Dia 09/08/2011 – Desembarque/Conexão/Milão
Caraca, dormir no avião foi difícil. A poltrona reclina pouquíssima coisa. O ônibus fretado que utilizo para ir trabalhar todos os dias é mais confortável. Fiquei naquele cochila-acorda.
Quando desisti de tentar dormir, fiquei fuçando na TV e achei um curso de idiomas da Berlitz. Havia mais de vinte idiomas. Fiquei um pouco no Francês e Italiano.
Logo o café da manhã foi servido. Pãozinho, fatias de frios (queijo, presunto etc), tomate, alface, manteiga e geleia, suco e café. Eles tem um copinho de leite para colocar no café ou chá, mas é frio, e o café nem é muito quente. Nem misturamos senão ia ficar tudo frio.
O pouso em Paris ocorreu no horário previsto (8h10min), porém até terminar todos os procedimentos para o desembarque, nosso tempo para fazer a conexão ficou apertado. Logo na saída da aeronave, havia policiais conferindo todos os passaportes, gerando um certo tumulto e uma demora para desembarcarmos.
O aeroporto Charles de Gaulle é enorme. Desembarcamos no Terminal 2E, e andamos um bocado até chegar ao Terminal 2F.
No controle de passaportes, passamos sem problemas. Nenhum questionamento. Na hora do raio x, novamente tivemos que tirar as botas. Os franceses devem ter algum problema com botas. Só na França isso acontece.
Chegamos no portão de embarque às nove horas, e um ônibus nos levou até o avião da Alitalia que faria o trecho até Milão.
O voo estava vazio, e atrasou uns 15 minutos para decolar, porém pousou na hora prevista, e o desembarque foi bem rápido. Durante o vôo, conseguimos enxergar os Alpes, alguns ainda cobertos de neve, apesar do verão.
Depois do pouso, após pegarmos nossas malas, fomos para o ônibus que nos levaria até a Stazione Centrale, ao custo de EUR 5,00 por pessoa. O trajeto levou uns 30 minutos aproximadamente.
Pensamos em já comprar nossos bilhetes de trem para a Suíça, para o dia 11. Vimos muitas máquinas automáticas de venda de bilhetes, mas eram para trechos regionais.
Havia uma bilheteria com uma fila gigantesca, mas antes de encarar a fila, procuramos um posto de informações turísticas para confirmar se era lá mesmo. O policial nos disse que o posto de informações ficava em frente à plataforma “forty” (40).
Fomos até as plataformas, mas só tinha até a plataforma 21. Perguntamos para outro policial, que disse novamente que ficava em frente a plataforma “forty”, mas desta vez apontando para o local. Não acharíamos nunca, pois era na plataforma “fourteen” (14).
Pegamos um mapa, confirmamos onde comprar os bilhetes de trem e decidimos deixar a fila gigante para depois, indo primeiramente ao hotel deixar as malas e depois almoçar.
Na hora de comprar os bilhetes de metrô, sempre tem próximo das máquinas self-service pessoas querendo ajudar em troca de uns trocados. Eles nem deixam você mexer na máquina, já chegam fazendo a operação de compra por você. Seja firme ao recusar a ajuda.
Não pense estar sendo mal educado, pois eles não são nem um pouco educados quando você diz que não precisa e eles insistem em ajudar.
Compramos nossos bilhetes e fomos para a plataforma. Rapidinho chegamos ao Hotel Piola, categroria duas estrelas, situado pertinho da estação Piola (linha verde). Os recepcionistas muito gentis, como sempre. Ao ver que somos brasileiros, já puxaram papo sobre parentes que moram no Brasil.
O hotel é bem simples, não tem elevador, no quarto não há ventilador (deve ser bem quente durante o dia). Mas há banheiro privativo, que é o que nos interessa. A internet é paga (EUR 2,00 por 1 hora). Pagamento no check in. Deixamos as bagagens no quarto e fomos procurar algum lugar para almoçar.
Seguimos caminhando sentido Stazione Centrale, que fica a uns 20 minutos do hotel. Milão é uma cidade bem arborizada, pelo menos na região onde estávamos hospedados.
No caminho, vimos uma placa de oferta de almoço por EUR 9,90 por pessoa, sendo uma massa e um refrigerante. A massa já estava no fim, não dava para duas pessoas, então o rapaz fez um “bem-bolado” para a gente, completando o prato com carne. E o preço…. metade do valor. Pagamos EUR 9,00 os dois pratos, mais os refrigerantes. Beleza.
Reparamos que muitas lojas e demais comércios estavam fechados para férias, até o final do mês. Pelo visto por aqui as férias são coletivas e o estabelecimento fecha mesmo. Até banca de jornal estava fechada. Estranho, pois o cara fica um mês sem receita nenhuma, só com as despesas.
Estomago forrado, fomos até a estação para comprar nossos bilhetes. A fila continuava grande, mas parecia “andar” rápido. Demorou uma hora até a nossa vez. É claro que numa fila a gente fica reparando nas pessoas. Todo mundo faz isso, né?
Passou um chinês com uma bermuda, camiseta amarela cheia de morceguinhos do Batman, e um blazer bem social. Cada figura.
Após comprar os bilhetes, vimos que ainda tínhamos bastante tempo e seguimos caminhando em direção à Piazza Duomo. Queríamos encontrar um mercado para comprar água, mas nem sinal.
Paramos para descansar um pouco no Giardini Pubblici di Porta Venezia e depois fomos até a Piazza Duomo. Na verdade, nosso dia reservado para os pontos turísticos de Milão era o dia seguinte (10/08), mas já que estávamos por lá, tiramos algumas fotos da Galleria Vittorio Emanuele II e também da Catedral (Duomo).
* Milão, antigamente, era cercado por uma muralha, com alguns portões (portas). Uma delas, a Porta Venezia.
Assim como nas outras viagens em continente europeu, encontramos diversas excursões de chineses. Eles estão por toda a parte, rsrs. Aproveitamos para tomar um gelato e comprar uma água. Telefonamos para casa, via Embratel Direto, pra avisar que estava tudo bem, e depois decidimos voltar para o hotel.
Precisávamos de um banho. Já eram dezoito horas, mas o sol estava tinindo. Chegando no hotel e, bingo, demos uma dormidinha.
Por volta das 20h ainda estava bem claro, típico verão europeu. Quando saímos para jantar, após as 21h, o rapaz dohotel nos indicou um restaurante há poucos passos do hotel. Perguntamos sobre algum mercado por perto, mas eles fecham às 21h.
Sobre o restaurante, comida boa, preço justo, atendimento legal. Gastamos EUR 37,50.
Agora é tentar dormir para repor as energias para o dia de amanhã. Se a cama ajudar, pois é bem molenga. Parece que tem um caminhão de limpeza de rua que gostou de passar por aqui. Já é a terceira vez que passa, e faz o maior barulhão. Dona patroa já xingou.