Dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Tomamos o café da manhã bem cedinho, às 7h30m, para rapidamente pegarmos a estrada. Destino: Tamandaré, município distante uns 40 km de Porto de Galinhas. É na cidade de Tamandaré que fica a tão badalada Praia dos Carneiros, para onde todas as agências de turismo vendem passeios de catamarã e outros entretenimentos.
Como estávamos motorizados e sem interesse em fazer o passeio de catamarã, seguimos primeiramente até Tamandaré, que fica mais à frente, para na volta pararmos na Praia dos Carneiros.
Dica: Esqueça seu GPS e siga as placas. A maior parte da estrada o GPS não reconhece.
A Praia de Tamandaré é praticamente uma piscina. Mar de água calma e bem quentinha. Na areia, quase um deserto. Não havia praticamente ninguém. Até estranhamos isso. Talvez porque ainda era cedo.
Inicialmente fizemos uma longa caminhada para o lado direito da praia, tentando enxergar o farol do Forte de Santo Inácio que vimos quando estávamos indo para a praia, mas penso que não caminhamos o suficiente. Durante a caminhada, uma pequena garoa nos atingiu, mas foi breve.
Na volta, paramos na barraca Recanto Tropical, onde tomamos uma água de coco cada. Ficamos ali, numa mesa a sombra de uma grande árvore, nos revezando para entrar na água, até a hora do almoço.
Pedimos um prato que vinha peixe frito com batatas fritas. Estava delicioso. Para os clientes da barraca é oferecido estacionamento, chuveiro e banheiro, pois a barraca é uma extensão do restaurante que fica do outro lado da rua.
A música ambiente estava muito boa, tocando Lulu Santos, até que a barraca vizinha começou a “concorrer” com músicas de algum artista local. Péssima música, péssima letra, péssimo gosto musical. Me desculpem os artistas locais, não estou generalizando, mas esta era sofrível!
Conversamos com as moças da barraca sobre a calmaria que estava a praia, perguntando se era sempre assim. Elas estavam estranhando, pois normalmente a praia é bem movimentada.
Depois de pagarmos a conta (que demorou um bocado, pois o sinal de celular da máquina de cartões estava péssimo), caminhamos para o lado esquerdo da praia, até a Igreja de São Pedro. Ali tomamos um sorvete de cajá e retornamos para pegar o carro e conhecer a tão falada Praia dos Carneiros.
No caminho para Tamandaré, pela manhã, vimos vários acessos para Carneiros, mas todos pareciam ser acessos restritos, como entradas de hotéis. Lembrei que havia lido em alguns blogs que o local é uma área particular. Talvez por isso o passeio mais vendido seja chegar nessa praia via catamarã.
Uma das entradas na estrada leva até o Bora Bora, badalado e recomendado restaurante. Decidimos entrar ali, mas só de estacionamento seria R$ 30,00. Voltamos um pouco na estrada e pegamos um acesso onde estava escrito “Praia dos Carneiros Acesso Público”. Estacionamos o e fomos pra a praia.
Sinceramente, em nossa opinião não é tudo o que dizem não. A água estava fria e havia algumas ondas. Pode ser que o melhor local de Carneiros seja lá na área onde o acesso é particular. E não estávamos dispostos a caminhar tanto assim pela areia (mais de 5 km) para tirar a prova.
O local é bonito, não resta dúvida. Mas não encantou.
Ficamos um pouco ali registrando algumas fotos e logo em seguida pegamos o caminho de volta para Porto de Galinhas. Em nossas lembranças, Tamandaré é que ficará como a praia que marcou.
Depois de bom banho e um merecido descanso, saímos para jantar. Por ser véspera de Natal, alguns lugares estavam fechados. Paramos para olhar o cardápio de um restaurante e um senhor, que devia ser o gerente ou proprietário, nos explicou alguns pratos, falou do restaurante e nos convenceu a entrar.
Ainda era cedo, então a casa ainda estava com várias mesas disponíveis. Escolhemos uma mesa bem perto do ar-condicionado. Não somos de comer muito
a noite, então pedimos um camarão ao molho quatro queijos, prato para uma pessoa, mas para dividirmos. Para quem come bem, o prato para uma pessoa é individual mesmo. Em nosso caso, ficamos satisfeitos. Como sobremesa, pedimos um ‘petit gateau’.
Na TV do restaurante estava passando um DVD com vários clipes musicais antigos, das décadas de 70 e 80. Por sorte (momento de ironia), a música ao vivo começou quando já estávamos fechando nossa conta.
Caminhamos pela vila para auxiliar na digestão, e paramos em outra agência de mergulho para obter informações. O rapaz foi bem simpático, explicou várias coisas, mas não o suficiente para convencer dona patroa. Mesmo assim pegamos um cartão e os horários de saída.
A igrejinha da vila fica ao lado do restaurante onde jantamos, e novamente haveria alguma missa de Natal.
Na vila toda, de vez em quando, exala um péssimo cheiro de esgoto. Nas beiradas da rua existem umas peças de concreto com furos, que deve ser para escoar a água da chuva, mas acho que alguma coisa de esgoto passa ali por baixo também.
Voltamos para a pousada e ficamos na sacada olhando o movimento da vila até o sono chegar.
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