Sexta-feira, 13/03/2020 – Férias na Argentina.
Em nosso penúltimo dia de passeio em Ushuaia, novamente descemos para o café da manhã mais tarde, às 8h, pois o passeio do dia, Sendero (trekking) Laguna Esmeralda, seria realizado no período da tarde.
Retornamos para o quarto e lá ficamos organizando as fotos e rascunhando o blog até às 10h, quando saímos para alugar as botas, devidamente reservadas, na loja Popper.
O custo da locação era de 495 pesos o par, mais um depósito caução via cartão de crédito no valor de 10 mil pesos.
Sobre a limpeza das botas antes da devolução, o pessoal do hostal disse que poderíamos limpa-las na lavanderia, onde eles guardam os itens de limpeza.
Deixamos as botas no quarto e fomos procurar algum souvenir de Ushuaia. Olhamos diversas lojinhas, e acabamos por comprar nosso regalo na loja que fica no piso térreo da Galeria de História Fueguina.
Na hora do almoço, paramos no outro restaurante Balcarce que tem na Av. San Martin.
Havia como opção um Menu do Dia, contendo uma entradinha, almôndegas e arroz como prato principal, mais uma bebida e café por 500 pesos.
O transporte para a trilha da Laguna Esmeralda nos buscaria no hostal, então voltamos para lá e ficamos aguardando (e também para pegar as botas alugadas deixadas no quarto).
Vimos alguns sites informando que é fácil chegar até a Laguna Esmeralda por conta própria, mas optamos por contratar o passeio com uma agência, pois também encontramos relatos de que em alguns lugares da trilha não há sinalização muito clara, além de um trecho de caminhada em turfa, que é tipo um terreno lamacento, que pode ser difícil percorrer sem o devido acompanhamento.
A van encostou no hostal às 14h e a guia Eugênia foi até a recepção procurar por nós.
Até o ponto de início de nossa trilha foram 20 minutos de van. O estacionamento fica na Ruta N3, um pouco depois do Mirador del Valle Carbajal (coordenadas -54.72169180867161, -68.12138032482322).
No caminho, a Eugênia foi nos passando algumas informações da trilha.
Seria aproximadamente 2h30 minutos de trilha desde o estacionamento até a Laguna Esmeralda, onde ficaríamos entre quarenta minutos a uma hora, e depois o retorno até o centro invernal Valle del Lobos, reduzindo em alguns metros a trilha da volta.
A previsão de chegada à cidade era 20h30min.
Iniciamos nossa caminhada às 14h30min, após um breve alongamento e pegarmos os bastões de caminhada disponibilizados pela agência.
O começo da trilha é tranquilo, por entre as árvores dos bosques fueguinos em piso de terra batida. Estava um pouco embarreado devido à chuva dos dias anteriores.
Em alguns pontos onde o acumulo de barro era constante haviam passarelas de madeira para auxiliar na travessia.
Chegamos em um descampado onde a trilha bifurcava em três, e havia uma placa sinalizando o caminho de cada uma delas, além de um painel informativo sobra vista panorâmica daquele lugar.
Nesse ponto estava bastante embarreado, talvez por estarmos bem próximos da margem do rio Larsiparsabk, que tem uma coloração meio esbranquiçada devido aos resíduos de quartzo presentes na água que desce dos glaciares.
Já tínhamos caminhado por mais ou menos 1h40min quando chegamos em uma parte da trilha que era bastante inclinada. Ainda bem que foram só cinco/dez minutos de subida, pois havia muito barro e raízes das arvores como obstáculos.
No finalzinho da subida acabei escorregando e, não sei como, a máquina fotográfica que estava no meu bolso bateu no chão (ou numa pedra) e apagou o visor LCD. Ainda fotografava, mas não dava para ver o que estava sendo fotografado.
O restante do passeio foi registrado com a câmera do celular.
Finalmente chegamos na “temível” parte da turfa.
Esperávamos algo mais encharcado e difícil de transpor, mas sabendo onde pisar é tranquilo. Usando o bastão de caminhada sentíamos o solo com ele antes de dar a passada.
O maior problema é que não dava pra saber onde estava mais firme e onde estava mais encharcado e afundando.
Em alguns blogs soubemos de gente que enfiou o pé na turfa e quando tirou, o tênis ficou afundado. Por isso optamos pela locação das botas.
No meio da turfa tem uma região de terra firme com várias pedras cravadas no chão. E também alguns pontos com plantas e gramas que nos oferecem firmeza para pisar.
A presença da guia foi fundamental para não atolarmos a perna na lama até o joelho, como vimos em vários relatos na internet.
Estávamos próximos da Laguna Esmeralda; faltava só mais um trechinho de subida.
Alcançamos a Laguna Esmeralda às 17:20h. Sua beleza está no fato de ser cercada pelos Andes e seu tom de água esverdeada, que varia de intensidade conforme a luminosidade do dia.
No inverno, a lagoa fica congelada e coberta de neve.
Mesmo no verão, a temperatura da água fica, em média, nos cinco graus, então é gelada para o banho em qualquer época do ano.
Durante quarenta minutos ficamos contemplando a beleza da Laguna Esmeralda e também fizemos um lanche com os itens levados pela guia (empanadas, frutas, alfajores, frutas secas, chá).
Após o merecido descanso, pegamos nossas coisas, reagrupamos e iniciamos a trilha de volta ao estacionamento.
Dizem que o caminho de volta é sempre mais rápido. E foi mesmo. Chegamos onde a van nos aguardava em duas horas. Obviamente as paradas para fotos foram mais rápidas, mesmo porque estava escurecendo.
Chegamos de volta à cidade às 20:20h. A van nos deixou na Av. Maipú.
Aceleramos o passo até o hostal. Limpamos rapidamente as botas e corremos até a Popper, conseguindo devolve-las às 20:40h. A loja fechava às 21h.
Depois do banho, saímos para jantar e fomos novamente no Balcarce.
Não havia físico para caminhar pela cidade procurando um local diferente. Meu joelho, estranhamente, estava reclamando por caminhar mais um pouco. E também por já sabermos que lá no Balcarce os pratos eram bem servidos.
Desta vez pedimos uma milanesa da casa.
Sobre o trekking para a Laguna Esmeralda, recomendamos a contratação do guia. Não tivemos nenhum perrengue com o trecho lamacento e nem na região das turfas.
Quanto ao aluguel das botas, se estiver com uma botinha de trilha ou mesmo um tênis bem firme no pé, é tranquilo. Não precisa alugar não. Mas seu calçado vai encharcar e sujar bastante, então considere essa opção caso não tenha tempo de lava-lo e seca-lo antes de seguir viagem para outra cidade.
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