Trilha com várias travessias no Rio Betari.
O domingo de carnaval amanheceu com uma garoa fina, quase uma neblina. Tomamos nosso café da manhã, pegamos nosso lanche de trilha e seguimos para a Eco Cave. Hoje o guia foi conosco até a agência, pois ele mora próximo da Pousada (3 km mais a frente na estrada). Normalmente ele vai de bicicleta até a cidade (são 7 km em estrada de terra!) e depois pega um ônibus.
E se perder o ônibus, já era, pois só passa em um horário, às 7h.
Para evitar termos que esperar muito para iniciar a exploração no PETAR, combinamos de chegar na Eco Cave às 7h40min e antes das 8h no parque. O Núcleo Santana ainda estava fechado quando entramos na fila. Acho que tinha uns cinco carros na nossa frente.
Dessa vez teve uma atrapalhada na hora de entrar. O guia recolheu o dinheiro para pagar a entrada dos três carros de nosso grupo, e na volta nos disse para passarmos a frente dos demais carros da fila.
Não tem muito espaço ali, ou melhor, espaço nenhum. É uma mão para entrar e outra para sair, e ele disse para irmos pela contramão mesmo.
E lá fomos nos podando os carros da fila. Quando chegamos na guarita, o segurança não nos deixou passar. O guia que estava conosco no carro disse a ele que já havia pago as entradas e o segurança replicou dizendo que as pessoas à nossa frente também haviam pago. Aí o guia disse “mas você disse que eu podia passar”, e o segurança negou ter dito isso. Que situação.
Para ‘ajudar’, uma viatura do parque estava saindo, e nós estávamos ali, na contramão, impedindo a passagem, com mais dois carros atrás de nós, Conseguimos jogar o carro pro canto para abrir passagem, mas os outros dois carros do nosso grupo tiveram que voltar de ré até o final da fila.
Às 8h a cancela do parque foi aberta e os carros começaram a entrar, e nós tivemos que ficar ali, parados, até chegar a nossa vez da fila. Não sei quem estava com a razão, mas foi o maior mico, hein?!
Hoje tinha um segurança organizando os carros para estacionar. Enquanto esperávamos, o guia foi assinar a ficha de entrada para garantir nosso horário de visitação na caverna. Com isso, conseguimos iniciar nosso passeio às 8h20min.
A programação inicial de hoje seria visitar a Caverna do Couto e a Caverna Água Suja, mas por conta das condições climáticas a programação foi alterada, e fizemos a Caverna do Cafezal e a Cachoeira Andorinhas.
O caminho até a Caverna do Cafezal é pela Trilha do Rio Betari, e tem 2 km de extensão aproximadamente. A cachoeira é na mesma trilha, 1,5 km mais à frente.
Logo no início da caminhada tem um quiosque com um mapa da trilha, e ao lado, umas placas com pegadas de animais encontrados na região. Também tem banheiros, os últimos do caminho.
Conversando com o pessoal que estava conosco descobrimos mais uma vantagem da Pousada Caacupé, onde estamos hospedados: ela é longe do centro da cidade. Logo, é longe do carnaval de rua. As pessoas do nosso grupo estão uma pousada no centro, e a bateria dos blocos carnavalescos tocou até duas e pouco da manhã, debaixo da janela deles. Cruel.
Lembro que na Chapada dos Guimarães um pessoal que ficou hospedado na cidade também reclamou do barulho do carnaval e nós, por sorte, estávamos em uma pousada mais afastada.
Nossa caminhada foi toda debaixo de chuva. Não estava forte, mas constante. Com isso, a trilha ficou embarreada e com algumas pedras escorregadias, sendo necessário redobrar a atenção.
Em certo ponto da trilha é possível ver a Torre de Pedra, e mais a frente ficamos debaixo dela.
Ao invés de pararmos na Caverna do Cafezal, seguimos direto para a Cachoeira Andorinhas, atravessando o Rio Betari umas quatro ou cinco vezes, mais umas três vezes alguns riachos menores.
Parecia que não chegaríamos nunca na Cachoeira Andorinhas, mas finalmente a alcançamos. Sua queda d’água tem altura de quarenta metros, e é bem forte. É permitido nadar ali no poço, mas não debaixo da cachoeira.
Aproveitamos a parada ali na cachoeira para comer nosso lanche. Mais à frente tem outra cachoeira com sessenta metros de altura, mas a trilha até lá tornou-se perigosa com a chuva que caia. Ninguém do grupo topou seguir caminho até ela.
Com isso, depois de alimentados e descansados, fomos amassar barro no caminho de volta, parando na Caverna do Cafezal, assunto de nossa próxima postagem.
Olá…, ai ai rs, fiquei ansiosa para ler as aventuras do final do passeio rs