Carnaval 2017 em São João Batista do Glória.
O domingo de carnaval foi reservado para conhecermos uma das cachoeiras mais distantes do centro de São Batista do Glória, mas que vale muito a viagem: a Cachoeira do Quilombo.
Situada na região de Canteiros, ela fica há aproximadamente 36 km do Glória, numa estradinha que judia um pouco (às vezes, muito) do carro, mas com paisagens belíssimas.
Mesmo após terminar o asfalto, onde a estrada passa a ser de chão batido, é tranquilo. À medida que vamos nos distanciando da cidade surgem os primeiros trechos de cascalhos, alguns bem salientes, sendo necessário passar devagar e até fazer alguns desvios, sob o risco de estragar o pneu. Também tem alguns “mata-burros” pelo caminho.
Depois de dirigir mais ou menos uns 20 km, se você tiver sorte, encontrará a Cachoeira do Barulho. Ela estará ao lado direito da estradinha. O acesso é logo depois de uma curva para a direita, numa subidinha (fácil entender onde fica, né?).
Digo “se tiver sorte” porque não tem nenhuma placa indicativa, e sua sorte será ver alguns carros estacionados no meio do nada.
Na foto acima dá para ter uma ideia da paisagem do local, para tentar ajudar a localiza-la. É possível chegar com o carro até o final dessa estradinha.
Quem nos deu a informação dessa cachoeira foi um guia da cidade que faz passeios de bike na região, e essa cachoeira está nos roteiros. A cachoeira mesmo a gente quase não vê, pois ficamos na cabeceira dela. Mas a queda é bem alta e o visual ali de cima é sensacional. Rende boas fotos.
Após mais uns 7 km, dessa vez numa estrada bem melhorzinha, você encontrará uma bifurcação com a primeira placa turística do caminho.
Para seguir até a Cachoeira do Quilombo, siga para a esquerda, mas não por 15 km com dito na placa. São apenas 13 km.
E 2 km fazem muita diferença, ainda mais numa estradinha sobe-vira-cuidado com o buraco!-desce-desvia. Andamos quase 16 km após a placa da bifurcação e nada de cachoeira. Decidimos voltar, e paramos numa chácara para perguntar: “moça, bom dia! Onde fica a Cachoeira do Quilombo?”
Apontando para trás de onde estávamos, ela completou: “é aquela ali, ó”. Como foi que passamos por ela sem tê-la visto?
A moça nos passou certinho as orientações, e chegando lá entendemos como foi que não a vimos. Muitas árvores ocultam a cachoeira, e quando surge um clarão, ela já ficou para trás.
Para não errar: 13 km após a placa. Em frente ao acesso, à sua esquerda, terá duas casinhas, tipo chalezinhos. Pouco depois do acesso, agora à direta, haverá uma “casa de pedra”. Ao ver essa casa, volte um pouco, pois já terá passado da entradinha.
Dependendo do nível do rio, você conseguirá atravessá-lo e chegar até o “estacionamento” perto das últimas piscininhas naturais formadas por ele. Só não confie que o nível irá se manter baixo até a hora de ir embora.
Quando chegamos ali, havia uma caminhonete 4×4 enguiçada após ter tentado vencer o rio, sem sucesso. Acho que foi imperícia do motorista, mas…
Deixamos o carro num terreno que tem antes do rio e já nos preparávamos para atravessá-lo a pé, quando um rapaz em uma ‘Pick Up’ ofereceu carona. Aceitamos, claro. A água chegava quase no meio da porta da ‘Pick Up’.
A taxa de conservação ambiental estava em R$ 15,00 por pessoa.
Você pode optar por ficar ali na parte baixa, na prainha de cascalho junto das piscininhas, ou rumar trilha acima, acessando alguns poços grande e profundos que tem pelo caminho até a cabeceira da cachoeira, que na realidade é formada por duas fortes quedas.
Primeiramente nós seguimos trilha acima, em terreno bem íngreme, fotografando a paisagem, os poços e as quedas, mas sem sairmos do caminho. Chegamos no topo em 27 minutos.
Havia um pessoal lá, alguns nadando e outros se arriscando nas beiradas.
Um tempo de chuva estava se formando, então optamos por voltar. Paramos em um dos poços para uma foto frontal da imensa cachoeira. O volume de água é intenso, e mesmo distante recebíamos a névoa de água da cachoeira. Com a umidade, o piso de pedra parecia um sabão, e um tombo ali machucaria bastante.
Chegamos de volta na prainha ainda sem chuva. Dessa vez não havia carona para atravessar o rio. Havia um local mais raso, com uma corda-guia. Definitivamente ali era o ponto de travessia. No ponto mais fundo, a água estava quase na cintura (bom, aí depende da sua altura né? rs).
Próxima parada: Pousada Vale dos Canteiros, para almoçar e visitar as cachoeiras que tem por lá: Cachoeira da Capivara e Cachoeira do Oratório. Mas isso é assunto de nossa próxima postagem.