Quando: Feriado Paulista de 9 de julho de 2013
Olá pessoal.
Já estávamos com saudades de viajar escrever para vocês.
Nossa viagem para Ouro Preto começou bem antes do feriado paulista de Nove de Julho. Iniciamos as cotações com algumas pousadas em 14/05. Fizemos quatro cotações, a saber:
Pousada Ciclo do Ouro – R$ 160,00 o casal por diária.
Pousada Solar da Ópera – R$ 255,20.
Pousada Clássica de Ouro Preto – R$ 287,20.
Hotel Colonial – R$ 200,00.
Quando ir: Para quem prefere agito, o Carnaval e feriados prolongados são os períodos mais indicados. Há também o Festival de Inverno, em julho. Nas demais épocas e em meio de semana a cidade é mais tranquila. O verão é quente e úmido, e o inverno é seco, com temperaturas mais baixas ao amanhecer e durante a noite.
Como chegar: De Belo Horizonte o caminho mais prático e todo asfaltado é pela BR040, sentido Rio de Janeiro. Depois de rodar aproximadamente 20 quilômetros, entrar no trevo sentido Ouro Preto (BR356 – rodovia dos Inconfidentes) e seguir até a cidade.
Há duas opções para quem sai de São Paulo capital. A primeira é pela BR381 até o trevo para Lavras. A partir daí pegar a BR265 até Barbacena. Desta cidade acessar a BR040 sentido Belo Horizonte até Conselheiro Lafaiete. Entrar em Lafaiete e seguir pela Estrada Real (asfaltada), passando por Ouro Branco e finalmente chegando a Ouro Preto. A outra opção é seguir de São Paulo direto para Belo Horizonte (BR381 – rodovia Fernão Dias). De Belo Horizonte pegar a BR040 (sentido Rio de Janeiro) até o trevo para Ouro Preto (Alphaville). A viagem continua pela BR356 (rodovia dos Inconfidentes) até o destino final. Embora no mapa este trecho pareça mais longo, a distância é quase a mesma em relação à primeira alternativa. Isso acontece porque a BR265 é bastante sinuosa.
Do Rio de Janeiro (capital) o trajeto é quase todo pela BR040, até Conselheiro Lafaiete. Desta cidade pegar a Estrada Real (asfaltada), passando por Ouro Branco e chegando a Ouro Preto.
Quem vem do Espírito Santo segue pela BR262 até Rio Casca. De lá o percurso é pela MG329 até Ponte Nova. A partir daí seguir pela MG262, passando por Mariana e chegando a Ouro Preto.
Os turistas do sudeste de Minas (norte da Zona da Mata mineira) e norte do Rio de Janeiro devem seguir até Viçosa (MG). De lá pegar a BR120 para Ponte Nova. Desta cidade a viagem continua pela MG262 até Ouro Preto.
Fonte: www.ouropreto.org.br
Onde ficar: Veja a relação de hotéis em Ouro Preto. Pesquise e faça sua reserva clicando aqui.
Atrações: Ouro Preto oferece grande diversidade de atrativos turísticos, como Igrejas, Casarios, Museus, Pontes, Oratórios, Passeios Ecológicos e Parques. Veja a relação completa em www.ouropreto.org.br.
Sem nos preocuparmos com o tamanho da tela da TV, existência ou não de ar condicionado ou ventilador no quarto e número de refeições, fechamos com base no preço mesmo, logo após termos comprado as passagens aéreas.
De Indaiatuba/SP, onde moramos, até Ouro Preto/MG são aproximadamente 650 km, percorridos em 07h40min conforme o Google Maps. Gastaríamos R$ 16,80 com pedágios e aproximadamente R$ 280,00 em combustível, considerando ida e volta. Apenas para fugir das estradas optamos pelo transporte aéreo. Tínhamos alguns vouchers da Azul (Programa Tudo Azul) e economizamos R$ 200,00 nos bilhetes, pagando no total R$ 729,00.
Sábado, 06/07/13
O aeroporto de Viracopos (Campinas/SP) estava bem cheio, mas nada como ser cliente Tudo Azul Safira…. hehehe.
Descemos em Confins e alugamos um carro básico dos básicos. Como não havia mais o básico dos básicos, recebemos como cortesia um carro 4 portas com ar condicionado e direção hidráulica. Pena que era um Novo Uno. Já tínhamos locado um Novo Uno antes, na Serra Gaúcha, e o motor é bem “xoxo”. Além de que, o painel é profundo, então o GPS fica muito longe quando colocado na parte inferior do para-brisas, péssimo de operacionalizar. A solução foi colocá-lo ao lado do retrovisor, no alto, ficando o cabo que o liga na tomada 12 volts pendurado na nossa frente durante os 140 km até Ouro Preto. O trecho entre o aeroporto e Belo Horizonte está em obras, e o trânsito estava um tanto caótico. Em alguns pontos, ficou bem ‘agarrado’ (congestionado).
Paramos para almoçar num restaurante na estrada (Tripuí – Shopping Rural) faltando uns 40 km para chegar em Ouro Preto. Lá tem uma lojinha com um monte de enfeites, lanchonete e comida self-service por kilo (R$ 34,90) ou à vontade (R$ 23,00 por pessoa). Provamos o famoso pastel de angu. Meio gorduroso, mas é gostoso. E a sobremesa, hum… R$ 3,00 o pratinho, o quanto couber. Perdição.
Durante o mês de julho ocorre o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana. Quando contratamos as passagens e hospedagem não sabíamos disso, e nenhum portal na internet anunciava o evento. Apenas na primeira semana de julho vimos alguma referência. Maiores detalhes podem ser obtidos no site www.festivaldeinverno.ufop.br. Por sorte, quando chegamos na cidade não estava ocorrendo nenhum evento; o trânsito estava normal.
Ouro Preto é uma cidade cheia de altos e baixos, literalmente. São ladeiras de várias inclinações, umas maiores outras menores, algumas asfaltadas, outras de paralelepípedo ou mesmo de pedras. Enfim, prepare suas pernas. E definitivamente não é uma cidade para cadeirantes.
A Pousada Ciclo do Ouro é bem simples. Mais simples do que imaginávamos. Mas entrega o que vende no site. Como não somos tão exigentes e era só para tomar banho, café da manhã e dormir, estava de bom tamanho.
Deixamos a bagagem no quarto e já saímos andar pela cidade. Precisávamos comprar uma garrafa de água. Da pousada até a Praça Tiradentes são uns 10 minutos de subida. Numa rápida passada de olhos pelo mapa percebemos que é possível conhecer os pontos turísticos em apenas um dia, exceto se você fizer questão de entrar nas igrejas, que são várias. Como nós já entramos em igrejas o suficiente por mais umas três encarnações, estava decidido que as visitas seriam apenas externas. Entraríamos somente nos museus.
Tiramos algumas fotos, paramos numa cafeteria para comer/beber algo e perto do Cine Teatro Vila Rica encontramos um mercadinho para comprar água.
Com o cair da noite veio o friozinho. Descemos a ladeira até a pousada para pegar um agasalho, e voltamos para a Praça Tiradentes, onde estava tendo uma apresentação de uma orquestra. Às 23h haveria um show do Oswaldo Montenegro. Jantamos no Caldos de Minas, que fica na praça mesmo. Pegamos um caldo verde por R$ 11,00 cada. O local oferece também pizzas e outros pratos mineiros e porções.
Ficamos apenas uns 40 minutos no show e voltamos para a pousada. Ai veio a surpresa desagradável: o ralo do banheiro estava entupido, formando uma piscina dentro do box. Isso jogou contra a indicação da pousada, mesmo o problema tendo sido resolvido no dia seguinte.
Domingo, 07/07/13
No domingo pulamos cedo da cama. O café da manhã é servido das 7h às 10h. Perto de 9h da manhã já estávamos prontos para explorar a cidade.
Nossa primeira parada foi na Igreja Nossa Senhora da Conceição. A igreja está fechada para restauração. Tiramos algumas fotos e seguimos para a Praça Tiradentes, onde fotografamos o Monumento a Tiradentes no centro da praça e do Museu da Inconfidência (só abriria ao meio-dia), cuja fachada estava prejudicada pelo palco montado para o festival. No lado inverso ao Museu está o Museu da Ciência e Tecnologia.
Bem ao lado do Museu da Inconfidência está a Igreja Nossa Senhora do Carmo. O local é legal para tirar algumas fotos das igrejas Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia e São Francisco de Paula, que ficam mais distantes. Na lateral da igreja está o Museu do Oratório e ao fundo há um pequeno cemitério. Um guia de turismo ofereceu um passeio em grupo por todas as igrejas ao preço de R$ 30,00 por pessoa, contando a história de cada uma delas. Recusamos.
O Museu do Oratório (www.oratorio.com.br) é composto por três pavimentos onde são expostos oratórios de todos os tipos e tamanhos. Infelizmente não é permitido fotografar. É um local com bastante história e curiosidades.
Dali seguimos para o Largo do Coimbra, onde fica a Igreja São Francisco de Assis, a feira de artesanato e uma construção que foi a primeira escola de farmácia do Brasil. Ao lado da igreja também há um pequeno cemitério.
A próxima parada foi na Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões, que fica na rua de cima de nossa pousada. A igreja também estava fechada para restauração.
Vimos que os preços para visitar internamente as igrejas variam de R$ 2,00 a R$ 8,00.
Andando pela cidade, com bastante freqüência sentíamos um cheirinho bom de arroz. Dava uma fome! Aliás, um dos grandes mistérios da humanidade é por que o povo de Minas Gerais não é todo obeso? A comida mineira, vamos combinar, além de muito boa é muito farta. Em Ouro Preto até tem explicação para não ter gordinhos, pois é tanta ladeira para subir e descer que o povo passa o dia fazendo atividade física.
Caminhamos novamente em direção a Praça Tiradentes, e seguimos para a Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia. Estava fechada, mas não sabemos dizer se era por conta de restauração ou pelo horário. Depois de algumas fotos seguimos para a Igreja São Francisco de Paula, onde estava acontecendo uma missa. Dessas duas igrejas a vista da cidade também é legal para fotos.
Depois descemos uma senhora ladeira que há em frente a igreja e chegamos em outra igrejinha; esta não estava em nosso mapa. Igreja de São José. Mais uma com um cemitério anexo.
Mais uma ladeira para descemos e chegamos ao centro da cidade. Nessas ruas estão as agências bancárias, correios etc. O legal é que o estilo das construções segue inalterado. São todos ‘de época’, com fachadas conservadas. É uma viagem no tempo. A gente fica imaginando o dia-a-dia das pessoas quando a cidade surgiu.
Passamos em frente da casa onde morou Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, na Rua São José. Tiramos algumas fotos, claro, e seguimos para o Largo do Rosário, onde fica a igreja de mesmo nome, que também estava fechada.
Já vimos mais da metade das atrações da cidade e ainda não era meio-dia. E isso andando sem pressa. Bom, nem dava pra ter pressa, pois é tanta subida e descida que nos cansaríamos muito rápido.
Última parada antes do almoço: a Igreja do Pilar. Na hora em que chegamos um grupo de turistas estava saindo da igreja, guiados pelo mesmo rapaz que nos ofereceu o passeio. Tiramos algumas fotos externas e caminhamos à procura de um restaurante. Ali mesmo, pertinho da Igreja do Pilar, nos fundos de uma viela, encontramos o Conto do Poeta, restaurante self-service. O local é bem legalzinho. Parece pequeno, mas não é. No lavabo, aproveitaram uma panela de ferro para fazer a cuba da pia. Ficou legal.
Do restaurante seguimos ladeira acima até chegarmos na Casa dos Contos. No subsolo tem uma senzala com equipamentos de prisão e castigo, e também algumas ferramentas. No primeiro piso uma exposição da Casa da Moeda, com cédulas e moedas antigas e atuais, medalhas e uma sala com muitos livros antigos. E no térreo havia uma exposição de arte moderna. Somente na senzala não é permitido fotografar. Tem ainda um mirante no segundo piso.
Dali seguimos para o Museu da Inconfidência (www.museudainconfidencia.gov.br). Assim como no Museu do Oratório, há um guarda-volumes para deixar a mochila e principalmente a máquina fotográfica, pois também não é permitido fotografar. Confesso que não entendo essa proibição em alguns museus.
O local expõe peças que ilustram a vida político-social na época da Inconfidência, como vestimentas, artigos religiosos, ferramentas e meios de transporte etc. Há pedaços da trave que formou a forca de Tiradentes, assim como homenagens aos inconfidentes.
O segundo piso quase passa despercebido por nós, pois para chegar até a escadaria de acesso é necessário passar pelo guarda-volumes. Imaginamos que já tinha acabado a exposição. E depois de olhar tudo no segundo andar, ainda tinha mais umas salas à direita da entrada do museu. Olhamos tudo com bastante calma, pois era a última atração do dia.
Antes de voltar para a pousada, passamos numa cafeteria para comer alguma coisinha. As 19h haveria uma apresentação de teatro de rua, com o Grupo Galpão e a peça Os Gigantes da Montanha, e mais à noite um show de Emmerson Nogueira.
Voltamos para assistir a peça, que durou por volta de uma hora e meia. Como era peça de rua, ficamos em pé todo esse tempo. A peça era meio confusa, alguns diálogos esquisitos, e muita música em italiano. Até que foi legal. Depois comemos uma pizza e ensaiamos descer até a Praça UFOP onde seria o show, mas desistimos e voltamos para a pousada para descansar. Amanhã é dia de conhecer Mariana/MG.
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