18/02/2012
Chegando em Colonia, ao descer do ônibus, aff, estava muito calor do lado de fora também. O terminal de ônibus é modesto. Fica ao lado do terminal de Ferrys, os barcos que fazem o trajeto de/até Buenos Aires. Pegamos um mapinha da cidade e seguimos para o hotel, na Av. Artigas. Essa rua se inicia bem em frente ao terminal rodoviário, e o hotel fica há seis quadras de distância.
Chegando no hotel, que delícia: ar-condicionado. Ficamos no quarto 02, no piso térreo. É bem ajeitadinho. Tomamos um banho para espantar o cansaço das três horas de viagem e saímos para conhecer a cidade.
Fonte: http://www.guiacolonia.com.uy/solcolonia/imagenes
As duas principais avenidas que levam ao centro velho (Avda. Gral. Flores e 18 de Julio) são bastante arborizadas, principalmente próximo a Cidade Velha. As demais ruas também possuem árvores, mas em menor número. Muitas calçadas são irregulares, talvez por conta das raízes das árvores, dificultando a caminhada.
Nossa primeira parada foi na Playa del Rowing, próxima ao Porto de Iates. Depois seguimos até o porto passando por ruazinhas margeando o rio. Vimos o Museu Espanhol, mas estava fechado. Muitas construções antigas nessa área, assim como em toda a Cidade Velha. É bem gostoso andar pelas ruazinhas antigas da Cidade Velha. Quando estávamos na orla do rio começou a chover, mas não o suficiente para refrescar. Continuava abafado.
Conhecemos boa parte dos pontos anotados em nosso planejamento no sábado mesmo, exceto os museus, que só funcionam até 16h45min. Muitos deles fotografamos somente por fora. Subimos até o topo do farol da cidade, por 15 pesos cada.
Quando estávamos lá em cima, mais chuva, dessa vez bem forte.
Queríamos ver o pôr do sol no Porto de Iates, mas como estava nublado não foi possível. Por isso segue uma foto retirada do Facebook de meu amigo Vinicius.
Fonte: http://pt-br.facebook.com/people/Vinicius-Galina/100000405965984
Demora bastante para escurecer, mais do que no Brasil. Aqui eles também estão em horário de verão, e dura até o mês de março. Perto das 21h ainda está claro.
Ficamos “zanzando” pela cidade até que decidimos parar para jantar. Um garçom de um restaurante nos ofereceu, na rua mesmo, provar um vinho uruguaio. Gostoso. Dona patroa não quis provar. O marketing funcionou, e escolhemos jantar neste mesmo restaurante. Não sei se o nome é Casa Grande, conforme letreiro ao lado externo, ou se é Don Pascual, que está na capa do cardápio.
O som ambiente é composto por músicas internacionais de todas as épocas, num mix interessante. Só foi interrompido quando uma dupla de violeiros, tentando ganhar uns trocos, começou a tocar e cantar para os fregueses que estavam sentados nas mesinhas ao lado de fora. E a oferta de vinho continuava. Pedimos o prato tradicional da cidade, o Chivito. Tem a opção lanche e a opção no prato, na qual não vem o pão. É composto de uma carne (filet), uma fatia de presunto gordo, um ovo frito e bolinhas de queijo. Em alguns parece que vêm batatas fritas. O garçom disse que servia duas pessoas que não comem muito. Eu acho que não. Só ficamos satisfeitos porque tomamos uma garrafinha de refrigerante cada um. E também porque comemos os pãezinhos do couvert (cobierto).
Após a refeição seguimos diretamente ao hotel, onde tomamos outro banho antes de dormir.
19/02/12
Saímos para tomar café da manhã por volta de 8h30min. É servido um copo de suco de laranja e questionado qual bebida quente desejamos beber. Escolhemos café e leite, e trouxeram um bule de cada. Na cestinha de pães, dois brioches e quatro pãezinhos doces.
O check out no hotel deveria ser feito até as 10h. Então ficamos no quarto até 9h45 arrumando as malas (que estavam quase intactas) e depois fechamos a conta, pagando em dólares. Perguntamos para a moça se poderíamos deixar as malas guardadas enquanto passeávamos, e ela disse que não teria problema, levando nossas malas para um depósito. Excelente!
Estava garoando quando fomos passear, mas não era uma garoa forte. Eu nem abri o guarda-chuva. Dona patroa abriu o dela por causa do cabelo (fez escova). Seguimos em direção à Cidade Velha novamente, para conhecer os museus. Passamos em frente à prefeitura de Colônia na Avda. Gral. Flores. Também aproveitamos para dar uma telefonada para casa, avisar que estava tudo bem. Minha mãe já estava “reclamando” que ainda não tínhamos ligado… hehehe.
Para visitar os museus (a maioria abre 11h15min) deve-se comprar o ingresso no Museu Municipal, na Plaza Mayor. É um circuito. Por 50 pesos uruguaios você adquire o ingresso para todos os museus, exceto Museu Naval e o Farol, onde o ingresso é comprado no local.
Nem todos cumprem com o horário de abertura, então ficamos perambulando pela cidade até aproximadamente 11h30min, vendo novamente alguns pontos do dia anterior, dessa vez na presença de muito mais turistas, provavelmente fazendo um bate-e-volta na cidade.
Conhecemos primeiramente o próprio Museu Municipal, que conta a história de Colônia. Não é permitido tirar fotos. Não sei por que essa proibição. Um dos maiores museus do mundo, o Louvre, permite fotografias. Museu do Vaticano, Museu Britânico também. Dei um jeitinho e tirei algumas fotos com o celular. Mas ficaram horríveis!
De lá seguimos para o Museu Português, que conta a história do período de domínio português na cidade (procurem no Google a história de Colonia). Interessante. Fala até do Brasil, que por alguns anos dominou a região (província Cisplatina, lembram disso???). Fotos proibidas também (como em todos os demais).
Depois fomos ao Museu do Azulejo, numa pequena casinha feita de pedras. São duas salas com amostras de azulejos antigos, portugueses e franceses, dos anos 1800.
Logo em seguida fomos ao Museu Indígena, onde o que mais tem são pedras talhadas transformadas em objetos, e algumas reportagens e pinturas, e depois ao Museu Espanhol, esse o mais simples de todos, com apenas uma sala expondo alguns objetos em cerâmica. Se tivesse que pagar individualmente, não valeria a pena não.
Decidimos parar para almoçar. Escolhemos o restaurante Viejo Bairro, em frente à Basílica de Santíssimo Sacramento. No caminho, dois “carros” interessantes.
Dona patroa pediu um bife à milanesa, e eu, movido pelo delicioso cheiro de uma omelete da mesa ao lado, pedi uma pra mim também. Para beber, uma jarrinha de suco de laranja. O “cobierto” oferecia pãezinhos, biscoito salgado tipo cream cracker, manteiga e patê. A refeição estava muito boa. Só os copos nas mesas que estavam manchados, meio sujinhos.
Alimentados, fomos para o último museu para conhecer a Casa de Nacarello. O acervo é pequeno. Tem uma cama maior, duas camas menores e um ambiente identificado como cozinha. Nenhuma explicação sobre a importância de cada um deles. A moça da recepção se colocou à disposição para tirar dúvidas. Deveria fazer o tour com os visitantes, isso sim. Mas tudo bem.
Depois da Casa de Nacarello, andamos mais um pouco procurando um lugar debaixo de alguma árvore para descansar. Fomos até as margens do Rio da Prata, próximo da Calle de los Suspiros, mas term muito mato, muitos mosquitinhos. Interessante são as árvores na margem do rio, todas tombadas para o mesmo lado. Será o vento?
Achamos um cantinho na Plaza Mayor. Ficamos um pouco lá e voltamos ao hotel para pegar nossas bagagens, e de lá seguimos para o terminal rodoviário.
No caminho, um rapaz viu nossa camiseta do blog e perguntou onde tínhamos comprado. Informamos que mandamos fazer, que é do nosso blog etc. Ai ele quis saber se tínhamos pra vender. Olha ai… Quem sabe não iniciamos uma produção em série para vender aos nossos leitores?!?! rsrsrs
Dessa vez compramos as passagens de volta pela empresa Turil, para ver se o ônibus era melhor. O vendedor de passagens disse que o ônibus é equipado com ar-condicionado. Quero só ver. O ônibus ainda demoraria 1h30min para partir, então ficamos ali no terminal mesmo. Não era tão fresco, mas melhor do que ficar andando a esmo debaixo de sol.
Tomamos um “helado” que era puro gelo com aroma de laranja. Mas ajudou e muito a refrescar o calor. O tempo até que passou rápido. Checamos qual o custo para deixar a bagagem guardada no terminal, para aqueles que querem passar um dia sem carregar peso.
Seguem os valores (ref. Fevereiro de 2012):
Até 2 horas: 30 pesos
De 2 a 4 horas: 50 pesos
De 4 a 6 horas: 60 pesos
De 6 a 12 horas: 80 pesos
De 12 a 24 horas: 100 pesos
Horário de funcionamento: das 9h às 20h.
Na casa de câmbio do terminal, os valores para Reais eram de 10,20 para compra e 11,70 para venda. Na Avenida Gral. Flores estava compra = 10,00 e venda = 11,80.
Pra quem sofre com essas conversões (eu também demoro um pouco a entender), explicamos, com base na cotação do terminal: se você chegar na casa de câmbio querendo vender reais (comprar peso uruguaio), cada R$ 1,00 seu vale 10,20 pesos. Se for ao contrário, ou seja, você está voltando para o Brasil e quer se livrar dos seus pesos uruguaios (comprar reais), você precisa ter 11,70 pesos para cada R$ 1,00.
Com R$ 50,00 você compra 510 pesos.
Com 510 pesos você compra R$ 43,58. É isso.
Fomos até a plataforma onde estava o ônibus, e o motorista já guardou nossas malas. Simpático o senhor. Sim, o ônibus tinha ar condicionado. Era um ônibus mais novo até, comparando com o ônibus da COT. A viagem foi bem melhor, sem aquele calor infernal. Consegui até dormir um pouquinho.
Não sei se todos os ônibus da COT são quentes igual ao que nós pegamos, e nem se todos da Turil são tão agradáveis, mas se tiver que recomendar, pela nossa experiência, viaje de Turil.
Opiniões
Cidade bastante agradável. Acessível por Buenos Aires através de Ferry, ou de Montevidéu por ônibus. Pode-se optar por um bate e volta, chegando de manhã e partindo no cair da noite, ou pernoitar, como fizemos. Um dia inteiro é suficiente para conhecer a cidade. Com pernoite fica mais interessante, sem pressa, para ver a cidade iluminada. Clicando aqui você confere os horários de ônibus desde o Terminal Tres Cruces até Colonia, e aqui os horário de retorno.
O Hotel Sol Colonia é um pouquinho distante do terminal de ônibus/ferry, seis quadras.. Se a bagagem for grande/pesada e você não tem disposição para carregá-la é melhor pegar um taxi. Senão, em poucos minutos de caminhada você chega até ele. Quarto simples, mas atendeu nossas expectativas. Bom atendimento, flexibilidade para entrar e sair, uma vez que ficamos com a chave da recepção também. O café da manhã, para quem come bem, fica devendo. Não tem frutas nem iogurte. Mas tem um mercado ao lado para abastecer o frigobar que tem no quarto.
A cidade no geral é organizada. Achei que faltam lixeiras, principalmente na Cidade Velha, onde a concentração de pessoas é maior. Mas isso não é motivo para jogar seu lixo por ai. Infelizmente muitas pessoas fazem isso. Vimos garrafas plásticas jogadas no chão, sacolinhas plásticas dentro do rio ou nas margens em meio as pedras. Uma pena.
Muito bom esse post, amigos!
Vi que vcs desfrutaram mesmo Colonia.
E o mais engracado: tiramos, praticamente, as mesmas fotos. A do carro Jardineira eh classica!!! kkkkkk Muito legal!
Engracado o calor. Eu fui na mesma epoca e estava um frio agradavel, principalmente a noite.
Deve ser o En Nino. :p
Gostei da ultima parte, sobre as suas opinioes. Super-importante essas dicas e facilita para os proximos viajantes.
Ah, se forem vender as camisas, eu tmb quero uma.
Abs
R.M.
In God we trust!
Olha, eu fui de Buenos Aires pra lá com essa de que é uma cidade de passagem, apenas. Tive um problema na travessia por Colonia Express, logo, não recomendo. O barco deu problemas graves no meio do caminho, e preferiram voltar a Buenos Aires, trocar de ferry e reiniciar a viagem. Logo, pra quem saiu às 18h00 já não dava nem pra desfrutar do entardecer… aliás, chegamos as 2 da mahã… mas o amanhecer e caminhar na cidade… nossa, achei muito gratificante. É pequena e pacata? É! Mas um charme! Quero voltar com meus pais, e até alugar uma casinha pra passar uns dias beeem tranquilos e experimentar o que é qualidade de vida.