06 de março de 2016.
Depois de quase um ano inteiro sem nenhuma viagem (coisas que o desemprego na família proporciona) decidimos tirar o escorpião do bolso e investir em passeio de um dia.
Nosso destino: Chegar até a Pedra do Cume, na Serra do Lopo, a partir da cidade de Extrema, no sul de Minas Gerais.
No ano de 2012, quando passamos o feriado paulista de 9 de julho na cidade de Joanópolis, tentamos fazer essa trilha sem auxílio de um guia. Muita gente faz essa trilha sozinho, e como o Centro de Informações Turísticas de Joanópolis não soube informar nada sobre trilha nenhuma na Serra do Lopo, arriscamos fazer também por conta própria.
Na ocasião, não conseguimos chegar até a Pedra do Cume, que era o nosso objetivo (não achamos a continuidade da trilha), mas chegamos perto, na Pedra das Flores, de onde também se tem um visual fantástico.
Desta vez, para não ficarmos no quase, fizemos o passeio com uma agência e guia local.
O recente período de chuvas constantes me deixou um pouco apreensivo. Será que pegaríamos chuva na trilha? Será que a trilha estaria cheia de barro? Será que as pedras estariam escorregadias?
Novamente deixamos o carro estacionado na Decathlon Campinas e seguimos para a cidade de Extrema/MG, lá chegando por volta das 9h, com tempo de sol agradável e poucas nuvens no topo da serra.
Extrema possui diversas rotas de turismo. A Serra do Lopo está na Rota dos Ventos. As demais rotas são: Rota das Águas, Rota das Pedras, Rota das Rosas e Rota do Sol (fonte: http://extrematur.com.br).
A subida até o topo da Serra pode ser feita a pé, mas considere que serão 8 km de subida até chegar ao início da trilha. Por isso, chegamos até lá com a van da agência.
Pelo que pude observar pela janela da van, as placas indicativas dos atrativos turísticos foram todas substituídas por placas novas. Isso é bom. As ações dos órgãos competentes também incluem a rampa de voo-livre, que está sendo reformada.
Nossa trilha começou no portal de entrada para as pousadas Céu da Mantiqueira e Brumas da Serra. Na coluna esquerda deste portal há placas indicando o início das trilhas, porém o guia local Anthony que estava conosco disse que esta trilha está com risco de desabamento em alguns pontos, então seguimos por outra trilha que se inicia mais à frente, descendo pela ruazinha em direção às pousadas.
A caminhada pela crista da Serra do Lopo é interessante pois ora estamos em solo mineiro, ora em solo paulista.
A trilha começa bem larga e depois vai estreitando, sendo necessário caminhar em “fila indiana”. Nossa primeira parada foi na Pedra do Altar, também chamada de Pedra do Marino, após aproximadamente 700 m de caminhada (14 minutos).
Desta pedra temos a visão do bairro industrial de Extrema e de nosso objetivo final: a Pedra do Cume.
Depois de caminharmos mais uns 600 metros, estando agora no lado paulista da Serra, o guia nos mostrou uma entradinha à direita na trilha, que nos levou até um lago escondido na mata. Apesar do tom escuro do lago, a água é cristalina.
A próxima parada foi na Pedra dos Cabritos, após uns 400 metros de trilha. Desta pedra temos uma excelente visão de Joanópolis/SP e sua represa, da Pedra das Flores e da Pedra do Cume.
Subir nesta pedra não exige muito esforço, principalmente porque sua superfície é bem aderente.
Apesar do tempo meio cinza, a visão estava boa, com bom alcance no horizonte.
Reparem nas duas fotos a seguir. A primeira fotografia é de 2012 e a segunda foto é de hoje, 2016. Vejam o nível da água após a maior seca da história enfrentada pelo estado paulista (e acredito que por grande parte do sudeste brasileiro).
Após algumas fotografias, seguimos a trilha para a nossa próxima parada, a Pedra das Flores, mais ou menos 1 km de distância da Pedra dos Cabritos. Na Pedra das Flores fizemos nossa pausa para um breve lanche. Neste momento, estávamos caminhando há aproximadamente 1:50h.
A existência de flores nesta pedra justifica o seu nome. É interessante vê-las surgindo na pedra. Mas e os cabritos na pedra anterior… onde estão? rsrs
Depois de recompor as energias, seguimos para o último trecho de nossa trilha, sendo este o que apresenta mais dificuldades. A trilha entre as duas Pedras é tranquila, exigindo o mínimo de esforço. Já quando chegamos na base da Pedra do Cume…
A primeira subida foi a mais difícil, na minha opinião. Tanto que o pessoal que nos guiava amarrou uma corda para facilitar a escalada. Um grupo que vinha logo atrás aproveitou a deixa e usou a corda também.
Neste ponto, você tem a opção de seguir reto, contornando a rocha pela esquerda, ou escalar a pedra. Por conta das chuvas que caíram na semana, nosso guia optou por escalarmos a rocha, visto que a trilha que a contorna é de terra, íngreme e poderia estar escorregadia.
Essa escalada até que foi fácil, pois assim como as demais pedras da região, a superfície é bem aderente. Passando esta etapa, mais alguns passos e já estaríamos na Pedra do Cume, com uma visão 360º da região.
Nem é preciso dizer que o local e o visual são fantásticos. A única coisa chata ali é que havia algumas abelhinhas nos rodeando. Do mais…. demais. O tempo toda de trilha foi de aproximadamente 2:50h e 3,56km.
As três fotos a seguir são panorâmicas. Clique para vê-las em tamanho maior.
Ficamos um pouco ali contemplando a vista, curtindo aquele momento, e depois pegamos a trilha de volta, de olho nas nuvens carregadas que se preparavam para derramar água em nós.
Passava do meio-dia e a galera já estava pensando no almoço, então todos começamos a andar em ritmo um pouco mais rápido, mas sem descuidar da segurança.
E não é que quando estávamos próximos da Pedra dos Cabritos a chuva nos alcançou. Nada demais, serviu para refrescar. Quando chegamos novamente na Pedra do Altar, para uma última olhada na Pedra do Cume e poder dizer para ela “eu cheguei até você” já não estava mais chovendo.
Para fechar com chave de ouro, lembra que eu disse que a trilha começava descendo uma ruazinha? Pois é… agora era hora de subir essa ruazinha!
Todos reunidos ao final da caminhada, seguimos para o Restaurante Casarão, para matar quem estava nos matando. Comida mineira, com direito aos doces na sobremesa. Hummm. Impossível não exagerar.
Dali seguimos para conhecermos um alambique, ou destilaria, a Empyreo. Vimos mais ou menos como é o processo de destilação da cachaça, a adega e visitamos a lojinha com direito a degustação das cachaças. O local ainda conta com restaurante e cafeteria.
Essa foi a última atração do roteiro. Entrei na van e mal vi o caminho de volta. Ótimo passeio, ótimas companhias. Quem em 2016 tenhamos muito mais viagens!
Que lindo relato, equipe do turismo independente! Parabéns! Estou por aí. Com a camisa verde limão, dando ainda mais colorido às suas fotos! Adorei o passeio!
Vânia
Parabéns Danilo, muito verdadeiro seus comentários
Esperamos fazer outras trilhas.
abraços
Scala
A próxima eu não perco! Lindo!!
Bjs.
Faltou vc falar o nome da empresa e do guia, poderia passar valores e o contato deles?
Bom dia Jessica.
Obrigado pela visita ao blog.
Quem nos guiou foi o “Grego”. Procure no Facebook por Anthony Krypotos.
O número dele é (35) 8822-9459.
Show o lugar estivemos nesse domingo dia 12/02/17 ,vale a pena o passeio!!!
Olá!! Gostaria muito de fazer esse passeio! Ainda promovem estas caminhadas?
Oi Lilian.
Obrigado pela visita ao blog.
Você pode contratar um guia local para fazer essa caminhada. Segue o contato:
“Grego”. O número Whatsapp dele é (35) 98822-9459.
|Apesar de estarmos em 2022, adorei ler seu blog., foi me um volta ao tempo, acredite que fiz uma pequena aventura por estes lados nada menos de uns 50 e poucos anos atràs, tinha tios que tinham fazenda no bairro do Lopo. e iamos eventualmente visita los e pude conhecer essa maravilhosa região.
Olá Regina.
Obrigado pela visita ao blog e por compartilhar conosco suas lembranças.