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Sacre-Coeur e partida para Madrid

22/10/2010
Conforme planejado, logo após o café da manhã seguimos para a estação Gare de Lyon, onde pegaríamos o trem para Fontainebleau.

Chegando na Gare de Lyon, ficamos surpresos com o tamanho da estação. É enorme, devido aos diversos meios de transportes que passam por lá. Saindo do metrô, seguimos as placas indicativas de RER (trens), e chegamos num saguão imenso, cheio de gente indo pra lá e pra cá. Demoramos um pouco para achar um local para pedir informações, e quando achamos, perguntamos onde ficava a bilheteria dos trens. A mulher nos disse para seguir reto à direita.

Seguimos, mas só vimos bilheterias automáticas. Até na plataforma dos trens nós chegamos, e nada. Ai desconfiei que estávamos numa área onde não deveríamos estar, pois penso que para chegar até a plataforma é preciso ter um bilhete. Passamos por umas catracas e achamos bem mais a frente uma bilheteria “não-automática”. Pedimos os bilhetes para Fontainebleau, e o rapaz disse que a bilheteria para esta cidade ficava no andar de cima.

Ok. Subimos pela escada rolante, e chegamos a outro salão mais “muvucado” ainda. Um monte de gente parada, olhando nas telas de informações de horários. Várias pessoas sentadas no chão, com suas malas, algumas aparentando desânimo, outras nervisismo. Em vários telões maiores, informações de lentidão e até cancelamentos por conta das manifestações populares (greves).

Achamos uma bilheteria, com uma fila imensa, mas dizia ser para venda de bilhetes internacionais, o que não era nosso caso. Eu tinha visto no Google Maps que a linha que chega a Fontainebleau é a RER R, mas nada de achar bilheteria para essa linha. Tinha RER A, B, D, menos R.

Sabe quando você acha que as coisas estão ficando cada vez mais difíceis por algum motivo? Pois é. Achei que não era pra gente ir pra lá. Falei com a dona patroa sobre desistir. Ela ficou meio brava, frustrada até, por não estarmos nem encontrando onde comprar os bilhetes. Rodamos um pouco mais naquele andar, tentando pelo menos encontrar a bilheteria. Mas nada.

Decidimos então desistir desse roteiro e executamos o plano B (que bolei na hora).

Estação Gare de Lyon
Estação Gare de Lyon

Como não fomos na igreja Sacre-Coeur (Sagrado Coração) no dia planejado, resolvemos caminhar até lá para conhecê-la. Caramba, e que caminhada. Uns 6 km. Seguimos pela Rue de Lyon, onde passamos pela Place de la Bastille, depois pelo Boulevard Beaumarchais, Boulevard du Temple até a Place de la Republica,  depois pelo Boulevard de Magenta, uma rua repleta de lojas especializadas em roupas de casamento, principalmente vestidos de noiva e ternos.

Place de la Bastille
Place de la Bastille

A Coluna de Julho (em francês: Colonne de Juillet) é um monumento à Revolução de 1830 . Fica no centro da Place de la Bastille, para comemorar o Glorieuses Trois, os “três gloriosos” dias em julho de 1830 que viu a queda de Carlos X de França e do início da “monarquia de Julho”, de Louis -Philippe. (Fonte: wikipedia)

Place de la République
Place de la République

 

Banheiro Público
Banheiro Público. Grátis. Toda a higienização é feita automaticamente após o uso.

Para quem estiver “no aperto”, esse banheiro público fica na Boulevard de Magenta esquina com Rue du Faubourg-Saint-Denis.

Mercado, próximo da Boulevard de Magenta
Mercado, próximo da Boulevard de Magenta

A igreja fica num dos pouquíssimos pontos mais elevados da cidade. Quando chegamos lá, estava repleta de turistas. A escadaria para chegar até a igreja é enorme, passa fácil dos 100 degraus. Mas há também rampas, ou as ruas atrás da igreja. Tinha um pessoal pedindo doações para os surdos-mudos, bastante insistentes, diga-se de passagem.

Basilique du Sacre Coeur
Basilique du Sacre Coeur

Essa foto que tiramos quando estávamos na Torre Eiffel ilustra bem a localização mais alta da igreja.

Ao fundo, o ponto mais alto, a Basilique du Sacre-Coeur
Ao fundo, o ponto mais alto, a Basilique du Sacre-Coeur

 

Paris, vista da escadaria da Basilique du Sacre-Coeur
Paris, vista da escadaria da Basilique du Sacre-Coeur

Dentro da igreja não pode filmar, fotografar ou entrar com alimentos. Vi uma pessoa comendo uma fruta lá dentro, e outro fotografando. Tirei uma foto também. Ou melhor, duas.

Basilique du Sacre-Coeur
Basilique du Sacre-Coeur

 

Basilique du Sacre-Coeur
Basilique du Sacre-Coeur

Sentamos para descansar um pouco. Ainda eram 13:30h, e já tínhamos executado completamente nosso plano B, e não havia plano C. Como no dia anterior comemos lanche no almoço e no jantar, hoje eu fiz questão de fazer uma refeição decente, e ao sair da igreja fomos procurar um restaurante.

Basilique du Sacre-Coeur
Basilique du Sacre-Coeur

 

Basilique du Sacre-Coeur
Basilique du Sacre-Coeur

Na própria rua da igreja, seguindo em direção a praça Abnesses, encontramos um lugar legal para almoçar. Eu pedi um Escalope de Veau (vitela) Alla Florentina (vem com creme de espinafre e macarrão) e a dona patroa pediu a Milanesa, acompanhado de fritas. Estava muito bom. Dessa vez não perdoamos nem os pãezinhos.

Almoço no Ristorante Bella Italia, em Paris - Escalope de Veau Alla Florentina
Almoço no Ristorante Bella Italia, em Paris – Escalope de Veau Alla Florentina

 

Almoço no Ristorante Bella Italia, em Paris - Escalope Milanesa
Almoço no Ristorante Bella Italia, em Paris – Escalope Milanesa

Antes de sair, dei uma olhada no mapa e vi que estávamos próximos do famoso Moulin Rouge. Fomos lá para tirar uma foto. Na mesma avenida, há outras casas de shows do mesmo gênero.

Moulin Rouge
Moulin Rouge

 

Moulin Rouge
Moulin Rouge

 

La Diva
La Diva

Nosso plano C foi pegar o metrô e voltar para o hotel para descansar um pouco, afinal de contas, desde o dia 13 nós andamos todos os dias sem parar. E férias também servem para descansar.

Metrô
Em alguns metrôs em Paris, não há separação entre os vagões. No detalhe, a junção entre dois vagões

Chegamos no hotel lá pelas 15:45h e quando foi 19:30h saímos para jantar, aqui no bairro mesmo.

Fachada do hotel Trianon
Fachada do hotel Trianon

 

Aqui uma foto do "mini-elevador", que ainda não havia mostrado
Aqui uma foto do “mini-elevador”, que ainda não havia mostrado

Caminhamos em direção ao Chatêau de Vincennes pela Avenue de Paris, e paramos para comer no Le Maison Napolitaine. Pedimos uma pizza de mesmo nome do lugar, com queijo, tomate e rúcula, acompanhada de uma jarra de vinho. As pizzas aqui são individuais, mas optamos por pedir uma só para nós dois. Estava boa.

Quando chegamos de volta ao hotel, a recepção já estava fechada, então digitamos a senha para abrir a porta. Nisso um rapaz que estava ao telefone na recepção nos cumprimentou e disse algo em francês que não entendemos. Ai mostrei a chave do quarto e ele balançou a cabeça positivamente. Se eu tenho a senha da recepção é meio óbvio que eu tenho uma chave. Ou não? Ok, ok, pode ser que peguei a senha com alguém. Melhor segurança de mais do que de menos.

Amanhã temos que fazer o check out no hotel até o meio-dia. Nosso vôo para Madri é só no final da tarde. Estamos pensando em ir para o aeroporto logo após o almoço, e esperar por lá, já que a previsão é de chuva para o período da tarde. De manhã, iremos conhecer o Chatêau de Vincennes. Não sei se entraremos não…, € 7, to achando meio caro. Amanhã decidimos.

23/10/2010

Tínhamos planejado para hoje a visita no Chatêau de Vincennes, mas o dia estava bem preguiçoso. Acordamos um pouco mais tarde, e após o café da manhã começamos a arrumação das malas. Tomou-nos um tempo danado. O sol estava fraco, e a previsão era de chuva para o período da tarde.

Optamos por não ir ao Chatêau, já que no primeiro dia havíamos tirado algumas fotos externas do local, e pelo Google Maps deu pra ver que não era tão interessante assim. Além do mais, conhecemos o Louvre! Não deve ter nada de novo no Chatêau. Decidimos ficar no hotel checando os e-mails, vendo na internet alguma coisa sobre a Espanha etc.

Deixamos o hotel às 11h45min, bem na hora que começou uma garoa fina. Ainda bem que o metrô era pertinho. Descemos na estação Porte Maillot, de onde saem os ônibus para o Aeroporto de Beauvais (pronuncia-se Bovê). Ainda bem que a chuva parou bem na hora em que chegamos. Deu tempo de ir até o guichê comprar as passagens e entrar no ônibus sem nos molharmos. € 15 por pessoa.

Fomos os primeiros a entrar no ônibus, e até achamos que sairia vazio, pois a moça do guichê disse que já estava para sair, mas de repente chegou bastante gente, e o busão saiu com umas 20 pessoas.

Passagem do ônibus até o aeroporto
Passagem do ônibus até o aeroporto

 

Ônibus vazio. Fomos os primeiros a entrar
Ônibus vazio. Fomos os primeiros a entrar

 

A chuva voltou depois que entramos no ônibus
A chuva voltou depois que entramos no ônibus

 

A chuva voltou depois que entramos no ônibus
A chuva voltou depois que entramos no ônibus

 

A chuva voltou depois que entramos no ônibus
A chuva voltou depois que entramos no ônibus

A viagem durou 01h10min, e quando foi 14h já estávamos no aeroporto. Almoçamos na Pizzaria Tonny, mas não comemos pizza. A dona patroa pediu um Espaguete a Bolonhesa e eu pedi um Penne aos Quatro Queijos. Estava bom.

Espaguete a Bolonhesa
Espaguete a Bolonhesa

 

Penne aos Quatro Queijos
Penne aos Quatro Queijos

O aeroporto é bem pequeno e estava bem cheio. Por sorte achamos duas cadeiras vagas para sentar e esperar nosso embarque, que seria lá pelas 18 horas.

A bateria do notebook estava pela metade e não vi nenhum ponto de tomada por perto. Passado algum tempo, o aeroporto esvaziou e quase todos os terminais de embarque estavam fechados. Aproveitamos para ver o peso de nossas malas, uma vez que o máximo são 15kg.

Saguão do Aeroporto de Beauvais
Saguão do Aeroporto de Beauvais

Caraca, a minha mala estava com 17kg. Tratei de passar algumas coisas para a mochila (bagagem de mão) e vestir o casaco, além de jogar uns papéis fora. Reduziu pra 15kg.

Lá pelas 17h20min nos fomos para a fila do check in. Não estava tão grande, mas não andava. Cada pessoa atendida estava demorando uns 10 minutos. Não sei se era problema com documentação ou o atendente que era meio lerdo mesmo. Na nossa vez e na vez de algumas pessoas imediatamente à nossa frente foi rápido, então acho que era problema com os papéis dos passageiros mesmo.

Nos painéis informativos dizia que o embarque seria encerrado às 18h30min, só que já eram 18h45min. Houve muito atraso no check in, e o vôo, claro, iria esperar.

Depois disso fomos para outra fila, ou melhor, era um amontoado de gente, dessa vez para o embarque propriamente dito. Quando chegou nossa vez de passar pelo detector de metais, eu já havia tirado relógio, chave das malas, moedas, cinto etc. Mas o rapaz nos fez ficar descalços, por conta dos fechos da bota por onde passam os cadarços. Ok, sem problema. Ainda em Campinas, um senhor disse que em Jerusalém ele teve que ficar só de cueca. Perto disso, ficar descalço não é nada.

Também foi necessário tirar o notebook da mochila. Gostaria de saber o porquê, já que nem da pastinha dele eu o tirei.

Passando pelo detector, outro amontoado de gente, esperando abrir o portão de embarque. Já eram 19h10min, exatamente o horário marcado para a decolagem, mas até liberarem a gente para embarcar, o vôo acabou  saindo com 50 minutos de atraso. Decolamos às 20h, e quando o relógio marcou 21h45min já estávamos em solo espanhol.

Aeroporto de Beauvais - voamos de Ryanair
Aeroporto de Beauvais – voamos de Ryanair

Tchau, Paris!!

 

Balanço final sobre Paris

Paris. Cidade Luz. Há um certo glamour quando se fala em Paris, mas é uma metrópole como outra qualquer. Fácil de andar, bem sinalizada. Não muito limpa. Em dois dias é possível conhecer os principais pontos turísticos. Seu sistema de transporte atendeu bem nossas necessidades. O metrô  não é tão bem cuidado com em Londres. Até os túneis são pixados. Algumas composições não possuem separação entre os vagões. Não vimos muitos parques na cidade.

As pessoas, ao contrário do que dizem, não são mal educadas. Pelo menos todas as pessoas com quem interagimos mostraram-se atenciosas, mesmo sem a gente falar um A em Francês.

Hotel:

O Hotel Trianon fica um pouco afastado do centro de Paris, porém de fácil acesso através do metrô. Possui um pequeno elevador. A recepção funciona somente até 21h para check in/check out. Se chegar depois, tem que ter a senha da porta para entrar.

Pareceu não haver separação entre fumantes e não fumantes, pois em nosso quarto vinha cheiro de cigarro pelo corredor. Não sei ao certo se o edifício todo é destinado ao hotel, pois algumas vezes vimos mães saindo para levar crianças na escola, dando a impressão de morarem por lá.

O restaurante onde é servido o café da manhã fica trancado, pois para chegar até ele tem que passar pelo escritório do hotel. O café é cobrado a parte.

Endereço: 44 Rue Des Laitieres, 94300 Vincennes

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