Dia 15/11/13
Acordamos por volta das 7h30min e 8h já estávamos no restaurante para tomar o café da manhã. Café, leite, chás e sucos. Melão, mamão, abacaxi e melancia. Pães, bolos, biscoitos doces e salgados. Manteiga e geleias. Comi igual gente grande. Encontramos com o rapaz que nos recebeu na noite anterior. Seu sotaque latino aguçou nossa curiosidade e Dona Patroa perguntou de onde ele era. México. Seu nome: Aix.
Depois de satisfeitos subimos até a recepção para questionar sobre os passeios que o hotel oferece. Falamos com o Jackson e ele nos explicou os passeios do dia (pagos a parte), que consistia numa trilha até a Cachoeira Três Quedas e outra trilha até a Gruta do Guardião, sendo possível fazer os dois ou apenas um deles. Duração total do passeio perto de 4 horas.
Como a saída seria apenas às 10h (saímos às 10h30min), caminhamos tirando algumas fotos da área verde do hotel e depois de nossas instalações. Os chalés são todos temáticos, baseados nos continentes África, América e Ásia. Nosso chalé era o Girafa, no ambiente África.
No horário combinado estávamos em frente ao restaurante para embarcar nos passeios. Um micro-ônibus nos levou até uma encruzilhada, onde parte do grupo foi para a cachoeira e outro grupo para a gruta. Nós fomos primeiro na cachoeira.
Antes de iniciar a caminhada fizemos um alongamento para prevenção de lesões. Algumas pessoas pagaram bastões de bambu disponibilizados pela equipe de guias para auxiliar na caminhada.
Nossa guia durante todo o passeio foi a Bruna. A cada meia dúzia de passos ela parava para nos explicar sobre a flora e a fauna local, apontando para alguma planta ou nos mostrando algum animalzinho, normalmente sapinhos. Mais impressionante do que os diversos tipos de sapos que vimos na trilha é a capacidade da Bruna de enxerga-los no meio do mato. Até brincamos dizendo que ela carregava os bichinhos na mochila.
Cachoeira Três Quedas
A trilha até a cachoeira é bem leve, pelo meio da mata (protegidos do Sol). A Cachoeira Três Quedas é bem bonita, com um pequeno poço para banho.
Depois de um tempo para banho, pegamos a trilha de volta até a encruzilhada inicial, de onde seguimos para a Gruta do Guardião por uma trilha bem tranquila também.
Gruta do Guardião
Na entrada da caverna a Bruna entregou um capacete e uma lanterna para cada um de nós. Explicou um pouco sobre a caverna, sobre a vida existente dentro dela (como morcegos, aranhas etc.) e algumas orientações de segurança, como por exemplo, não se preocupar muito em evitar molhar os pés.
Ainda fora da caverna, mas bem próximo de sua entrada já dava pra sentir uma baixa na temperatura. À medida que adentramos na caverna a temperatura foi baixando e a luminosidade sumindo, dependendo totalmente das lanternas para enxergar alguma coisa. É muito legal lá dentro.
Um salão de mais ou menos 20 metros de altura, com diversas formas de espeleotemas. Ao fundo, uma formação rochosa parecida com uma sentinela, que dá nome à caverna.
Na saída da caverna, Dona Patroa andava atrás de mim e acabou escorregando e machucou a mão e o joelho. Nada grave. Rapidamente a Bruna já estava ao meu lado auxiliando a levanta-la, e sacou seu kit de primeiros-socorros para fazer um curativo.
Obs: faça os passeios sempre com os equipamentos adequados. Dona Patroa usava um tênis com solado bem gasto quando escorregou.
Uma frase marcou bastante esse momento. Dona Patroa disse “ainda bem que estamos fazendo turismo independente com guia”. Quando devolvi: “fazemos turismo independente, não turismo irresponsável”.
Fazer turismo independente não significa abrir mão de sua segurança. Quando a viagem é urbana normalmente é possível dispensar um pacote turístico guiado. Mas em viagens de ecoturismo, dê preferência pela contratação de um guia experiente. Nem sempre o local oferece trilhas autoguiadas e bem sinalizadas.
Refeitos do susto, seguimos de volta até o micro-ônibus e de lá para o hotel, direto para o restaurante. Já passava das 15h e estávamos famintos.
O esquema é self-service com uns seis tipos de salada, arroz, massa, e três tipos de carne. Havia carne vermelha, frango, peixe e também moqueca. Farofa, queijo ralado. Pudim e frutas como sobremesa. O cardápio do Chef Júlio estava saboroso!
Voltamos ao quarto para tomar banho e descansar um pouco, pois às 17h já teríamos outra atividade: a subida ao Mirante do Sol para ver o Sol se pôr. Com sorte, daria para fazer aquelas fotos “segurando” o astro rei.
Novamente nos encontramos na frente do hotel e seguimos parte do caminho de micro-ônibus. A subida até a parte mais alta do pico é um pouco puxada, mas feita em ziguezague para não ficar cansativa. Dessa vez nosso guia foi o Jackson. Chegando ao topo, uma surpresa (desculpa ae pessoal do hotel, mas vou entregar): havia uma mesa de madeira coberta por uma toalha de renda, algumas taças e suco de uva para brindarmos. Dizem que já tentaram brindar com vinho, mas na hora de descer o Pico a coisa não correu muito bem rsrsrs.
Ficamos lá em cima até quase escurecer, mas uma nuvem atrapalhou fazermos as fotos como se estivéssemos segurando o Sol. Bem que tentamos.
Mais a noitinha fomos ao restaurante para o jantar. Não havia muita diferença de opções com relação ao almoço. A sobremesa, conforme o mexicano Aix, chamava-se Strogonoff de Banana. Estava deliciosa. Depois fizemos algumas fotos noturnas e retornamos ao quarto para descansar o esqueleto.