Razões para se ter um plano B, C, D…
Como sempre fazemos quando viajamos pelo aeroporto de Cumbica, o nosso deslocamento até Guarulhos é feito com um ônibus que parte da rodoviária de Campinas e para dentro do aeroporto. A viagem tem duração aproximada de duas horas. Como o nosso voo estava marcado para as 18h30min, nos programamos para pegar o ônibus das 13h45min.
Até Campinas meu cunhado nos deu uma carona. Chegamos na rodoviária pouco mais de 12h30min e fomos direto ao guichê da viação Lira. Para a nossa surpresa, não havia mais passagens para o ônibus das 13h45min, e nem para o próximo, das 15h15min. Somente passagens para o ônibus de 16h15min. Como assim?
Dona patroa nem pensou duas vezes e me disse: “Vamos para o Terminal Tietê e de lá pegamos um táxi para Guarulhos”.
Fomos para o guichê ao lado, da mesma empresa, para comprarmos as passagens para São Paulo, e a atendente disse que não era ali, que era no guichê ao lado (onde tentamos comprar as passagens para o aeroporto). Retruquei com ela e por fim ela disse que era ali mesmo (alguém entendeu isso?), mas indicou comprar por outra empresa, pois a linha deles passaria por duas cidades no caminho para São Paulo, demorando mais para chegar ao Terminal Tietê.
Fomos até o guichê da viação Cometa e compramos passagens para às 13h20min. Estimativa de uma hora e meia de viagem. Era o plano B em ação.
Já no ônibus, pesquisei como chegar até Cumbica partindo da rodoviária do Tietê. São três opções:
- a mais em conta, e mais demorada também: Metrô até a estação Tatuapé e depois um ônibus intermunicipal (custo em torno de R$ 9,00);
- o ônibus Airport Bus Service, por R$ 43,70;
- taxi, preço fixo tabelado (em torno de R$ 100,00 a corrida).
Decidimos que iríamos com o Airport Bus Service das 15h15min, e se não desse tempo de pegar esse ônibus, chamaríamos um táxi.
O ônibus de Campinas encostou no Terminal Tietê às 14h50min, mas não aparecia ninguém para abrir o compartimento de bagagens. Questionamos o motorista se a gente mesmo podia abrir o bagageiro e ele disse que era necessário esperar por um funcionário da rodoviária. Mas cadê esse vivente que não aparece?
Pedi para Dona Patroa ir comprar as passagens do Airport Bus Service enquanto eu aguardava pelas malas. Por fim, o próprio motorista começou a descarregar as bagagens, até que minutos depois um funcionário da rodoviária chegou.
Quando cheguei com as malas no guichê do Airport Bus Service, Dona Patroa já tinha iniciado negociação com duas moças que também iriam para o aeroporto e estavam ultra-mega atrasadas, para dividirmos o custo de um táxi. Eu topei na hora, mesmo porque a fila para compra das passagens não estava andando. As meninas que estavam meio em dúvida também toparam.
Como dissemos, a corrida até o aeroporto tem preço fixado. O valor ficou em R$ 120,00. Dona patroa pagou nossos R$ 60,00 e cada uma das meninas pagaria R$ 30,00. Aí o cartão de uma delas resolveu não passar. E tenta de novo, outra vez, até que a outra moça passou os R$ 60,00 e partimos para o aeroporto.
O motorista do táxi arrepiou na estrada, e chegou a Cumbica em menos de trinta minutos. No caminho, as moças nos contaram que vieram para um grande evento de música eletrônica que ocorreu em Itu/SP chamado Tomorrowland, e que muita gente estava seguindo para Cumbica com aquele ônibus que parte de Campinas. Essas moças, assim como nós, também não conseguiram as passagens diretas.
Coisas do Brasil
Sabe o que chateia? Você conseguir comprar passagens de trem, de ônibus e barco na Europa ainda estando no Brasil, e não conseguir comprar uma mísera passagem de ônibus pela internet para sair de Campinas e chegar ao aeroporto em São Paulo. Se houvesse a possibilidade de comprar essa passagem pela internet, já saberíamos que não tinha mais lugares disponíveis e nem teríamos pedido carona ao meu cunhado, pois pegaríamos um ônibus para São Paulo em nossa cidade mesmo.
Por fim, chegamos ao Aeroporto de Cumbica mais ou menos no mesmo horário em que chegaríamos com o ônibus direto de Campinas, porém gastando R$ 25,00 a mais cada um.
Tenho uma boa e uma má notícia
Aliviados por termos conseguido chegar ao aeroporto em tempo, seguimos para fazer o check-in na Swiss. A moça foi bastante simpática, nos recebeu ali no início da fila, guiando-nos até o guichê onde ela nos atenderia, e iniciou o processo de check-in.
Eis que ela nos diz: “Eu tenho uma boa e uma má notícia. Qual delas vocês querem primeiro?”
Tanto faz, ouviremos as duas mesmo – respondi.
A notícia ruim é que, como não havíamos feito a reserva de assentos no momento da compra das passagens (e não me lembro de ter aparecido esta opção), nós nos sentaríamos lado a lado na aeronave, mas no meio de uma fileira com quatro poltronas, ou seja, tanto do nosso lado esquerdo como direito haveria outro passageiro.
A notícia boa era que o upgrade para a classe executiva estava com desconto, de 1300 francos por 700 dólares. Na realidade ela não tinha nenhuma notícia boa para nós. No meu raciocínio, foram duas notícias ruins rsrsrs.
Ficamos com os lugares disponíveis mesmo, e seguimos para a área dos gates, onde ficamos andando pelas lojas do Free Shop e aproveitamos para tomar um café na Starbucks. Fiquei surpreso que o preço não estava tão mais caro em comparação com uma Starbucks fora do aeroporto.