A erupção mortal ocorreu em 79 d.C.
A primeira coisa que fizemos ao amanhecer foi conferir a previsão do tempo. E não estava nada boa: chuva em toda a região napolitana. Nos restou colocar os guarda-chuvas na mochila e aproveitar o dia da melhor forma possível.
Bem ao lado do Hotel Linda tem uma lanchonete – Caffe San Vincenzo – que serve café da manhã, então, ao invés de consumirmos itens de supermercado, decidimos conhecer o que eles oferecem.
Como não poderia deixar de ser, afinal estamos na Itália, há muita variedade de coisas doces e quase nada de salgado, tipo um pão na chapa (bem brasileiro). Mas eles serviam torradas com manteiga, então pedimos uma para cada, e cappuccino para acompanhar. A bebida veio rápido, antes da torrada, que demorou demais e acabamos por tomar todo o cappuccino para não esfriar e depois comemos a torrada a seco.
Tendo como destino do dia a cidade de Pompeia, seguimos direto para a estação de trens de Sorrento, onde pegamos o trem das 8h52 para Pompeia. Antes mesmo de o trem partir, uma dupla de sanfoneiros entrou nos vagões e iniciou seu show musical, tentando angariar alguns trocados.
A duração do trajeto entre Sorrento e a estação Pompei Scavi Villa Misteri é de aproximadamente vinte e seis minutos. Você pode se programar conferindo os horários de trem no site da Circumvesuviana.
Após nós sairmos da estação Pompei Scavi Villa Misteri, seguimos caminhando para a direita até a entrada do sítio arqueológico, chamada de Porta Marina. Já havia bastante gente por ali.
Pompeia não foi a única cidade devastada pelo vulcão Vesúvio. Talvez pelo número de vítimas (estima-se mais de 16.000) Pompeia seja a mais conhecida delas.
Existem alguns tipos de ingresso:
- para visitar apenas o sítio em Pompeia -13 euros;
- para visitar Ercolano – 11 euros;
- para visitar Oplonti, Stabia* e Boscoreale (outras cidades destruídas pelo Vesuvio) – 5,5 euros;
*apenas Stabia é grátis.
Todo primeiro domingo de cada mês o acesso aos sites é gratuito. Maiores informações no site oficial.
É bastante recomendado que você explore as ruínas de Pompeia munido de informações. Existem mapas disponíveis gratuitamente próximo aos guichês de venda de ingressos, na Porta Marina, e também tem a opção de alugar um audio-guide (em Espanhol).
Evite levar peso com você, pois você vai andar muito. Muito mesmo. Existem guarda-volumes na entrada para deixar sua bagagem extra. Mas leve bastante água.
Tem muita coisa para ser vista em Pompeia, afinal, estamos falando de uma cidade inteira. Ficamos lá por cerca de quatro horas, mas não porque tínhamos mais lugares para visitar, e sim porque o cansaço havia chegado, e muita coisa ficou para a próxima visita.
Entretanto, você pode ser breve e visitar apenas os locais mais recomendados, como por exemplo, Casa do Fauno, o Fórum, as Termas do Fórum, os Templos, Teatros e a Villa dos Mistérios.
Entretanto, recomendamos fortemente que você reserve o dia apenas para Pompeia.
Mais do que ver e registrar em fotos, é fascinante caminhar por Pompeia, sentir a atmosfera e tentar imaginar como era a vida naquela cidade, e o temor sentido por seus habitantes na tentativa de fugir da devastação causada pelo vulcão Vesuvio, em 79 a.C., num 24 de agosto.
O que todos procuram quando vão à Pompeia são os corpos petrificados. Durante as escavações, muitos corpos dos habitantes foram encontrados petrificados. Isso porque a cidade foi coberta por uma densa camada de cinzas, e não de lava.
Existem dois lugares para ver esses corpos petrificados (réplicas – os originais estão no museu de Nápoles): próximo ao Anfiteatro, no Orto dei Fuggiaschi (ou Jardim dos Fugitivos) e próximo ao Tempio di Giove, numa espécie de armazém com inúmeros artefatos arqueológicos.
Conforme a previsão, em alguns momentos do dia caiu uma garoa sobre nós, mas nada que atrapalhasse o passeio. Só ficava ruim segurar o guarda-chuva e tirar fotos ao mesmo tempo.
Na hora de almoçar, vimos uma lanchonete perto do Tempio de Giove, mas parecia só ter lanches rápidos, então, como já tínhamos visto muita coisa e estávamos exaustos de tanto caminhar, saímos do sítio de Pompeia e fomos almoçar em um dos restaurantes existentes ao lado de fora, chamado Hortus. Pedimos uma pizza de presunto Parma com rúcula.
Ainda haveria tempo de pegar o trem para ver o sítio arqueológico na cidade de Ercolano. Dizem que em duas horas é possível ver todo o local, mas sinceramente, os pés já não aguentavam mais andar.
Resolvemos, então, seguir para a estação de trens e voltar para Sorrento. As dezenas de minutos sentados no restaurante mais o tempo do trajeto de trem de volta para Sorrento deram um alívio para os pés e, assim que chegamos à cidade, fomos conhecer o Giardini di Cataldo, bem pertinho da estação de trens, na Via Corso.
Não chega a ser um jardim. Está mais para um pomar, com apenas uma fruta cultivada: limões. As frutas são utilizadas para a fabricação do delicioso Limoncello. Tem licor de Limoncello, sorvete de Limoncello, geleia, trufa, balas… tudo feito com base na fruta.
Havia uma pessoa ali ofertando alguns produtos. Bem, ela não parecia muito disposta a oferecer nada, na verdade. A gente podia degustar o licor apenas, e ela mal informava sobre os preços.
Na rua de trás, na Via Correale, 27, tem uma loja do próprio Giardini di Caraldo, onde são vendidos os produtos citados acima. Nós tomamos um “gelato” de Limoncello. Muito bom.
Na volta ao hotel, demos uma passadinha para ver a Catedral de Sorrento. Estava havendo missa na hora em que chegamos, então não circulamos pela igreja toda para não atrapalhar.
Aproveitamos para passar em um escritório de informações turísticas que tem na Piazza Tasso. Iríamos para a Costa Amalfitana no dia seguinte, e em dois websites oficiais sobre transporte na região os valores da passagem estavam diferentes. No escritório de turismo obtivemos um terceiro valor. Bacana, né?
À noitinha, para encerrar o longo dia, saímos para caminhar pela cidade e procurar um restaurante para o jantar. A escolha da noite foi o Giardiniello, local bem escondidinho na Via Dell’Accademia. Só havia nós quando ali, e depois de bastante tempo chegaram mais algumas pessoas.
A minha escolha foi cannelloni alla sorrentina, e Dona Patroa optou por risoto de frutos do mar. Com vinho para acompanhar, sempre. Limoncello ao final? Claro!
Na hora de pagar a conta, uma surpresa. Não, os preços não estavam errados. Era a máquina de cartões que não estava funcionando. E se não tivéssemos dinheiro?
Desta vez seguimos direto ao hotel, repousar para o dia seguinte.
Nossa como Itália é fabuloso, gostaria de à conhece!!