25 de dezembro. Feliz Natal!
Logo depois do café da manhã fomos para a Praça das Piscinas Naturais, para obter informações dos jangadeiros e sobre as piscinas naturais de Porto de Galinhas. Nos dias anteriores, quando passamos por lá o quiosque já estava fechado. E não foi diferente nesta manhã, porém já havia jangadeiros por ali.
Um dos jangadeiros nos informou sobre o passeio, preço e tal, e também disse para irmos cedo, antes que os fiscais da prefeitura fossem para lá monitorar o local. Como os arrecifes são protegidos, o turismo ali possui algumas regras, o que é correto, limitando o local de acesso durante a maré baixa. Algum tempo antes da maré baixa, além de não ter muita gente, é permitido entrar nas piscinas naturais.
A maré baixa de hoje seria em torno de 12h15min. Pelo que li em outros blogs, o melhor mesmo é estar lá 1h30m antes da maré baixa, ou seja, lá pelas 10h30min. O jangadeiro queria nos levar lá às 9h. Achei muito cedo. Dissemos a ele que iríamos colocar roupa de banho e que voltaríamos às 9h, mas fizemos diferente. Optamos por caminhar na praia até perto de 10h e fazer o passeio no horário mais aconselhável.
Outra regra básica para visitar as piscinas naturais de Porto de Galinhas é olhar para o céu. Se estiver sem Sol, esqueça, não vale a pena. A água não ficará cristalina. Às 9h o céu estava bem encoberto.
Já com roupas de banho, fomos fazer o passeio, que começou uns dez minutos para as dez da manhã. O céu estava claro, com sol, mas com algumas nuvens.
Da praia até as piscinas naturais demora de cinco a dez minutos de jangada. Lá chegando, o nível da água sobre os arrecifes estava no meio de nossas canelas, e ainda era permitido nadar nas piscinas. Pegamos com o jangadeiro um óculos de mergulho e caímos dentro para observar os peixinhos. Também podemos jogar ração para os peixinhos comerem (incluso no passeio/preço).
E não é que de repente aquelas nuvens se juntaram sobre nós e começou a chover?! Ainda bem que estávamos na água, então não passamos frio, mas as gotas de chuva estavam caindo “cortantes”. A chuva durou uns cinco minutos, e durante esse tempo, com a falta de claridade, as piscinas ficaram escuras.
Logo depois que o sol reapareceu, já estava na hora de voltarmos. Ainda assim caminhamos pelos arrecifes, com água mais baixa ainda, no nível do tornozelo, fotografando alguns peixes e as piscinas naturais. Os fiscais já estavam de prontidão limitando o local por onde os turistas podiam passar.
De volta à praia, seguimos para a pousada para tomar uma ducha e depois saímos sentido a Praia de Muro Alto. A ideia era almoçar por lá. Eu havia lido sobre uma tal de Barraca da Ana, bem conceituada. Muro Alto está uns 16 km de Porto de Galinhas.
Lá chegando, estacionamos perto do primeiro acesso à praia, logo depois do badaladíssimo resort Nanai. Realmente, por conta do grande muro de arrecifes, a praia é uma enorme piscina.
Botamos o pé na areia e caminhamos até achar essa barraca. E andamos bastante. Muro Alto não possui infraestrutura nenhuma. Quem está nos diversos resorts do local, não precisa de mais nada. Mas quem não está hospedado ali, nem sombra de coqueiros tem para fugir do sol.
Bem mais à frente encontramos algumas barracas, e com elas, a humanidade, em seu pior retrato. Como todo lugar onde há pessoas aglomeradas, há lixo pelo chão. Não havia nenhum lugar para nos sentarmos. Tudo ocupado. O lugar estava bem lotado.
Andamos um pouco por ali e ficamos com uma impressão muito ruim do lugar, ainda mais quando começamos a sentir cheiro de urina. Meia volta, volver.
Caminhamos ate onde deixamos o carro estacionado, e decidimos voltar para a vila de Porto de Galinhas para almoçar. Como são poucas as opções baratas por ali, e entenda-se por prato barato aquele que custa menos de 40 reais, paramos no Tchê Barbaridade, self-service por quilo, ou à vontade em preço único. A comida estava boa, tinha um peixe frito bem gostoso.
Assim como os demais lugares, o ambiente é quente, mesmo com ar condicionado. O atendimento é meio confuso. As garçonetes não atendem na mesa, apenas as limpam. Se quiser beber alguma coisa, tem que levantar e pedir no balcão ao lado da balança.
Depois do almoço voltamos para a pousada para descansar. Esse sol do Nordeste judia de quem não está acostumado, e confesso que praia não é nosso habitat preferido.
Mas a noitinha saímos para caminhar pela vila, e também à procura de algum lugar para petiscar. Andamos por tudo ali e fomos parar no O Rei das Coxinhas, na Galeria Camaratuba. O serviço deixou um pouco a desejar. Mas relevamos, pois o rapaz estava em treinamento. A coxinha deles é muito boa, com muito frango e pouca massa.
Na volta para a pousada passamos por uma rua onde haveria o Cine-Vela. Um rapaz monta um esquema com notebook e projetor, e passa filmes todas as quintas-feiras, projetando na vela de uma jangada. Paramos lá para assistir. O filme da noite foi Wall.E. Ficamos lá um pouco e depois voltamos para a pousada.