Despedida de Buenos Aires (30/09/17).
Programamos nosso último dia em Buenos Aires para conhecermos o bairro Puerto Madero e fazer a visita guiada na Casa Rosada, sede da presidência do governo Argentino.
Logo após o café da manhã, fizemos o checkout no hotel e solicitamos que guardassem nossa bagagem até o final do dia. Depois seguimos caminhando até o bairro Puerto Madero.
Nem é preciso dizer que com esse nome, o bairro foi uma área portuária. Revitalizado nos anos 1990, transformou-se em um dos bairros mais valorizados da América Latina.
Grande parte de sua área está em uma ilha, ligada ao continente por seis pontes, entre elas, a Puente de la Mujer, permitida somente para pedestres, cujo formato foi inspirado em um casal dançando tango (consegue enxergar isso?)
Ao lado da ponte está atracado o navio-museu Fragata Sarmiento.
Com a revitalização, Puerto Madero passou a contar com construções inovadoras, e hoje é o bairro com o maior número de arranha-céus de Buenos Aires.
Puerto Madero faz margem como Rio da Prata, e ali foi criada a Reserva Ecológica Costanera Sur, com trilhas para caminhada ou rolezinho de bike. Os lagos que podem ser vistos da avenida costeira ficaram secos em 2008, e hoje contam com água bombeada do Rio da Prata.
No calçadão da avenida Av. Dr. Tristán Achával Rodríguez (Passeo de la Fama) estão algumas esculturas de esportistas famosos da Argentina, como Lionel Messi, Juan Manual Fangio, Gabriela Sabatini, entre outros. Algumas delas sofreram avarias do tempo (ou vandalismo mesmo).
Retornando a região central, passamos em frente ao Ministério da Defesa.
De volta a Plaza de Mayo, ainda tínhamos um bom tempo até o horário agendado para nossa visita guiada na Casa Rosada, então aproveitamos o tempo para conhecer outros atrativos da região.
Começamos pela Catedral Metropolitana de Buenos Aires, local onde está localizado o mausoléu do General José de San Martin, famoso por ter lutado nas guerras pela independência da América espanhola.
Logo em seguida visitamos o Cabildo de Buenos Aires. Cabildo era uma corporação municipal que se encarregava da administração geral das cidades coloniais. Hoje o prédio é um museu, exibindo objetos do século XVII ao XX.
Ao sair do Cabildo, seguimos pela Av. de Mayo, que estava interditada para veículos e promovendo uma feira chilena, até a famosa cafeteria Cafe Tortoni. Não poderíamos deixar Buenos Aires sem provar o recomendadíssimo churro com chocolate quente do Cafe Tortoni.
O salão do Tortoni é bem amplo, com bonitos lustres e decorado com vários quadros os quais, acredito, exibem retratos de personalidades do tango argentino.
O local também tem duas salas onde são apresentados shows de tango, daqueles mais intimistas.
O chocolate quente é delicioso, bem cremoso, mas o churro, por ser sem recheio ou cobertura, como estamos acostumados no Brasil, pode decepcionar um pouco.
No conjunto da obra, vale pela visita em um local tradicionalíssimo e turístico, pois se busca apenas a cafeteria, os preços são um pouco salgados.
Seguindo novamente até a Casa Rosada, paramos na feirinha chilena para comer uma empanada. Havia um palco montado e diversas barracas de comidas, e inclusive uma tenda do Consulado Geral Chileno.
Ficamos ali na Plaza de Mayo aguardando o horário de nossa visita guiada, agendada para 14:45h, em Português.
Para visitar a Casa Rosada é necessário fazer o agendamento através do site https://visitas.casarosada.gob.ar, informando a quantidade de visitantes, a data desejada (sábados, domingos e feriados) e o horário desejado, com horários específicos para o tour em Inglês e Português. Tours em espanhol ocorrem a cada 15 minutos.
Aí você imprime seu voucher e apresenta na entrada.
A visita começa pontualmente no horário marcado, e nos leva por várias salas do palácio que é a sede do governo argentino, contando um pouco da história argentina e do próprio local.
Não poderia faltar uma parada na sacada do prédio. Não é a mesma onde Evita fazia seus discursos ao povo, mas tem-se a mesma visão da praça.
O penúltimo ponto dentro do palácio é a sala de trabalho do presidente argentino, onde não se pode fotografar nem filmar, o acesso é controlado e organizado para duas pessoas por vez (embora a gente só possa chegar até a porta e dar uma espiadela de uns 10 segundos).
Uma foto ali pegaria apenas uma mesa de trabalho, as costas de um sofá e uma parede.
A visita termina no térreo, por onde o presidente acessa o prédio, seguindo por um tapete vermelho que o encaminha até o elevador.
Dali seguimos para as Galerias Pacifico, afim de dar uma zanzada pelas lojas do shopping. O que mais impressionou foram as pinturas na cúpula central do edifício.
Voltando ao hotel, ainda passamos em frente das instalações da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, na Plazoleta Carlos Pelegrini. Pela fachada, o prédio aparenta ser bem suntuoso.
No horário combinado, o taxista nos buscou no hotel e seguimos para o Aeroparque, onde embarcaríamos para Mendoza.
Mas essa resenha fica para a próxima postagem.