Chegada e city tour (30/09 e 01/10/17).
Ainda em Buenos Aires, no dia 30/09, chegamos ao Aeroparque com bastante antecedência, por volta das 18:30h, e nosso voo para Mendoza seria somente às 21h. Despachamos nossa bagagem e aproveitamos para comer alguma coisa.
O voo, operado pela Austral, atrasou quase uma hora, e decolamos somente cinco para as 10. A viagem até Mendoza teve duração de 1h30 aproximadamente.
Pelo horário de chegada na cidade e recuperação das bagagens (23:45h aproximadamente), nem cogitamos a ideia de pesquisar sobre ônibus para ir até o centro de Mendoza. Seguimos diretamente para o ponto de taxi, e em mais ou menos dez minutos já estávamos no hotel, ao custo de 150 pesos.
Tocamos a campainha para abrirem a porta do hotel e fomos recepcionados por um rapaz que eu pensei que fosse mudo, mas logo vimos que ele não apenas era de falar muito mesmo. Ele nos deu uma ficha para preenchermos, mas nem explicou nada. Como essas fichas são bem padrão e intuitivas, preenchemos de boa.
Em seguida ele nos deu um jogo de toalhas, dois sabonetes e a chave do quarto. É sério, parecíamos aqueles condenados que a gente vê nos filmes, indo para a cela. Ao abrir a porta do quarto, veio a surpresa: completamente diferente das fotos do site de reservas.
O quarto tinha um cheiro forte, e parecia estar bem empoeirado. O banheiro sujo, com parede quebrada, com resto de sabonete, cabelos pelo chão. Lençol com manchas. Dona Patroa quase surtou. Se não fosse mais de meia-noite penso que teríamos pego a bagagem e saído a procura de outro hotel.
Em todos esses anos viajando e reservando hotéis via internet, essa foi a primeira vez que nos deparamos com um hotel completamente diferente das fotos divulgadas. Uma pena, pois o hotel é bem localizado.
Cansados, tomamos banho, demos uma chacoalhada no lençol e dormimos. Deixamos a resolução dos problemas para o dia seguinte.
Obs: não citaremos aqui o nome do hotel, pois já fizemos as reclamações e devidas avaliações negativas no site de reservas e demais sites de avaliação de hotéis.
Domingo, 01 de outubro
Pela manhã, bem cedo descemos para tomar o café da manhã, composto de alguns pães e medialunas, manteiga e geleia, um bulinho de café e outro de leite, e um copo de suco.
Tão logo terminamos de comer, Dona Patroa já foi reclamar do quarto. Desta vez era um senhor que estava na recepção, e foi ele quem também serviu o café. Devia ser o dono.
Primeiro ele estranhou a reclamação, depois nos deu duas chaves de dois outros quartos que estavam vagos, para escolhermos.
Ambos eram ruins, porém um deles um pouco “menos ruim” do que aquele em que estávamos. Pelo menos não tinha cheiro forte de poeira, de coisa velha e suja. Quarto igual ao da foto do site de reservas, deve ser somente showroom, como em lançamento de apartamentos, “visite decorado”, sabe? Ou só tem um e já estava com outro cliente.
Fizemos a troca de quarto e saímos para passear pela cidade, pois este seria nosso único dia livre. Para os demais já tínhamos passeios contratados com uma agência.
Mendoza em si não tem muita coisa para conhecer. A cidade é bem pequena, com algumas praças e um grande parque.
Começaríamos pela Plaza San Martin, mas ela estava em reformas, toda cercada por tapumes. Então fomos para a praça central chamada Plaza Independencia. É a maior da cidade.
Um palco estava sendo montado ali, para algum evento que ocorreria durante o dia. a praça também conta com uma área com brinquedos infantis, uma fonte retangular com vários jatos de água, e uma feirinha popular, que quando chegamos ainda estava sendo montada.
A cidade em si é bem arborizada, e as praças ainda mais.
Em quase todas as ruas podemos ver valetas profundas no meio-fio. Algumas totalmente expostas, outras completamente cobertas, e ainda outras somente cobertas onde é acesso às garagens.
Essas valetas, ou acequias (aquedutos), são canais que se aproveitam do derretimento da neve dos Andes (a cidade está aos pés da cordilheira) que enche os rios, cuja água é derivada para irrigação das árvores da cidade.
Mendoza está numa região bem árida, com clima de deserto, e sem esse sistema praticamente não existiriam árvores na cidade.
Depois seguimos para a Plaza Italia e Plaza España. As vezes passávamos em frente de algum hotel com uma recepção “ajeitada”, e Dona Patroa ficava olhando, provavelmente pensando em trocar de hotel. Até poderíamos tentar a troca, mas nosso passeio na segunda-feira sairia bem cedinho, e não teríamos como avisar a agência para nos buscar em outro endereço.
Seguimos para a Av. Las Heras, onde está o Mercado Central. É bem bacana andar pelos mercados municipais das cidades e ver os itens diferentes que são vendidos. Naquele horário nem todos os locais estavam abertos ainda.
Nesta mesma avenida paramos para almoçar no restaurante Ailen. Havia uma promoção de milanesa com arroz e batatas por um preço bacana.
Um detalhe que esquecemos de contar, ainda no sábado em Buenos Aires: o passeio da segunda-feira em Mendoza consiste em fazer um pequeno trekking no Monte Aconcágua. Pequeno mesmo, só nas proximidades da portaria do parque. Mas ainda estamos no inverno, ou seja, estará frio, possivelmente com alguma neve no monte, e nem nos demos conta disso na hora de preparamos a bagagem.
Somente no sábado à tarde essa questão veio à tona, então mandamos um e-mail para a agência perguntando se em Mendoza haveria alguma loja aberta no domingo, para comprarmos alguma roupa de frio. Em Buenos Aires estavam fechadas.
A moça da agência respondeu que talvez alguma loja estaria aberta na Av. Las Heras.
Nesta avenida há muitas lojas de roupas esportivas e também de neve, mas estavam todas fechadas. Pelo Google Maps vimos um Carrefour também nesta avenida, e normalmente Carrefour tem de tudo. Seguimos para lá.
Não havia roupa de frio lá, mas comprei uma camiseta de manga longa, que junto com o moletom e mais uma camiseta por cima, creio que daria conta do recado. Também compramos umas tranqueirinhas para comer.
Deixamos tudo no hotel e continuamos o tour pela cidade, passando pela Plaza Chile e dando uma boa pernada até o Parque General San Martin.
O Parque General San Martin é bem amplo (950 hectares), com lago artificial, um rosedal (que ainda estava sem rosas), pistas para caminhada e bike, e algumas fontes e estátuas.
O parque também estava em reformas, com muitas máquinas e material de construção, e as fontes desligadas.
A gente deu uma volta contornando o lago artificial, parando um pouco para descansar e também observar o lazer da população local numa tarde de domingo.
Na área do parque ainda tem um zoológico, um teatro grego com capacidade para aproximadamente vinte mil pessoas, e o Cerro de la Gloria, um mirante decorado com estátuas em homenagem ao Exército dos Andes, e de onde dá para ver toda a cidade.
Não fosse a distância (6km à pé), teríamos ido até lá. Depois soubemos de um ônibus “hop-on hop-off” que sai da Plaza Independencia e leva até lá.
Retornando para o hotel, paramos numa cafeteria para comer um churro com chocolate quente, ao lado da Plaza Independencia. A feirinha de rua já estava com mais barraquinhas montadas.
De noitinha, sem disposição para rodar a cidade a procura de opções para o jantar, fomos até a Subway para lanchar, retornando ao hotel logo em seguida.