomos para a plataforma. Fato engraçado: quase em todas as cidades as pessoas nos param para pedir informações. Acho que a gente se mistura tanto com os nativos que o povo pensa que não somos turistas também. Na plataforma, dona patroa viu um casal de brasileiros procurando no painel de horários de trem a estação Bruxelles-Midi. Mas só aparecia Brussel-Zuid (em holandês). Ai dona patroa foi lá e explicou. Quando ninguém nos pede informação ela se oferece pra ajudar. Tirei o sarro dela.
Assim que chegamos em Bruxelas, corremos para o mercado para comprar água, pois a nossa estava acabando, e depois fomos para o Shopping City 2 que fica bem pertinho do hotel para tomar um sorvete na Australian Home Made. Em um dos blogs que lemos, dizem ser o melhor sorvete de Amsterdam. Mas não achamos essa sorveteria na Leidseplein, conforme informado. Então provamos do sorvete aqui mesmo. E é muito bom.
No caminho do shopping, vimos dois rapazes saindo de uma viatura da polícia, algemados, sendo seguros por outras duas pessoas, policiais a paisana eu imagino. Só não sei por que eles estavam indo em direção ao metrô. Falando nisso, vira e mexe ouve-se sirenes pelas ruas.
Depois de tomarmos um banho e descansarmos, saímos para nosso último jantar europeu. Fomos aqui pertinho, no Brussels Grill novamente. Dessa vez eu pedi um salmão grelhado, e dona patroa um Rumstake, o mesmo prato do almoço de ontem, acompanhados de… de.. batatas fritas, claro! Brindamos nossa despedida com uma cerveja belga. Dizem que por aqui há 365 tipos de cerveja, uma para cada dia. Bom, no menu só tinha uns sete tipos, e pedimos a sugestão do garçom, aquela mais popular. Ele nos trouxe uma que não lembro o nome.. acho que era Grimber Gen. Deu até calor (pra quem não está acostumado…).
Voltamos ao hotel e já arrumamos as malas. Amanhã temos que estar em Bruxelles Midi bem cedinho, para pegar nossas passagens de trem na Air France. O trem para Paris parte às 7h56min, e de lá o voo para o Brasil.
E tome sirene na orelha. Como eu disse, a polícia por aqui tem muito trabalho, pois ouve-se muitas sirenes muitas vezes ao dia.