Pedalando até o Cabo da Boa Esperança

29/03/2014.

O passeio de hoje foi bem diferente. Dia de conhecer o Cabo da Boa Esperança. Até agora, nada de anormal, né? Mas uma parte do percurso até lá foi pedalando!

Esse passeio necessitou de bastante pesquisa. Como ir da Cidade do Cabo até o Cabo da Boa Esperança sem um carro? Em um post anterior explicamos porque optamos por não alugar um carro na Cidade do Cabo.

Ok, então como fazer esse passeio?

O City Tour não vai tão longe; de táxi ficaria muito caro. Através de nossas pesquisas encontramos quatro opções de tour de dia inteiro no Cabo da Boa Esperança e em Cape Point. Nem era a intenção incluir bicicleta na atividade, mas um deles oferecia esse diferencial em uma parte do passeio, e foi com este que nós fechamos.

Quando fizemos a reserva do passeio pela internet, havia um campo para escolher onde seria o ponto de encontro para nos buscarem. Coincidentemente, um dos pontos disponíveis para escolhermos é um hostel que em bem em frente ao hotel onde estamos. No e-mail de confirmação da reserva dizia que a van nos pegaria ali entre 8h45min e 9h15min.

Quando o relógio marcava 8h30min eu olhei pela janela e vi que a van já estava estacionada nos aguardando. Descemos rápido, mas quando chegamos na calçada ela já havia partido. Ainda eram 8h35min, dez minutos antes do horário combinado. Fomos até o hostel para ver se tinham alguma informação. A moça disse que não podia ajudar. Bom, primeiro quis saber se estávamos hospedados lá. Depois disse para caminharmos até o próximo hostel e esperar a van lá. Como assim próximo hostel? Muito estranho.

Decidi ficar esperando na frente do hotel, enquanto dona patroa insistiu em obter ajuda no hostel. Se não voltassem para nos buscar, reclamaríamos e pediríamos o dinheiro de volta, afinal eles passaram antes do horário combinado.

Alguns minutos depois, lá vem a van carregada de bicicletas de novo. Eu acenei para a motorista, que já abriu a janela gritando meu nome. Corri chamar dona patroa e apressadamente entramos na van.

A Bianca, ou Bi, como prefere, ficou explicando que foi no hostel procurar por nós, que saíram hostel adentro gritando meu nome etc e tal, que tentou ligar no meu celular, e que o horário correto era perto de 8h30min. Mas o fato do ponto de encontro ser no hostel não significa que estávamos hospedados no hostel, certo!?

Apesar da confusão toda, estávamos a caminho do Cabo da Boa Esperança.

A Bianca é bem doidinha no volante. Adora correr e reclama com os lentos que encontra pela frente. No grupo havia uma brasileira que já estava há um mês na África do Sul, sendo três semanas trabalhando como voluntária em um parque nacional. Ela nos contou que fez o mergulho para ver tubarões.

O local do mergulho também é longe da Cidade do Cabo, cerca de duas horas e meia de estrada. Depois ainda tem o tempo de chegar em alto mar com o barco, e permanecer ali por volta de três horas, até que os tubarões sejam atraídos, e que todos os clientes possam descer com a gaiola e ver os animais de perto. Descem oito pessoas por vez.

O Cabo da Boa Esperança faz parte do Table Mountain National Park. O trajeto até lá é pelo litoral, onde passamos por Camps Bay e outras praias muito bonitas, até chegarmos no Hout Bay. Ali era opcional fazer um passeio de barco até uma ilha para ver focas. Nós não fomos. Ficamos por ali, vendo as barraquinhas de artesanato local.

No segundo dia do City SightSeeng também paramos no Hout Bay, mas ficamos apenas no Mariner’s Wharf, em frente ao ponto de ônibus.

Aguardamos pelo retorno do pessoal que fez o passeio de barco e seguimos viagem para Cape Point, com uma parada em um mirante para fotos do Hout Bay Harbor.

Pedalando até o Cabo da Boa Esperança

Um pouco depois de passarmos pela portaria do parque, a Bianca já estacionou a van, descarregou as bicicletas e disse para pedalarmos até chegarmos numa casa branca que estaria à nossa esquerda. Colocamos os capacetes e lá fomos nós pela estrada. A casa branca é a recepção do BuffelsFontein, um local com algumas exposições e ponto de encontro de outras excursões com ciclistas.

Abaixo, o mapa com a primeira parte do percurso pedalando.

A Bianca já estava lá preparando nosso almoço, que continha pães, manteiga, macarrão com mostarda e páprica, salada, batata frita bem apimentada, queijo e maçã verde. Ficamos ali em torno de uma hora.

Depois a Bianca nos mostrou o caminho que deveríamos fazer, nós pegamos nossas bicicletas e seguimos sentido Cabo da Boa Esperança. Tinha um pessoal no grupo que pedalava muito rápido, e chegaram bem antes de nós. No caminho, ali na praia mesmo, havia algumas emas.

Abaixo, a segunda parte de pedal.

O Cabo da Boa Esperança é parada obrigatória dos ônibus de excursões e também dos visitantes com seus próprios carros. Teríamos meia hora ali para tirar fotos. Fotografamos o mar, as rochas, o mirante, e a famosa placa com o nome do local.

Tem um morro aonde chegando até o topo tem-se uma visão ampla do Cabo da Boa Esperança e de Cape Point. Nós subimos até o primeiro mirante, pois não tínhamos muito tempo ali, apenas trinta minutos. Esse é o mal de excursões; o tempo é curto e controlado.

Seguindo para Cape Point

Nossa aventura pedalando terminou ali. Até Cape Point fomos com a van. Chegando lá, corremos para o funicular que leva as pessoas até o farol, no topo da montanha. Por sorte não havia fila para comprarmos os ingressos a R 52 por pessoa, e o funicular chegou logo em seguida.

Demora somente uns três minutos para chegar ao topo, onde podemos ficar por ali curtindo a paisagem ou subir um pouco mais, dessa vez pelas escadas, até o farol. Foi o que nós fizemos, claro.

A vista lá de cima é fantástica. Tiramos fotos maravilhosas de lá. Um mar azul!!

 

Novamente com o tempo curto, corremos para o funicular após as fotos, para descer a ladeira, e quando chegamos na van todos do grupo já estavam lá.

Importante: é possível comprar o ingresso ida e volta (return) ou só de ida (single), caso queira descer caminhando. Se quiser subir e descer a pé, sem o funicular, também pode. Só não perca seu ingresso lá em cima caso tenha comprado ida/volta (return), pois ele é necessário para embarcar no funicular.

Nada da babuínos no caminho até os pinguins

Dali seguimos por uma estradinha a beira-mar, passando por vezes por alguns bairros bem interessantes, com muitas lojinhas e restaurantes. Apesar das placas avisando sobre a existência de babuínos na estrada, nós não vimos nenhum. A próxima parada foi na praia dos pinguins. O local parece ser um parque que cuida dos bichinhos e impede qualquer alteração no habitat deles.

O ingresso custa R 55. Me parece (não deu tempo de explorar) que seguindo reto pela ruazinha que leva até a bilheteria, é possível ver os pinguins sem pagar nada.

Passando pela catraca, existe um caminho feito de madeira com corrimãos, para que as pessoas vejam os pinguins de perto, mas sem fazer contato, e no final tem uma plataforma para quem quiser tirar fotos de uma parte mais ampla da praia.

 

Nosso tempo ali também era pouco, apenas 15 minutos. Não tinha muito mais o que fazer ali, é verdade, mas havia algumas lojinhas, cafés e sorveterias para explorar.

Havia um pessoal cantando e dançando para vender seus CDs, mas ninguém que passava ali se interessava.

Hora de voltar para a Cidade do Cabo

Essa foi a última atração do passeio. Pegamos o caminho de volta para Cidade do Cabo e descemos em frente ao hotel. Fomos para o quarto apenas para guardar as mochilas, e seguimos novamente para o V&A Waterfront. Andamos pelo shopping procurando algum lugar para jantar. Os diversos barzinhos e restaurantes do V&A estavam lotados, e dentro do shopping tudo pareceu muito chique (leia-se caro).

Decidimos comer uma pizza no Debonairs. Na verdade, duas pizzas, pois as pizzas são individuais (19cm). Pedimos uma sabor margherita e outra três queijos. A pizza de queijo eu achei meio apimentada.

Como sempre, passamos no mercado antes de voltar para o hotel e encerrar o dia.

Off-topic: Desde ontem estamos tentando falar com alguém da recepção do hotel, mas nunca há ninguém. Partiremos na segunda-feira, e o check out deve ser feito até às 10h, porém sairemos bem cedo para o último passeio, e gostaríamos de saber se poderemos deixar as bagagens guardadas na recepção até nossa volta.

Como não encontramos ninguém, perguntamos para o segurança se ele sabia dessa informação. Ele disse que falaria com a pessoa que faz o turno matutino sobre essa nossa necessidade. Então tá.

Off- topic 2: mesmo com arrumação diária do quarto, o hotel não fez reposição de sabonetes. Como nunca tem ninguém na recepção, … compramos.

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