Passeio de um dia em Ubatuba/SP.
Viajar para o litoral durante o final de ano costuma ter sempre o mesmo roteiro: trânsito, praias lotadas, falta de água, preços abusivos. Se a viagem for para o Réveillon então, a situação tende a ficar pior.
Com isso em mente, mas também com vontade de dar uma passeada, aproveitamos que nossa disponibilidade ($$) não era das maiores e seguimos para Ubatuba na sexta-feira, 30/12/16.
Mas não passamos o Réveillon por lá. Para a surpresa de alguns, fizemos um bate-volta na praia. Na verdade, nem fomos à praia. Explico.
Fizemos um passeio de ecoturismo em uma das muitas cachoeiras de Ubatuba, a Cachoeira Véu da Noiva. Essa trilha foi feita com acompanhamento de guia local em conjunto com mais quatro pessoas. O acesso para a trilha que leva até a cachoeira fica na Praia da Lagoinha (Av. do Engenho Velho).
No começo da trilha encontram-se as ruínas de uma antiga fazenda de açúcar e café (Fazenda do Bom Retiro), datadas do século XIX. A construção, ou o que sobrou dela, impressiona pelo tamanho e largura de algumas paredes, todas feitas de pedra, hoje “abraçadas” por grandes árvores centenárias. O lugar rende muitas fotos.
A partir das ruínas, a trilha até a cachoeira Véu da Noiva demora aproximadamente 40 minutos, em ritmo de caminhada constante. O trajeto é todo subida – estamos na Serra do Mar – e apesar da pouca inclinação da trilha, o cansaço chegava rápido, principalmente pelo forte calor que fazia (estava próximo de 35ºC).
Então, ao fazer essa trilha, esteja preparado e não esqueça de levar água.
Por sorte, ao chegarmos na cachoeira ainda não havia ninguém, então conseguimos aproveitar o local com certa privacidade.
O poço formado aos pés da cachoeira não é grande, que possibilite nadar. Mas em alguns pontos é profundo, então para chegar até a queda d’água você precisa saber nadar um pouquinho.
Existe um caminho pelas laterais, por sobre algumas pedras, mas deve-se tomar cuidado para não escorregar.
Desde cima até o poço, a água escorre por um paredão de rocha inclinado. Tem um cantinho específico onde é possível se sentar e encostar nesse paredão, recebendo uma hidromassagem nas costas e ombros.
Depois de curtir um bom tempo ali, pegamos a trilha de volta, parando em uma pequena queda d’água no meio do caminho. Ali havia bastante gente. Famílias com crianças, caixas térmicas, comida etc. Como eram dois poços, e o pessoal estava no poço de baixo, ficamos só nós no poço de cima, e a queda d’água ali, apesar de pequena, era bem forte.
Precisava de bastante resistência para permanecer debaixo da água.
Algum tempo depois nós seguimos, agora sim, até o final da trilha, onde estavam os carros estacionados. Ainda havia tempo para ficar um pouco na praia, mas optamos por pegar a estrada de volta para casa.
No caminho oposto, sentido de quem estava indo para o litoral, o trânsito era intenso, provocando paradas na entrada de Caraguatatuba.
Foi um dia bem gostoso. Um pouco corrido, é verdade. Mas valeu a pena.