Trekking no Parque da Onça Parda.
Na postagem anterior contamos como foi nossa caminhada e boia-cross na Trilha do Rio Taquaral, no Parque Estadual Carlos Botelho, no período da manhã
Logo após o almoço nós seguimos para a Trilha da Cachoeira do Ribeirão Bonito, feita no Parque da Onça Parda. Este parque fica alguns quilômetros abaixo na estrada que corta o Parque Estadual Carlos Botelho, aquela que está interditada.
O ônibus da agência de São Paulo não podia seguir até lá, então nós fomos com uma van providenciada pela Muriqui.
O local é totalmente ecológico. Não tem energia elétrica. A iluminação é feita com algumas luzes de LED que acendem usando de energia gerada por uma placa solar.
O banheiro não possui descarga. É usado um sistema de decomposição com serragem.
Para os impossibilitados de subirem as escadas até o banheiro ecológico, existe um banheiro comum em local acessível. A “água negra” gerada por esse banheiro também recebe tratamento ecológico.
A trilha até a cachoeira tem algumas travessias de rio, e em alguns trechos caminhamos por dentro do rio. É preciso ter cuidado para não escorregar, pois existem algumas pedras bem lisas.
Não é uma trilha muito acessível, pelo menos em minha opinião. Caminhar ali com crianças ou com pessoas com dificuldade de locomoção deve ser um perrengue. Demoramos pouco mais de uma hora até chegarmos à cachoeira.
A cachoeira é bem legal. Dá pra chegar e ficar debaixo da queda d’água, mas tem que saber nadar, pois o poço em frente a ela é fundo. Tem também um ponto estratégico para escorregar na correnteza. A água estava geladíssima! Por ser um local em meio a mata, o sol não tem tanta presença ali, desencorajando a entrada na água.
Depois de um tempo curtindo a cachoeira nós pegamos a trilha de volta para a sede do Parque (da Onça Parda), e lá chegando ficamos um tempo descansando antes de voltarmos com a van até da sede do Parque Carlos Botelho, onde mudamos para o ônibus e voltamos para a cidade.
A turma de São Paulo era animada, conversavam e zuavam o passeio todo, e decidiram parar na praça da igreja para procurar um lugar para tomar café. Como estávamos de carona com eles, fomos para lá também.
Esse é um daqueles momentos típicos de uma excursão. Estávamos cansados, sujos, com os tênis molhados, e descemos na praça da cidade. Claro que queríamos passear pela praça, conhecer a igreja, mas não naquele momento, naquele estado.
Mas como estávamos lá, tiramos algumas fotos da praça, da igreja e do coreto e comemos um churro recheado. Por ser feriado (Sexta-feira santa) não havia nada aberto, apenas algumas barraquinhas de comida na praça. E o pipoqueiro, claro, esperando o pessoal que viria para a missa.
Caminhamos de volta até o hotel (pois o ônibus apenas nos deixou lá e já tinha ido para a garagem), tomamos banho e pouco depois saímos para jantar no único estabelecimento que estava aberto na cidade (e que não fecha nunca, dizem): a pizzaria La Bonna (Rua Gov. Pedro de Toledo). Pedimos uma pizza brotinho (quatro fatias), pois não somos de comer muito no jantar. A pizza deles é muito boa.
E assim fechamos nosso primeiro dia de aventura em São Miguel Arcanjo.